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Mostrando postagens de agosto 22, 2021

DISCOS DE ARADO CICLOS DE TRATAMENTO TÉRMICO. (By Marcelo Lubaczwski)

Discos de arado usam aços 1065 a 1085. Estes aços são normalizados e temperados na indústria, o  revenimento é numa faixa mais alta, o que reduz a dureza para aumentar a tenacidade. Discos de arado trabalham na terra, batem em pedras, raízes, tocos, e tem que ter uma grande tenacidade. Se o disco de arado tivesse a dureza de uma faca, quebraria.  A diferença está no revenimento. A dureza final de um disco de arado é 30 Hrc. A faca deve ter 50 Hrc ou + Portanto faça todo o ciclo térmico para a confecção das facas quando usar discos de arado.

CONTINUA A POLÊMICA SOBRE OS AÇOS UTILIZADOS NOS DISCOS DE ARADO...

Na fabricação de discos de arado são necessários os seguintes requisitos:  BAIXA DUREZA - 30 Hrc no máximo.  TÊMPERABILIDADE suficiente para conferir dureza ao longo da espessura.  TENACIDADE para evitar trincas durante o trabalho de aragem. TAMANHO DO GRÃO AUSTENÍTICO igual ou superior a 5 ASTM para obter uma estrutura martensítica homogênea nos discos após a têmpera. No estado atual da técnica, o mercado de discos de arado é abastecido basicamente com o aço SAE 1080, com ou sem adição de cromo. https://www.escavador.com/patentes/576681/aco-carbono-aplicavel-na-fabricacao-de-discos-de-arado

TAMANHO DO GRÃO AUSTENÍTICO NOS AÇOS

Tem grande influência nas propriedades mecânicas dos materiais metálicos. O número do tamanho de grão ASTM, escala de medição mais difundida no mercado, é dado por: N = 2^(n-1) onde n é o tamanho de grão ASTM, e N é o número de grãos por pol², medido com 100x de aumento. Existem três métodos de avaliação de tamanho de grão: avaliação comparativa por quadros, métodos de contagem de grãos e o método dos Interceptos, sendo os três descritos e padronizado na ASTM E112 e em normas correlatas. É um parâmetro estrutural frequentemente   estimado quando se está avaliando, principalmente, as propriedades mecânicas dos materiais metálicos, como: limite de escoamento, dureza, resistência à tração, tenacidade à fratura, resistência à fluência, etc.

REVENIMENTO

A martensita formada durante a maioria dos tratamentos de têmpera (exceto na austêmpera), geralmente é muito frágil pra ser utilizada para a maioria das aplicações dos aços tratados termicamente.  Peças deixadas nesta condição correm grande risco de trincar ou empenar (exceto quando o %C é muito baixa). O revenimento é um tratamento térmico aplicado em aços logo após o endurecimento realizado pelos tratamentos de têmpera com a finalidade de diminuir a dureza e, o mais importante, aumentar a tenacidade do material com microestrutura martensítica.  O revenimento é realizado num ciclo com temperatura de patamar subcrítico, compreendido geralmente entre 160 a 650 ºC, dependendo da finalidade e do tipo de aço a ser tratado. Como já foi mencionado, a martensita é uma solução supersaturada de carbono.  Ela é obtida pelo resfriamento rápido o suficiente para “aprisionar” o carbono nos interstícios da rede cristalina, acima (muito acima) do seu limite de solubilidade.  Ao aquecer o aço com estr

MACHADOS NA IDADE MÉDIA

A idade Média certamente foi um dos períodos mais violentos da humanidade, com intermináveis disputas por território e invasões bárbaras. Nesse contexto tão sangrento, os machados ganharam grande destaque no acervo bélico de praticamente todos os povos europeus. Nessa época surgiram os machados de batalha, feitos especialmente para o combate, mas cujas características variavam. Os Vikings, por exemplo, desenvolveram um machado de cabo longo e lâmina afiada, que proporcionava a execução de golpes a uma distância relativamente segura e provocava ferimentos graves nos inimigos. Já os Francos inovaram ao criar um machado de arremesso muito eficaz, denominado Francisca. Era empregado no início dos confrontos, a uma distância que variava entre 10 e 20 metros, no intuito de fragilizar o adversário antes do combate corporal. Uma das principais formas de execução na Idade Média foi a decapitação, sendo o machado o instrumento mais utilizado pelos carrascos. Machados de execução tinham cabo long

TANTÔ PARA INICIANTES - AÇO 1045

Você vai perder algumas lâminas no começo!  Deficiências no tratamento térmico, mal forjamento, trinca na têmpera ou porque vai ter que destruir muitas peças fazendo testes de qualidade. Os aços carbonos comuns série AUS 10XX não apresentam qualquer elemento de liga, a não ser os normalmente presentes. São temperados em altas velocidades na água.  O choque da têmpera é muito forte e as chances da lâmina trincar são grandes. Uma das razões para se usar aço 1045 é que este choque em conjunto com a ação da massa refratária produz uma linha de têmpera bastante definida. A melhor opção seria começar a fazer tantôs com aço 1045, que pelo baixo teor de carbono não costuma trincar. É um aço com baixa temperabilidade. Porém, apresenta boa relação entre resistência mecânica e resistência à fratura. Você pode usar vergalhões de obra GG50. Como se trata de barras redondas vão dar trabalho pra forjar, mas você vai aprender muito com isso. O aço 1045 não serve para lâminas muito longas, pois não fic

AÇO CARBONO 1045

Quando comparado com outros tipos de aços, o aço carbono tem custo mais acessível e possui amplas possibilidades de aplicações. A quantidade de carbono define a classificação dos aços: baixo, médio e alto carbono, sendo as variações de dureza, resistência, ductilidade e tenacidade percebidas em cada produto. A boa usinabilidade e alta forjabilidade são características do aço 1045. Por esse motivo, o material é utilizado em componentes que precisam de resistência mecânica acima dos aços mais comuns. Entre as peças que utilizam este tipo de aço estão cilindros, pinos, ferrolhos e parafusos. Seu processo de fabricação passa por aquecimento em temperatura superior aos 800°C, e em seguida, têmpera em água. O aço 1045 está no grupo de médio carbono, tem a resistência como destaque, e a dureza que também chama a atenção.

AÇOS USADOS NA CUTELARIA

No século dezoito e antes dele já se sabia que o carbono era um elemento importante a ser adicionado ao ferro para formar os aços e sabia-se que a quantidade de carbono influenciava na dureza do aço e na retenção do fio, no entanto, não dominavam a dosagem do carbono a ser dissolvido no aço, então usavam o método de colocar o ferro líquido em um cadinho de grafite e mantê-lo aquecido por vários dias para que pudesse absorver o carbono das paredes do mesmo, dependiam da experiência de pessoas que visualmente avaliavam o ponto correto de retirar o aço do cadinho. Depois que o aço esfriava o carbono não era homogêneo variando a cada batelada e com um gradiente de maiores e menores concentrações de carbono no volume do cadinho, o que exigia que o aço fosse trabalhado para ser homogeneizado. No final do século dezenove, na Inglaterra, um relojoeiro descontente com a variação de qualidade dos aços mola que obtinha dos fornecedores resolveu fazer experiências e conseguiu dosar o carbono a ser

ZONA CRÍTICA

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No diagrama acima são indicados os nomes de três importantes curvas do sistema Fe-C: Ac1 - Ac3 - AcM.  CURVA Ac1: Representa a isoterma eutetóide: 727ºC. CURVA Ac3: Indica o início da transformação, no resfriamento. ZONA CRÍTICA:  É formada pelo conjunto das curvas Ac1 e Ac3 e AcM, leva este nome por separar duas regiões bem distintas do diagrama, a região: FERRITA e a região: AUSTENITA. Em outras palavras, a ZONA CRÍTICA identifica uma faixa de temperaturas, ABAIXO DA QUAL não existe a fase ou o constituinte monofásico: AUSTENITA.

USE TODO O GÁS DO BOTIJÃO

Corte ao meio um tonel plástico de 200 litros. Ponha o botijão dentro do tonel e coloque água até um pouco abaixo da curva superior do botijão.  Conforme o volume de gás vai diminuindo ele vai inclinando gradativamente e você vai poder usar todo o gás. Isto também evita o congelamento na saída do gás.

ESFEROIDIZAÇÃO COALESCIMENTO RECOZIMENTO SUB-CRÍTICO

Esferoidizacão é o tratamento térmico de recozimento subcrítico com a finalidade de se obter os carbonetos na forma esferoidal.  No coalescimento utilizam-se aços hipereutetóides e aços ferramentas, que necessitem reduzir sua dureza. Após reter a peça por algum tempo na TEMPERATURA SUBCRÍTICA para criar uma estrutura estável, o aço é então resfriado muito lentamente até a temperatura ambiente. Isso produz uma estrutura muito macia, de alta ductilidade criando grãos muito grandes, facilitando cortes e usinagem. 

TRATAMENTO TÉRMICO

Os tratamentos térmicos aplicados aos aços têm a grosso modo dois objetivos principais: aumentar dureza ou diminuir dureza. No entanto, os objetivos específicos definem o tipo de tratamento térmico a ser utilizado.  Os tratamentos mais importantes, podem ser agrupados em 3 grandes grupos:  • Recozimento. • Normalização. • Têmpera. Em geral, o recozimento têm o objetivo principal de reduzir a dureza do material, a têmpera têm objetivo de aumentar a dureza enquanto que a normalização visa melhorar a tenacidade dos aços.  Os recozimentos podem ser divididos em vários tipos dependendo do seu objetivo específico: recozimento pleno, recozimento para alívio de tensões, para recristalização, de esferoidização, para homogeneização, entre outros.  As têmperas possuem também suas variações: têmpera direta, sub-zero, austêmpera e martêmpera. Já a normalização não possui variações específicas.  Pode-se notar que alguns tratamentos exigem a total austenitização do aço (tratamento acima da zona críti

ESMERILHADEIRA

Confira se a peça que será esmerilhada está posicionada e bem fixa. É fundamental que a esmerilhadeira esteja em perfeitas condições de uso, caso contrário procure fazer a manutenção antes de utilizá-la. Verifique a rotação (RPM) da máquina, para que seja usado um rebolo ou disco compatível com sua velocidade. A porca de fixação do rebolo, normalmente é auto atarrachante, por isso nunca aperte-a demais.Verifique se os flanges são do mesmo tamanho, se estão com a face de contato limpa, plana e perpendicular ao eixo porta rebolo.No primeiro instante que ligar a máquina, nunca fique em frente ao rebolo. – NUNCA: Use um rebolo ou disco numa velocidade superior a que esteja especificada na máquina. – NUNCA: Trabalhe com a máquina, sem que a capa protetora esteja devidamente posicionada e fixada. – NUNCA: Utilize disco de corte para desbastar lateralmente. – NUNCA: Utilize lixadeiras como ferramenta de afiação. – NUNCA: Force demais o rebolo ou disco de modo que haja travamento da peça. – NU

AÇOS RECICLADOS

Para trabalhar aços reciclados utilize a sequência correta: 1) - RECOZIMENTO 2) - NORMALIZACÃO 3) - TÊMPERA 4) - REVENIMENTO ____________________________________ Arruelas de pressão - 1060 Alavancas de câmbio - 1030 Aço p/trabalhos a frio  - 1070 Bits e fresas - M2 Biela - 4340 Brocas aço rápido - M2 Bengala moto Honda suspenção dianteira - aço SAE 4140  Barra estabilizadora - 5160/4340 Barra de torção - 6150 - 5160 - 9260 Braços de direção - 4042 Capa de rolamento - 52100 Cinzéis - O2, O6, L6 Comando de válvulas - A6, S7 Chave de fenda - L6, S2 Chave estria/boca - L6, S Disco arado - 1070 Disco Tatu (Marchezan) e Cavalinho (Semeato) - aço 1070 - 1080 Disco arado Metisa - aço 1070            Disco plantadeira Metisa - aço boro 15B32 Disco frigorífico - inox 1.4116 Disco corte mármore - 1070/15n20 Eixos - 1040 Engrenagens de câmbio - 3115 Ferramenta pneumática - L6, A6, S7 Feixe de mola - 1085, 5160 Facas para máquinas - M2 Facas trabalho madeira - O2 Girabrequim  - 1045 Haste de amorte

AÇO 1070/1075 TRATAMENTO TÉRMICO

Grande parte dos aços pode ser forjado entre 700ºC (verm. escuro) e  900ºC (vermelho-cereja). OBS.: Se estiver utilizando disco de arado ou qualquer outro aço reciclado, faça a sequência completa do tratamento térmico.  1) - RECOZIMENTO: 790°C, resfriar na forja desligada. Depois da faca esfriar faça a usinagem, ajustes na lâmina, furacão, etc. 2) -NORMALIZACÃO: Aquecer até a temperatura não magnética, resfriar ao ar, fazer 3 ciclos. 3) - TÊMPERA: 800°C, aquecimento lento e progressivo, resfriar em óleo diesel. 4) - REVENIMENTO: 1 hora a 180/200°C