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Mostrando postagens de novembro 28, 2021

TÊMPERA EM SALMOURA

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O resfriamento em água aditivada com sais  é indicada para aços baixo carbono e materiais de baixa temperabilidade.Em relação a água este meio produz um resfriamento mais homogêneo  pois evita a formação da camada de vapor que se dá na fase inicial do resfriamento do componente quente com o meio líquido,  desta maneira  propicia aos componentes tratados dureza  homogênea, sem formação de pontos moles.

TEMPERATURAS NA TÊMPERA

Estas temperatura proporcionam a autenitização do aço, para obter martensita no resfriamento posterior. As temperaturas, os meios de resfriamento e as durezas resultantes para aços carbono são: 0,30%C - 900/975°C - Água - 50 Hrc 0,35%C - 900°C - Água - 52 Hrc 0,40%C - 870/900°C - Água - 55 Hrc 0,45%C - 870/900ºC - Água - 58 Hrc 0,50%C - 870°C - Água - 60 Hrc 0,60%C - 850/875°C - Água - 64 Hrc/óleo-62 Hrc (Definição de austenitização: Tratamento térmico para efetuar a dissolução do carbono no ferro CFC, formando assim a austenita). Fonte: Ciaverini, Vicente – Aços e Ferros Fundidos – 7ª edição – 2002

SAIS PARA OXIDAÇÃO NEGRA E LIMPEZA DE SUPERFÍCIE

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Os sais de oxidação são misturados com água e sob ação do calor, produzem um acabamento preto, aderente e uniforme de óxido ferroso-férrico, na superfície das peças confeccionadas em aço carbono e aço baixa liga.

AÇO FERRAMENTA

O aço-ferramenta representa uma importante fatia do segmento de aços especiais. Produzido e processado para atingir um alto grau de qualidade, o aço-ferramenta é empregado na fabricação de matrizes, moldes, ferramentas de corte intermitente e contínuo, ferramentas para conformação de chapas, corte a frio e componentes de máquinas. Abastecem os segmentos de autopeças, automobilístico, eletro-eletrônico e extrusão de alumínio. Este tipo de aço se caracteriza pela elevada dureza e resistência à abrasão. Tem boa tenacidade e mantém as propriedades de resistência mecânica mesmo sob elevadas temperaturas. Tais características são obtidas com a adição de altos teores de carbono e ligas como tungstênio, molibdênio, vanádio, manganês e cromo. A maior parte dos aços-ferramenta é forjada. Outra parte é produzida por fundição de precisão ou por metalurgia do pó. A fusão deste tipo de aço é realizada, geralmente, em quantidades pequenas em fornos elétricos. A seleção de matéria-prima é um fator de

CURVA TTT

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Curva TTT definição: Diagrama tempo-temperatura-transformação que apresentam curvas de início e término da transformação austenítica para uma determinada temperatura e tempo. O tratamento térmico é um processo que permite alterar as propriedades físico-mecânicas do aço, utilizando ciclos de aquecimento e resfriamento, sob condições controladas de temperatura, tempo, atmosfera e velocidade de resfriamento. Tal processo é empregado quando se deseja adequar as características do material a uma etapa do processo de fabricação ou à condição de produto final. Para determinadas aplicações pode existir o interesse de alterar parcialmente características especificas, nestes casos é preciso combinar as etapas de aquecimento e resfriamento sob determinadas atmosferas e/ou meios que permitam atender esta alteração. Estes tratamentos são conhecidos como termoquímicos. Assim o tipo de atmosfera ou meio exerce um papel fundamental no tratamento térmico, alterando, parcialmente, a composição química d

AÇO CARBONO

É a composição da liga que confere ao aço o seu nível de resistência mecânica. O ferro gusa, primeira etapa de fabricação do aço, é o mesmo para todos os produtos. Na fase seguinte, quando os elementos de liga são adicionados ou suprimidos no ferro gusa, é que são determinadas as grandes famílias de aço, dos mais rígidos aos mais estampáveis. O Carbono é o principal elemento endurecedor em relação ao ferro. Outros elementos, como o manganês, o silício e o fósforo, participam igualmente do ajuste do nível de resistência do aço. A quantidade de Carbono define sua classificação: o baixo carbono possui no máximo 0,30% do elemento; o médio carbono apresenta de 0,30 a 0,60% e o alto carbono possui de 0,60 a 1,00%. Características e Aplicações Baixo carbono: possui baixa resistência e dureza e alta tenacidade e ductilidade. É usinável e soldável, além de apresentar baixo custo de produção. Geralmente, este tipo de aço não é tratado termicamente. Aplicações: chapas automobilísticas, perfis est

IDADE DO FERRO

Os mais antigos objetos feitos de ferro datam de cerca de 5000 a.C. e foram encontrados na região dos atuais Irã e Iraque. Acredita-se que estes primeiros objetos de ferro tenham sido produzidos a partir ferro nativo ou mesmo de meteoritos (interessante notar que o ferro nativo é muito raro, inclusive mais raro que o ferro meteorítico), não implicando em domínio de técnicas de redução do minério.  A utilização massiva de cobre e ouro é muito mais antiga, provavelmente devido à facilidade para ser usado como matéria prima, uma vez que o cobre nativo e ouro eram mais comuns e podiam ser usados sem necessidade de processos de redução.  Além disso, mesmo após reduzido, é provável que o ferro fosse de pouca utilidade para a fabricação de armas ou ferramentas já que o ferro quase puro, produto da redução direta, é excessivamente dúctil. As primeiras evidências confiáveis de domínio das técnicas de redução do minério começam a mais de um milênio a.C. no Oriente Médio e Turquia.  As técnic

AÇOS LIGA

Os Aços-liga contêm quantidades específicas de elementos diferentes daqueles normalmente utilizados nos aços comuns. Estas quantidades são determinadas com o objetivo de promover mudanças nas propriedades físicas e mecânicas do produto, permitindo ao material desempenhar funções específicas.  De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), os aços-liga são aços que possuem outros elementos, não se considerando como tais os elementos adicionados para melhorar sua usinabilidade. A soma de todos esses elementos, inclusive carbono, silício, manganês, fósforo e enxofre não pode ultrapassar 6%.  No caso de elementos como silício, manganês e alumínio, sempre presentes nos aços carbono, os aços são considerados ligados quando seus teores ultrapassarem 0,6%, 1,65% e 0,1%, respectivamente. Os aços-liga costumam ser designados de acordo com o elemento predominante. Por exemplo: aço-níquel, aço-cromo, aço-cromo-vanádio. A introdução de outros elementos se dá quando é desejado alca

AUSTENITIZAÇÃO

A formação da austenita é um processo relativamente simples, ocorrendo por nucleação e crescimento à temperatura acima da crítica, sendo esta chamada de temperatura de austenitização. A temperatura de austenitização, em princípio, uma temperatura de 50°C acima do limite superior da zona crítica (linha A3 para aços hipoeutetóides e A1 para os hipereutetóides) é adequada para austenitização. Entretanto, quanto maior for a temperatura de austenitização, tanto mais homogênea será a austenita. Quanto mais heterogênea a austenita maiores chances de nucleação de carbonetos em regiões de teor de carbono mais alto ou de crescimento de carbonetos não dissolvidos em vez das estruturas perlíticas-lamelares, que ocorrem com mais facilidade a partir da austenita homogênea. Consequentemente, deve-se preferir temperaturas de austenitização mais altas quando se deseja estrutura perlítica e mais baixas quando se deseja estrutura esferoidizada. Quanto mais próximo da temperatura A1 a austenita se transfo

A ESPADA JAPONESA - NIHONTO

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Sua produção envolve perícia e controle extremos em suas diversas etapas, incluindo forja, tratamentos termomecânicos, acabamento su- perficial, etc. Cada uma destas etapas requeria alto grau de especialização. As primeiras técnicas de produção de espadas do Japão vieram provavelmen te da China por volta do séc. IV ou V. A técnica, trazida do conti nente, consistia em aquecer, forjar, caldear e dobrar repetidas vezes pilhas de ca madas alternadas de ferro puro e ferro fundido, de maneira a se obter um material  de composição intermediária entre os dois.  A região de corte da lâmina era endure cida por tratamento térmico seletivo. Ao longo dos séculos, os japoneses desenvolve ram e refinaram uma técnica própria, que atingiu seu zênite no séc. XVII. Esta, em  linhas gerais, consiste em montar a espada com diferentes materiais, em função da  região da lâmina.  A alma da lâmina era feita de material dútil, aço baixo  carbono, conhecido como shingane. A superfície da lâmina e a