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Mostrando postagens de setembro 5, 2021

AÇO LIGADO & TEMPERABILIDADE

Os aços ligados são classificados  como baixa liga e alta liga. Os aços baixa liga são compostos por ferro, carbono e outros elementos de liga (Fe + C + X) desde que, a soma dos percentuais dos outros elementos de liga seja menor que 5%.  Aços alta liga possuem composição semelhante aos aços baixa liga, diferenciando no teor dos elementos químicos adicionais. A soma dos percentuais dos demais elementos de liga deve ser maior que 5%.  No caso dos aços baixa liga, os elementos de liga são adicionados para melhorar algumas propriedades mecânicas ou tecnológicas dos mesmos. Estes elementos podem permanecer em solução sólida ou precipitar como partículas de  2ª fase. - Opa, o que isso quer dizer?  Quando introduzimos elementos dentro da rede cristalina do ferro, estes podem ficar dissolvidos, ou seja, em solução sólida (substitucional ou intersticial) caso, não consiga ficar nem em solução sólida intersticial nem substitucional o átomo tende a formar um composto químico diferente da matriz:

SAN MAI - PROCESSO BÁSICO

Fazemos o billet com 2 camadas de inox e uma de carbono. Vamos usar aço inox 420 e aço carbono 1070 ou 5160. Lixe e limpe cuidadosamente as peças, desengordure com álcool ou acetona. Monte o billet e solde com cuidado. O caldeamento ocorre a temperaturas muito altas, cerca de 1200 graus. Não é necessário usar bórax. A faca produzida desse billet será feita por desbaste. Mas antes é preciso recozer o material, que sai do caldeamento temperado. Como o inox requer temperaturas de endurecimento altas, de 950 a 1100 graus, é preciso recozê-lo nesta temperatura, isto deve ser feito num forno com ajuste de temperatura controlada. Sem isso fica muito difícil trabalhar o material. O processo de caldeamento deixa marcas no inox que deverão ser retiradas numa pré-usinagem. É importante lembrar que ao usar o forno para temperar a lâmina, esta ficará integralmente dura, inclusive a espiga. Faça os furos de pinagem antes de temperar, se esquecer deste detalhe será necessário normalizar a espiga ou u

FERRO FUNDIDO

Antes de tudo vamos esclarecer esta terminologia: ferros fundidos são ligas metálicas ferrosas e não ferro no estado líquido. Eles são chamados assim, pois possuem temperatura de fusão menor que a dos aços.  Esta característica facilita a produção de produtos de ferro fundido a partir do processo de fabricação conhecido como Fundição. São ligas relativamente baratas e possuem uma melhor fluidez que os aços e também por isso são preferidos para este tipo de processo de fabricação.  São ligas ferrosas com teor de carbono superior a 2,11%. Pode-se considerar ferro fundido uma liga contendo somente ferro e carbono. No entanto, o silício sempre está presente em teores superiores ao do próprio carbono. Visto que o silício possui grande influência nesta liga, os ferros fundidos são geralmente considerados como uma liga ternária Fe-Si-C.  Além disso, possuem ainda Mn, S e P. O carbono presente nestas ligas pode se encontrar dissolvido na estrutura cristalina do ferro (até 0,008%), na forma de

AISI D6 - AÇO FERRAMENTA TRATAMENTO TÉRMICO

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É um aço com alta penetração de dureza na têmpera e excelente estabilidade dimensional. FORJAMENTO Aqueça lenta e uniformemente até 950°C (laranja claro) e comece a forjar. Depois de forjar, deixe resfriar lentamente no forno desligado. RECOZIMENTO: 850°C (vermelho claro).  ALÍVIO DE TENSÕES As tensões dessa liga de aço podem ser eliminadas antes da têmpera, aquecendo até 680°C ( vermelho escuro). Deixe resfriar ao ar. TÊMPERA Pré-aqueça lentamente até 950°C (laranja claro), seguido por têmpera no óleo. REVENIMENTO O duplo revenimento também pode ser executado, com resfriamento na temperatura ambiente. TEMPERATURA  x  DUREZA HRC 100  200 300  400  500 600  -   °C  63    62    60    58    56   48    -   HRC

TIPOS DE AÇO CARBONO

Devido à influência do carbono sobre a dureza do aço, costuma-se considerar os seguintes tipos de aços-carbono: AÇOS DOCES: carbono entre 0,15% e 0,25% AÇOS MEIO DUROS: carbono entre 0,25% e 0,50% AÇOS DUROS: carbono entre 0,50% e 1,40% Alguns autores subdividem ainda essa classificação: AÇO EXTRA DOCE: carbono inferior a 0,15% AÇO DOCE: carbono entre 0,15% e 0,30% AÇO MEIO DOCE: carbono entre 0,30% e 0,40% AÇO MEIO DURO: carbono entre 0,40% e 0,60% AÇO EXTRA DURO: carbono entre 0,70% e 1,20%

TRATAMENTOS TÉRMICOS TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS TRATAMENTOS ISOTÉRMICOS

Os processos de produção nem sempre fornecem os materiais nas condições desejadas: as tensões que se originam nos processos de fundição, conformação mecânica e mesmo na usinagem criam sérios problemas de distorsões e empenamentos e as estruturas resultantes não são, frequentemente, as mais adequadas, afetando negativamente as propriedades mecânicas dos materiais. Por esses motivos, há a necessidade de submeter as peças metálicas, a determinados tratamentos térmicos que objetivam minimizar ou eliminar os inconvenientes. O tratamento térmico é uma operação ou conjunto de operações realizadas na peça no estado sólido que compreendem aquecimento, permanência em determinadas temperaturas e resfriamento em condições controladas, realizados com a finalidade de dar ao metal determinadas características, melhorando as propriedades mecânicas, sem alterar, contudo, a sua composição química, que permanece inalterável. Obtém umas vezes maior dureza e resistência mecânica, e outras maior plasticidad

SAMURAI - CURIOSIDADES

Os samurais e o seu código de lealdade sempre exerceram um fascínio muito grande, principalmente no mundo ocidental. Porém, algumas peculiaridades históricas dessas figuras lendárias ainda são desconhecidas e obscuras.   1. Mulheres podiam ser samurais Nas famílias de samurais, era tradição que as mulheres recebessem treinamento em artes marciais e estratégias de guerra, para que pudessem defender suas famílias quando o não estivesse presente. Conhecidas como onna-bugeishas, elas participavam de batalhas ao lado dos homens e lutavam usando as naginatas (lanças com uma lâmina curvada na ponta). O arco e flechas também era uma arma bastante utilizadas pelas “mulheres-guerreiras”. Apesar das habilidades bélicas, elas se vestiam com quimonos luxuosos de seda fina e estavam sempre maquiadas, com os cabelos impecáveis, demonstrando cuidado especial na preservação de sua feminilidade. Os textos históricos contêm poucas referências à essas guerreiras, mas é possível que elas tenham sido mais n

KATANA - ESPADAS JAPONESAS PERÍODOS

JOKOTO ANO 795 KOTO (espadas antigas) 795-1596 SHINTO (espadas novas) 1596-1624 GENDAITO (espadas contemporâneas) 1876-1953   JOKOTO Durante o período Jokoto (800 d.C.), as espadas usadas eram retas, com fio simples (a Chokuto) ou duplo (Ken) e pobremente temperadas. Não havia um desenho padrão e eram atadas à cintura por meio de cordas. Evidências históricas sugerem que elas eram jians feitas por artesãos chineses e coreanos que trabalhavam no Japão.  KOTO A partir do período Heian (794-1185), surge o termo Nipponto ou Nihonto, que significava “espada japonesa” (nippon=japão, to=espada). A mudança no estilo de luta criou a necessidade de alteração no seu formato. Não se guerreava mais a pé, mas sim a cavalo. As espadas tornaram-se longas, curvadas, com uma base mais larga e forte e uma ponta bem fina. As espadas desta época são chamadas de Tachi e representam a categoria das antigas espadas ou Koto. Neste período, as inscrições nas espadas derivavam, de motivos budistas, representando

KATANA - HISTÓRIA

A espada foi a arma mais usada no Japão medieval, principalmente após sua unificação pelo Shogun Tokugawa Ieyasu (início do séc XVII), período de muitos duelos entre samurais. Tão grande era sua importância que foi declarada privilégio exclusivo da classe guerreira em 1588. “A espada é a alma do samurai”, disse Tokugawa Ieyasu. Um samurai era facilmente reconhecido pelas ruas por portar duas espadas presas ao obi, uma longa, a Katana (de 60 a 102 cm), usada nas lutas em locais amplos, e uma menor, a Wakizashi (de 30 a 60 cm), para espaços fechados. O Daishô, nome dado ao conjunto, representava o estatuto máximo dos samurais, simbolizando o orgulho e emblema do guerreiro. Havia uma terceira arma, o Tanto, uma faca fina que ficava escondida e que era usada só em emergências. A história da Katana está ligada à história do Japão e ao desenvolvimento das técnicas de luta. Sua denominação muda conforme o período ao qual as peças pertencem.

KATANA

Era muito mais do que uma arma para um samurai: era a extensão de seu corpo e de sua mente. Forjadas em seus detalhes cuidadosamente, desde a ponta, até a curvatura da lâmina eram trabalhadas totalmente a mão. Assim, os samurais virtuosos e honrados faziam de sua espada uma filosofia de vida. Para o samurai, a espada não era apenas um instrumento de matar pessoas, mas sim uma forma de fazer a justiça e ajudar as pessoas.  A espada ultrapassava seu sentido material; simbolicamente, era como um instrumento capaz de “cortar” as impurezas da mente. Havia ainda um sabre pequeno, chamado tantô, que era utilizado não apenas para combates, mas também para o ritual do seppuku (suicídio honroso).  A diferença básica entre as três era o tamanho, tendo a Katana um comprimento de 60 ~ 90 cm de lâmina (hamon); a Wakizashi entre 30 ~ 60 cm; e o tantô um comprimento de cerca de 30 cm. Cada espadachim escolhia as espadas de acordo com as suas preferências, tanto em termos de forja, quanto em termos de

CRONOLOGIA DOS ELEMENTOS

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A tabela acima mostra a evolução cronologica dos elementos químicos descobertos. A evolução da sociedade humana sempre foi influenciada pela descoberta de novos materiais.  É possível correlacionar cada importante salto ocorrido no desenvolvimento da humanidade com descobertas envolvendo novos materiais.  Os primeiros utensílios utilizados pelo homem foram obtidos a partir de madeira ou pedra, principalmente para a fabricação de ferramentas e armas. Outros materiais também foram largamente utilizados para fins específicos como ossos, fibras vegetais, conchas, pele de animais e argila. Em geral, estes materiais eram usados para fins decorativos e para proporcionar maior conforto.  Tal desenvolvimento, de certa forma, tornou mais fácil a obtenção e processamento dos recursos mínimos para a sobrevivência, fornecendo consequentemente, maior tempo livre para o nosso desenvolvimento intelectual. Nesta época, o cérebro humano não possuía nada diferente do cérebro do homem dos dias

VOCE PENSA EM TRABALHAR COM CUTELARIA ? (ODILON TEIXEIRA)

Deixa eu te contar umas coisinhas! Tudo é caro! Material é caro!  Mão de obra qualificada é cara! O retorno é lento... Muito lento! Vc pensará em desistir 1.000.000 vezes! Alguns colegas de profissão não são tão legais quanto postam em redes sociais! Não mesmo! Vc terá que provar que a cutelaria é seu trabalho, e não lazer que você pode fazer de graça!  Algumas pessoas acharão que vc pode fazer de graça, porque vc já tem o material e não vai ter custo!  Não é só comprar os materiais, precisa também perder tempo com moldes, riscos, cortes, limpezas, pesquisas, atendimentos, testes, aprimoramentos, etc etc.  Vc não terá mais finais de semana!  Irá adquirir uma bela dor nas costas, nas pernas, e uma mente que te atormenta com tudo que precisa fazer.  Precisará perder horas e horas ao longo da semana (coisa que ninguém imagina), indo em fornecedores para buscar todo o material necessário para as produções! Vc levará muito tempo para ter seu nome reconhecido. Alguns clientes viram amigos! A

ROTAS DO AÇO DAMASCO

ROTA A Uma das formas utilizadas para produzir o aço de cadinho consistia em selecionar o minério, moê-lo e lavá-lo. Em seguida, o minério era secado e carregado junto com carvão vegetal ou madeira e folhas de plantas consideradas sagradas. Uma vez fechados com argila os cadinhos eram levados ao forno. O conjunto de cadinhos era aquecido por cerca de 50 horas e, então, deixado a resfriar lentamente. Durante o aquecimento, primeiramente se forma o ferro esponja, produto da redução. O carbono proveniente do carvão passa, então, a difundir pela superfície da massa de ferro recém reduzida. O carbono continua migrando para o interior do material formando um gradiente de concentração.  As regiões mais externas, ricas em carbono, começam a fundir até que todo o material se torne líquido, caso a temperatura fosse alta o suficiente. Imaginemos que uma liga com 1,8% C seja mantida a 1.400°C, estando, portanto no estado líquido. Se reduzirmos lentamente a temperatura do sistema, ao chegarmos a 1.

ESTUDOS SOBRE O AÇO DAMASCO

Atualmente pode-se encontrar  vasta literatura sobre aço damasco. Os primeiros textos citando o aço de Damasco aparecem ainda no séc. IX com al Kindi Khorasani, um dos maiores filósofos/cientistas islâmicos medievais.  Os primeiros estudos científicos do aço Damasco começaram com Pearson, na Inglaterra em 1795, que em seu trabalho sobre o aço indiano wootz concluiu que este se tratava mais de um aço do que de ferro.  Em 1804, Mushet, Sherby e Wadsworth concluiram que o wootz continha alto teor de carbono e que isso podia ter relação com formação do padrão de damasco das espadas. Breant em 1823, concluiu que a estrutura damascena era formada de regiões com aço de composição eutetóide e outras de aço com alto teor de carbono. Na Rússia, dando sequência aos estudos, D. K. Tchernov reconheceu que o padrão era de  carboneto pro-eutetóide em uma matriz de composição eutética. Além disso, atribuiu a maleabilidade deste aço à morfologia esferoidizada da cementita Ainda no séc. XX, por meio da

ESPECTRÔMETRO PORTÁTIL FLUORESCÊNCIA DE RAIO X (XRF)

Identifica metais e ligas com rapidez e precisão. Obtem a porcentagem química da liga em segundos. Abaixo seguem alguns exemplos típicos disponíveis: Calibrações específicas de tipos de aços, aços para ferramentas, aços de baixa liga, ligas de Níquel, ligas de Cobalto, ligas de Cobre, ligas de Zinco, incluindo análise de elementos leves (Al, Mg e Ti) e calibração geral para todos os outros tipos de aços e ligas.

FERRO > AÇO

O aço é uma liga metálica formada principalmente de ferro e carbono, possui maior aplicação que o próprio ferro e pode ser usado para produzir outras ligas. O aço é uma liga metálica composta por aproximadamente 98,5% de Fe (ferro), 0,5 a 1,7% de C (carbono) e traços de Si (silício), S (enxofre) e P (fósforo). Portanto, o seu componente principal é o metal ferro, é obtido em siderúrgicas por meio do seu principal mineral, a hematita, Fe2O3. A palavra “siderurgia”, que vem do grego, significa “trabalho feito sobre o ferro” e trata-se, em geral, de um campo específico da metalurgia que transforma o ferro em aço. O ferro obtido nas siderúrgicas não é puro, mas possui de 2 a 5% de carbono em sua constituição e é chamado de ferro-gusa. Assim, antes de ser transformado em aço, o ferro precisa ser purificado. Uma das formas de se fazer isso é injetar gás oxigênio no interior do alto-forno onde o ferro é produzido. O carbono reage, então, com o oxigênio e forma dióxido de carbono (CO2), que é

LIGAS: INVAR - PLATINITE

A liga chamada Invar, possui 64% de aço e 36% de Ni (níquel). Há também a platinite, formada por 54% de aço e 46% de Ni. Ambas possuem como propriedade principal o baixo coeficiente de dilatação, sendo que o Invar é usado em pêndulos, cronômetros, réguas graduadas e tubos de televisor. Já a platinite é usada em partes metálicas soldadas ao vidro nas lâmpadas incandescentes. Há também o aço que possui 94% de Fe, 5% de W (tungstênio) e 1% de C, que é extramente duro, sendo usado em ferramentas de corte. Por último, podemos citar a liga formada por 86% de Fe, 13% de Mn e 1% de C. Sua propriedade principal é a dureza, sendo usada em trilhos.

AÇO INOX MARTENSÍTICO

Nos aços inoxidáveis martensíticos, os mais indicados para cutelaria, o carbono e o cromo estão sempre presentes em grandes quantidades. O termo grandes quantidades  significa um percentual maior do que o normalmente encontrado nos aços  comuns. Na composição de aços modernos destinados à cutelaria, quer sejam aqueles classificados como carbono ou os inoxidáveis, dificilmente poderá existir menos do que  0.6% de carbono, pois este é o principal elemento que, após a adequada têmpera, concederá  dureza à peça. Embora o cromo não seja um elemento mágico, sua adição nos chamados aços nobres lhes confere características especiais, sempre desejáveis em itens de cutelaria. Uma quantidade pequena de cromo, algo entre 0.25 e 0.50% aumenta naturalmente a dureza, bem como reduz a presença de "pontos brandos", moles, comuns a certos aços; uma quantidade moderada, algo como de 0.8 a 1.25% retarda consideravelmente a oxidação e a ação da corrosão.  Um aço com essas porcentagens de cromo se