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Mostrando postagens de janeiro 16, 2022

CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS ESPADAS JAPONESAS

Uma série de cuidados devem ser tomados para evitar estragar as peças. Os metais em contato com o oxigênio sofrem o processo de oxidação, por isto o primeiro cuidado é manter a espada coberta com um camada de óleo para impedir o contato direto com o ar.  O óleo mais simples de ser encontrado é o mineral puro e viscoso (Nujol , vendido como laxante nas farmácias). Isento de ácidos e outros produtos e com viscosidade adequada. Para se retirar o óleo antigo e aplicar um novo podem ser usado lenços de papel de boa qualidade (sem partículas duras que possam arranhar a espada). Em alguns casos se pulveriza o pó bem fino de pedra usada em polimento (uchigumori), com o objetivo de absorver o óleo antigo. Se retira este pó com papel novo. E finalmente se aplica um novo óleo com um novo papel. CAUSAS COMUNS DE FERRUGEM * Bainha mal feita ou suja internamente. * Tocar a lâmina com as mãos, o suor é ácido resultado em ferrugem. Se for usada para treino ou cortes limpar imediatamente após o uso. *

DEFEITOS NOS AÇOS

Os mais comuns ocorrem na superfície do aço, representados por marcas superficiais pronunciadas, ou rugosidades superficiais acentuadas, originadas quando o aço se apresenta excessivamente mole. Em outras palavras, a dureza muito baixa, embora favorável sob o ponto de vista de conformação severa, traz os inconvenientes apontados.  Esses defeitos são geralmente conhecidos com os nomes, de linhas de Lüder, casca de laranja, etc.  As linhas de Lüder, defeitos designados também pelo nome de linhas de distensão têm a forma de tiras alongadas que aparecem sobre a superfície do aço de baixo carbono que sofreu um recozimento como etapa final de sua fabricação.    Essas linhas se originam toda vez que o aço for deformado a uma carga superior ao limite de escoamento, desaparecendo quando a carga de deformação excede a 5% a 10%.  Em tensão, as linhas apresentam-se como depressões na superfície; em compressão elas apresentam-se salientes. O defeito “casca de laranja” é atribuído ao tamanho do grão

FOTOGRAFANDO LÂMINAS (Bruno R.B. Silva)

Primeiramente, devo dizer com veemência: se você planeja ter produtos diferenciados e apresenta-los dessa forma, em algo de mais alto nível, como na grande maioria dos cuteleiros tops por aí, é imprescindível que você procure um fotógrafo que trabalhe na área de produtos para apresentar os seus da melhor forma possível.  Assim como a cutelaria, fotografia é uma arte que demoramos muitos e muitos anos para aplicar corretamente, e isso vem de alguém a mais de 10 anos na área.  Primeiramente, quero que esqueçam equipamento. Seja ele celular ou uma câmera com suas devidas lentes e iluminação, que custam o valor de um carro novo: a coisa mais importante será sempre a luz utilizada. Seguida da composição de sua imagem.  Muito se diz hoje em dia sobre megapixels. Mas a praticidade deles é nula se você não tiver uma lente capaz de resolver tal quantidade de megapixels, que é o que ocorre na maioria dos celulares atuais.  Como dei de exemplo em meu comentário anterior no post original: uma câme

MEKUGI-PINO DE BAMBÚ NA KATANA By Remo Nogueira

A espada japonesa é presa em seu cabo apenas por encaixe, o que mantem todo o conjunto seguro é um pino de bambu, o Mekugi.  Isto permite que a espada possa ser desmontada com facilidade, para afiação, limpeza ou troca de peças. Esta é a forma tradicional japonesa. O método, ao longo dos séculos, foi testado e aperfeiçoado. Portanto não perca tempo reinventando a roda. De nada adianta a espada ser forte e o cabo resistente, se o pino se soltar ou quebrar. Resultado: a lâmina pode sair voando. Não vale usar qualquer tipo de bambú pois não é seguro, é fraco e perigoso. O certo é usar um bambu forte e flexível. Para isto se usa um bambu com pouco amido e fibras compactas, que além disto,é tratado com calor e fumaça. No japão é chamado de Susudake. No Brasil existem várias espécies diferentes de bambu, para um resultado satisfatório é preciso escolher uma espécie com pouco amido e grande densidade de fibras.  A espécie japonesa pode ser encontrada no Brasil em algumas regiões. Além disso e

PEDRAS PARA POLIMENTO E AFIAÇÃO By Remo Nogueira

Muito antes de existir eletricidade, lixadeiras e papel lixa, os antigos ferreiros precisavam encontrar na natureza abrasivos para dar acabamento em suas facas, espadas e ferramentas. Em diferentes regiões e montanhas foram descobertas pedras com características boas para este fim. No caso das pedras naturais o grão abrasivo é menos agressivo que os sintéticos (mais arredondado). Além disso  abre os poros do aço (grãos),  ao contrário dos sintéticos que entopem e deixam brilhando. Devido a dificuldade de se encontrar pedras sem sujeiras: impurezas que riscam a lâmina com riscos mais grossos, as boas pedras de polimento são raras e muito caras.