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Mostrando postagens de abril 17, 2022

MEKUGI- PINO DE BAMBÚ NA KATANA (Remo Nogueira)

A espada japonesa é presa em seu cabo apenas por encaixe, o que mantem todo o conjunto seguro é um pino de bambu. Isto permite que a espada possa ser desmontada com facilidade, para afiação, troca de peças ou limpeza. O método foi testado e aperfeiçoado ao longo dos séculos. De nada adianta a espada ser forte e o cabo resistente, se o pino se soltar ou quebrar, a lâmina pode sair voando. Não vale usar qualquer tipo de bambú pois não é seguro, é fraco e perigoso. O certo é usar um bambu forte e flexível. Para isto se usa um com pouco amido e fibras espessas. No japão é este bambú é chamado de Susudake. Esta espécie de bambú japonês pode ser encontrado no Brasil em algumas regiões. Além disso exige uma série de cuidados: colher em período seco e de madrugada (o bambu fica com menos amido e água), pré secagem e aquecimento no fogo. No Brasil existem várias espécies diferentes de bambu, mas para um resultado satisfatório é preciso escolher uma espécie com pouco amido e grande densidade de

O QUE TORNA O AÇO BOM PARA CORTE

são vários componentes químicos, mas o principal é o carbono. Os aços classificam-se em: a. Baixo carbono; b. Médio Carbono;  c. Alto carbono. Os médios e altos costumam ser mais utilizados para a confecção de facas e canivetes e os baixos e médios normalmente para a confecção de machados e espadas. Mas Isso não é regra geral. Quanto mais dura a lâmina, mais fácil de quebrar. Na maioria das facas e canivetes cortamos mediante deslizamento do fio. Espadas e machados, é melhor que fiquem um pouco menos duros, para aumentar a tenacidade.De nada adianta ter um fio muito duro e no primeiro golpe quebrar a lâmina. Nas lâminas de facas, não podemos pensar que quanto mais dura melhor.Quanto mais dura, mais  difícil de afiar. Uma faca com dureza 62/64 Hrc só é afiada com uma pedra diamantada, Ao passo  que uma faca com 56/58 Hrc, pode ser afiada até com uma pedra comum.

CARBONO NAS FACAS

ALTO CARBONO Acima de 0,50% até limite de 2,11%. MÉDIO CARBONO Entre 0,20% e 0,49%. BAIXO CARBONO Entre 0,05% e 0,20%. CARBONO EXTRA BAIXO Entre 0,015% e 0,05%. CARBONO ULTRABAIXO Abaixo de 0,015%. Aços liga também são divididos de acordo com o teor de elementos em sua composição. BAIXA LIGA A soma dos teores de todos os elementos liga adicionados não ultrapassa 5% de todo material. MÉDIA LIGA A soma dos teores de todos os elementos liga fica entre 5% e 12% de todo o material. ALTA LIGA A soma dos teores de todos os elementos liga é no mínimo 12% de todo o material. BAIXA LIGA DE ALTA RESISTÊNCIA Neste caso o teor de carbono é menor que 0,25% e o teor dos outros elementos liga é menor que 2%. Geralmente os elementos liga mais utilizados para esse tipo de aço são o Nióbio, Vanádio e Titânio, que ajudam no aumento da resistência do material.

ELEMENTOS MAIS COMUNS NOS AÇOS PARA FACAS

*ALUMÍNIO  Usado para dificultar a oxidação do aço. No entanto, em pequenas quantidades controla o crescimento do tamanho do grão. *BORO  Adicionado ao aço para melhorar a temperabilidade. Mais eficaz em aços de baixo carbono. *CARBONO Presente em todos os aços para facas, o carbono é o elemento mais importante de endurecimento do aço, reduzindo o desgaste que o material poderá sofrer com o tempo, mas a medida em que é adicionado, pode reduzir a tenacidade do aço e aumentar o potencial de oxidação.  *CROMO  Atua no combate à corrosão do aço. As facas de aço inoxidável têm o cromo como ingrediente principal, no mínimo 12%.No entanto, a adição de cromo em grandes quantidades diminui a resistência. *COBALTO  Aumenta a dureza e permite maiores temperaturas de têmpera durante o tratamento térmico. Intensifica os efeitos individuais de outros elementos em aços mais complexos.  *COBRE  É utilizado pra combater a corrosão, maquinabilidade e resistência mecânica da lâmina. "CHUMBO  Em pequ

FACAS JAPONESAS

Quando se trata de facas japonesas todos se concentram no tipo de faca e pra que serve, mas não há muita informação sobre qual aço é usado. As facas japonesas são conhecidas por seu alto teor de carbono. A fabricação destas lâminas é desafiadora porque tem uma estreita faixa de temp. para têmpera. A têmpera é na água, e deve ser feita rapidamente para garantir a dureza adequada. SHIROGAMI 1 – tem um teor de carbono de 1.25-1.35% e dureza de 61-64 Hrc. Permanece afiada por muito tempo, mas é ligeiramente quebradiça e pode rachar se usada pra cortar cartilagem dura ou osso. SHIROGAMI 2 – tem um teor de carbono de 1.05-1.15% e dureza de 60-63 Hrc. Tem excelente retenção de fio, é fácil de afiar e não é tão quebradiça quanto a Shirogami 1.  SHIROGAMI 3 – tem um teor de carbono mais baixo de 0.8-0.9%.

PEDRAS PARA POLIMENTO E AFIAÇÃO

Muito antes de existir eletricidade, lixadeiras e papel lixa, os antigos ferreiros precisavam encontrar na natureza abrasivos para dar acabamento em suas facas, espadas e ferramentas. Em diferentes regiões e montanhas foram descobertas pedras com características boas para este fim. No caso das pedras naturais os grãos são menos abrasivos e agressivos do que os sintéticos (são arredondados). Além disso abrem os grãos do aço, ao contrário dos sintéticos que entopem e deixam brilhando. Devido a dificuldade de se encontrar pedras sem impurezas que riscam a lâmina com riscos mais grossos, as boas pedras de polimento são raras e muito caras. Estas pedras são utilizadas pra afiar e dar polimento nas espadas japonesas. Atualmente não se encontra uma boa pedra destas pra comprar, se achar é antiga, com preços acima de R$15.000,00. A pedra chu-nagura, equivale ao grão 600, a koma-nagura, equivale ao grão1000. Temos a uchigumori e uma mais macia chamada  Hato, e outra mais fina e dura, chamada ji

AFIAR FACAS MEDITAÇÃO CONSCIENTE

Afiar facas pode atuar como uma forma de meditação consciente. A meditação consciente é a prática de focar em um fenômeno específico, geralmente a respiração, e permitir que os pensamentos passem sem se apegar a eles.   Embora a meditação possa parecer uma besteira pra alguns, foi demonstrado cientificamente que ela traz benefícios reais para a produtividade, saúde mental e função cognitiva.  A afiação de facas se presta extremamente bem à prática da atenção plena, porque requer uma ação focada e repetitiva, com feedback tátil, muito adequado para descansar a mente.

AÇO INOX 13C26 TRATAMENTO TÉRMICO SEM FORNO TC

RECOZIMENTO: 750/800ºC (verm. escuro/verm. cereja escuro), com resfriamento na forja desligada. A TÊMPERA DEVE SER FEITA COM AS LUZES APAGADAS, PRA VER A COR COM EXATIDÃO. O óleo deve estar morno, coloque um pedaço de aço na forja, deixe aquecer, ponha dentro do recipiente e mexa o óleo pra equalizar a temperatura. UTILIZANDO FORJA DE TÊMPERA SELETIVA: Aqueça primeiro o dorso da lâmina, ponha a ponta da faca fora da forja até o aço esquentar, depois coloque a lâmina com o fio pra baixo dentro da forja. Quando a cor chegar num AMARELO QUASE BRANCO faça a têmpera seletiva. TÊMPERA INTEGRAL: Mergulhe toda a lâmina no óleo diesel num ângulo de 90° em relação ao líquido. REVENIDO NO FORNO ELÉTRICO: Dois ciclos de uma hora: 150°C ou 250°C. Entre um revenido e outro a peça deve resfriar até a temperatura ambiente. Se não efetuar sub-zero faça duplo revenimento pra garantir melhor tenacidade.  No gráfico abaixo, veja a resposta de dureza durante o revenimento: Após a têmpera, sem revenimento,

AÇO INOX 13C26

É um aço inox martensítico, que após tratamento térmico caracteriza-se por elevada dureza, ótima resistência à corrosão e excelente resistência ao desgaste. Especialmente projetado para ser utilizado na fabricação de lâminas de navalhas, instrumentos cirúrgicos e também para diferentes tipos de facas industriais para processar  alimentos.  O alto teor de carbono foi balanceado para garantir estrutura formada por finos carbonetos secundários, isento dos grosseiros carbonetos primários que apesar de duros, são muito frágeis. O teor de carbono e a estrutura extremamente refinada proporcionam alta retenção de fio    Após tratamento térmico a estrutura é constituída de martensita, fina distribuição de carbonetos e cerca de 15% de austenita retida, dando uma ótima combinação de dureza, resistência ao desgaste, ductilidade e resistência a corrosão.