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Mostrando postagens de dezembro 12, 2021

Em 1956 o filósofo judeu alemão Günther Anders escreveu essa reflexão premonitória

Para sufocar antecipadamente qualquer revolta, basta criar um condicionamento coletivo tão poderoso que a própria ideia de revolta já nem virá à mente dos homens. O ideal seria formatar os indivíduos desde o nascimento limitando suas habilidades biológicas inatas... Em seguida, o condicionamento continuará reduzindo drasticamente o nível e a qualidade da educação, reduzindo-a para uma forma de inserção profissional. Um indivíduo inculto tem apenas um horizonte de pensamento limitado e quanto mais seu pensamento está limitado a preocupações materiais, medíocres, menos ele pode se revoltar. É necessário que o acesso ao conhecimento se torne cada vez mais difícil e elitista..... que o fosso se cave entre o povo e a ciência, que a informação dirigida ao público em geral seja anestesiada de conteúdo subversivo. Mais uma vez, há que usar persuasão e não violência direta: transmitir maciçamente, através da televisão, entretenimento imbecil, bajulando sempre o emocional, o instintivo. Vamos oc

A TÊMPERA DO AÇO CARBONO

O fator principal a ser levado em consideração na escolha de um aço carbono é o TEOR DE CARBONO. Isso porque, para obter a dureza necessária para uma boa faca, a peça tem que ser temperada. A têmpera é um tratamento térmico que NÃO ALTERA a composição do aço, e sim o tipo de arranjo de sua estrutura cristalina, proporcionando elevada dureza. Para explicar de forma bem rápida, o aço, quando está na temperatura ambiente (normalizado ou recozido) tem o seu arranjo cristalino de um modo que chamamos de CCC (cúbico de corpo centrado) tendo a forma de um cubo com um átomo em cada extremidade desse cubo e outro átomo no centro. O constituinte do aço que se apresenta estável a temperatura ambiente nessa forma chama-se FERRITA e tem como característica ter BAIXA DUREZA e ser magnético, apresentando também baixa solubilidade de carbono, ou seja, o carbono que tem no aço não se dissolve muito nela e fica na forma de CARBONETOS na estrutura do aço. Ao aquecermos o material para fazer a têmpera, ex

MARTENSITA E REVENIMENTO

Após a têmpera, os cristais metálicos de carbono/ferro se transformam em martensita. O nome é associado ao estado que o aço se encontra após aquecimento e resfriamento rápidos. Com a martensita já preparada, é hora de dar início ao processo de REVENIMENTO, que tem papel essencial para garantir a REMOÇÃO COMPLETA DE TENSÕES RESIDUAIS que o processo de têmpera originou. Cada tipo de aço exige uma TEMPERATURA ESPECÍFICA de aquecimento e resfriamento na têmpera, e com o revenimento não é diferente. Antes de dar início ao revenimento das peças, lembre-se de encontrar o intervalo de tempo mais adequado para o projeto. Pequenas e grandes transformações da estrutura martensítica podem acontecer, DEPENDENDO DO INTERVALO DE TEMPO ESCOLHIDO. De 140°C a 200°C as alterações são menos expressivas. Já em 210°C e 260°C, as tensões começam a ser modificadas, e o revenimento inicia uma ALTERAÇÃO SIGNIFICATIVA NA ESTRUTURA. Quanto maior a temperatura, mais efeitos na estrutura ela pode causar em suas peç

O QUE É MARTENSITA

É uma forma dura e frágil de aço com uma estrutura cristalina tetragonal, criada por um processo chamado transformação martensítica. Foi nomeado em homenagem ao metalúrgico Adolf Martens (1850-1914), que descobriu a estrutura do metal e explicou como as propriedades físicas dos diferentes tipos de aço são afetadas por suas estruturas cristalinas microscópicas.  A martensita é feita a partir da austenita, uma solução sólida de carbono e ferro com uma estrutura central cristalina cúbica, que é formada pelo aquecimento do ferro a uma temperatura de pelo menos 723 graus Celsius.  A transformação martensítica ocorre quando a austenita é resfriada  rapidamente . A rápida queda de temperatura captura os átomos de carbono dentro da estrutura cristalina dos átomos de ferro antes que eles possam se difundir pra fora, resultando em uma ligeira distorção da forma destas estruturas, aumentando a dureza do aço.

MARTENSITA (By Wesley Caipó) Simplificando explicação sobre a Martensita

Quando o aço é feito, mistura-se ferro com carbono, mas essa mistura é uma bagunça. Se pudéssemos olhar bem de perto, veríamos os átomos amontoados aqui e ali. Somente quando aquecemos esta mistura na temperatura correta, os átomos de ferro e carbono se organizam de uma maneira especial chamada austenitização.   Esta organização é perfeita do ponto de vista estrutural. É como pegar 4 hastes de metal, conectá-las com estribos e amarrar com arame (é assim que fazemos armações e construímos edifícios, lembram?).  Esta organização ocorre somente em altas temperaturas.  Mas como usar na prática?  Fazemos isto, "congelando" este estado através da tempera. A têmpera faz o "congelamento" da austenita, que é o nome daquela organização do ferro+carbono quando está aquecido.  Na temperatura ambiente a austenita passa a ser chamada de martensita. Ou seja: quando está quente é austenita, quando esfria é martensita. O revenimento funciona como um modulador/atenuador da dureza obt