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Mostrando postagens de maio 1, 2022

ZONA CRÍTICA

Abaixo são indicados os nomes de três importantes curvas do sistema Fe-C:  Ac1 - Ac3 - Acm  CURVA Ac1: Representa a isoterma eutetóide: 727ºC.  CURVA Ac3: Indica o início da transformação no resfriamento. ZONA CRÍTICA:  É formada pelo conjunto das curvas Ac1, Ac3 e Acm, leva este nome por separar duas regiões bem distintas do diagrama, a região: FERRITA e a região: AUSTENITA. A Zona Crítica identifica uma faixa de temperaturas, abaixo da qual não existe a fase ou o constituinte monofásico: Austenita.

RECOZIMENTO > NORMALIZACÃO TÊMPERA > REVENIMENTO

                                                                RECOZIMENTO  O principal objetivo é reduzir a dureza. Dureza menor ajuda na usinagem do material. Outro objetivo é aumentar a ductilidade PROCEDIMENTO: Aqueça o material acima da zona critica durante o tempo necessário para que toda a microestrutura se austenitize. Resfrie o material muito lentamente. Geralmente o material é mantido dentro do forno desligado. RECOZIMENTO PARA ALÍVIO DE  TENSÕES Este recozimento não utiliza temperatura acima da zona crítica. A temp. é mantida abaixo da zona crítica.O objetivo é o mesmo, amolecer o material.  NORMALIZACÃO O objetivo da normalização é a obtenção de uma microestrutura mais fina e uniforme. Este processo é conhecido no meio metalúrgico como "refinador de grãos". A normalização é possivelmente o único método que existe para melhorar todas as propriedades do aço: dureza, resistência, tenacidade, ductilidade. É usada também como uma forma de resetar a microestrutura do a

O BÁSICO DO TRATAMENTO TÉRMICO

RECOZIMENTO Amolece o aço pra facilitar a usinagem, alivia e remove tensões residuais, aumenta a estabilidade dimensional. NORMALIZAÇÃO Homogeiniza e refina a estrutura dos grãos, prepara o aço pra ser temperado. TÊMPERA Aumenta a dureza do material e seus limites de resistência, através da obtenção da martensita.  REVENIMENTO  Alivia as tensões da têmpera. Aumenta a tenacidade e a resistência ao choque.

O VALOR E O PREÇO (Rodolpho Menegueti)

A cutelaria possui um mercado muito peculiar, com muitos nichos. Por este motivo vc acaba atingido diversos tipos de público. Para atingir o público X, ou o público Y, vc precisa saber o que cada um quer.  Percebemos que existem vários tipos de cutelaria:  * Venda de facas chinesas, paquistanesas, etc. * Artesanal onde o artesão utiliza um disco de arado, desbasta e põe um cabo, as vezes sem fazer o tratamento térmico. * Artesanal técnica com facas mais elaboradas, mais bem acabadas.  * Cutelaria arte, onde as facas são obras de arte, com aplique de ouro, cabos com materiais caros, etc. Cada tipo de cutelaria atinge um nível de público. O cara que compra uma faca de disco de arado não compra faca de cuteleiro famoso.  Existe uma concorrência grande, principalmente para quem vende facas nos valores de R$200,00 a R$600,00, pois temos cuteleiros fazendo bons trabalhos nesta faixa de preço. Com dedicação, esforço e muito trabalho, um dia você pode sair dessa faixa de preço e vender facas p

INTELIGÊNCIA NA FORJA - BOB G

Roberto Gaeta fez lâminas forjadas, aço damasco, além de uma infinidade de outras práticas e técnicas, tendo se decidido a trabalhar apenas com inox, criando lâminas por recorte e desbaste.  Consolidou um "modus operandi":    Criava um determinado modelo, e com seus assistentes fazia 10 a 15 peças. Esta primeira série servia para corrigir e refinar o projeto, além de permitir que os assistentes assimilassem os detalhes da fabricação daquele modelo.  A partir daí seu trabalho passava  ser a supervisão da qualidade. O fato de se concentrar em uma linha definida de modelos era algo único na cutelaria nacional.   

ABS

AMERICAN BLADESMITH SOCIETY-ABS é uma máquina de formar cuteleiros, só que todos pensam da mesma maneira. As pessoas estão sempre procurando uma regra pra seguir, o que vai garantir pra elas que estão fazendo a coisa certa.  Mas não é preciso seguir tantas regras, você pode quebrar as regras o tempo todo, desde que não comprometa a parte técnica. Criar detalhes na faca é uma decisão pessoal. Quando alguns cuteleiros se tornam MasterSmith, os caras vestem o "manto da sabedoria"...Infelizmente existe um "distanciamento social" entre eles e os demais cuteleiros. Trocando em miúdos: o cara se acha superior a qualquer um que não tenha este título. É muito triste este tipo de visão. (By Rodrigo Sfreddo)

D2 - AÇO FERRAMENTA SEMI-INOX

Carbono: 1.55% - Cromo: 12% Molibdênio: 0.80% - Vanádio: 0.90% Aço ferramenta é o nome que se dá aos aços utilizados na produção de ferramentas para uso industrial, manuais ou mecânicas. Dotados de alta qualidade e fabricados sob rígidas tolerâncias de composição química e propriedades físicas.  A dureza mais comumente utilizada pelo aço D2 varia entre 56 a 60 Hrc, no entanto, em condição temperada, a dureza pode chegar até 65,0 Hrc.  O alto teor de molibdênio, confere  resistência ao amolecimento pelo calor. Devido à composição química, apresenta ótimo equilíbrio entre a resistência ao desgaste e a tenacidade.

AÇO D2 SEMI-INOX TRATAMENTO TÉRMICO

Aço semi-inoxidável devido ao alto teor de cromo, cerca de 12%. > RECOZIMENTO 870°C - côr: vermelho-cereja escuro. > TÊMPERA 1050°C, aquecimento lento e progressivo - côr: amarelo-laranja. > REVENIMENTO  2 ciclos de 1 hr a 250°C, para 60 Hrc 2 ciclos de 1 hr a 300°C, para 59 Hrc Deixar resfriar lentamente até a temp. ambiente entre os revenidos.

ESPADA CELTA

O povo Celta prosperou durante muito tempo sobre um extenso território europeu. Um dos motivos pelos quais os Celtas tiveram tanto sucesso foi o domínio da arte de forjar espadas da melhor qualidade. Enquanto outras tribos utilizavam o cobre, eles começaram a utilizar o ferro. A espada Celta tinha uma lâmina longa, com fio em ambos os lados, e ponta afiada, raramente quebravam durante os combates, deformavam com menos frequência e não exigiam tanta manutenção. Foi empunhando uma espada como esta que Breno, chefe de uma das tribos dos Celtas, liderou a invasão à Roma no começo do século IV A.C.

AÇOS MICROLIGADOS - ARBL

O desenvolvimento dos aços ARBL é um interessante caso de conjugação de interesses econômicos e tecnológicos. O uso de pequenas adições de nióbio para endurecer os aços ferrítico-perlíticos foi introduzido em 1936, mas àquela época o custo do nióbio e a falta de demanda por aços deste tipo tornaram o processo pouco mais do que uma curiosidade científica.  Entretanto, ao final dos anos 1950, a queda no preço do nióbio e uma simultânea demanda por maior resistência mecânica, tenacidade e soldabilidade nos aços para tubulações levaram a um ressurgimento do interesse pelo desenvolvimento dos aços ARBL. Aços de alta resistência e baixa liga são definidos do seguinte modo: aços específicos com composição química especialmente desenvolvida para proporcionar altos valores de propriedades mecânicas, e, em alguns casos melhor resistência à corrosão atmosférica do que aquela obtida em aços carbono convencionais. Mas não podem ser considerados aços de alta liga, pois os teores de elementos de liga

FACAS JAPONESAS

QUANDO SE TRATA DE FACAS Japonesas todos se concentram no tipo de faca e pra que serve, mas não há muita informação sobre qual aço é usado. As facas japonesas são conhecidas por seu alto teor de carbono. A fabricação destas lâminas é desafiadora porque tem uma estreita faixa de temp. para têmpera. A têmpera é na água, e deve ser feita rapidamente para garantir a dureza adequada. SHIROGAMI 1 – tem um teor de carbono de 1.25-1.35% e dureza de 61-64 Hrc. Permanece afiada por muito tempo, mas é ligeiramente quebradiça e pode rachar se usada pra cortar cartilagem dura ou osso. SHIROGAMI 2 – tem um teor de carbono de 1.05-1.15% e dureza de 60-63 Hrc. Tem excelente retenção de fio, é fácil de afiar e não é tão quebradiça quanto a Shirogami 1.  SHIROGAMI 3 – tem um teor de carbono mais baixo de 0.8-0.9%.

BIGORNA

Esta palavra é originária do latim, sua origem vem da palavra Incus, forma derivada de Incudere, que significa golpear, malhar, forjar. Uma lenda diz que Pitágoras teria descoberto os intervalos musicais ao ouvir os sons provocados por ferreiros trabalhando em suas bigornas com diferentes tipos de martelo, e assim também teria se antecipado na descoberta das leis que regem as vibrações dos sinos formulada por Galileu Galilei.  Na canção MAXWELL'S SILVER HAMMER da banda inglesa The Beatles, o baterista Ringo Starr toca uma bigorna para simular o som do martelo de prata referido no título da canção. A bigorna também serve como efeito sonoro em composições clássicas, tais como O Ouro do Reno , de Richard Wagner, O Coro das Bigornas em Il trovatore, de Giuseppe Verdi. No Brasil, bigornas estão no brasão de armas do Estado da BAHIA, VOLTA REDONDA, ESTRELA, TIMÓTEO e no brasão de ORLÂNDIA.

ALTURA DA BIGORNA

Com estas instruções você irá se manter saudável durante muitos anos e sempre trabalhará de forma mais eficiente. Fique em pé com os pés afastados na largura normal, as mãos ao lado do corpo, feche o punho da mão que martela - a mão dominante. Os nós dos dedos devem tocar na face da bigorna (topo da bigorna). Esta é a altura adequada. Coloque sua bigorna em um bloco ou suporte sólido e resistente, ela não deve se mover ao trabalhar com o aço.

MARRETA & BIGORNA

MUITAS COISAS PODEM DAR ERRADO se o cuteleiro não sabe como usar a marreta corretamente, como destruir a face da bigorna, estragar a peça, se ferir, etc. Prestar atenção à técnica lhe permitirá ter mais agilidade e criar uma cadência na aplicação dos golpes, evitando acidentes e problemas, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade das suas facas artesanais. Use o pulso e não os ombros. Ao contrário das imagens tradicionais de ferreiros, que levantam a mão no ar e golpeiam a marreta com força, o profissional martela com o pulso.  Usar o movimento do pulso para martelar, causa um impacto mais preciso no aço e também ajuda no detalhamento da peça. Use todo o braço, e não apenas o antebraço pra levantar a marreta.  O segredo para uma boa produção como ferreiro é manter o ritmo de forma estratégica e focada em melhorar seus resultados. Melhorar suas técnicas e eficiência de martelagem é um processo contínuo. Trabalhe sempre para aperfeiçoar a precisão. Definir a bigorna na altura certa é um

PRODUTOS QUÍMICOS

BÓRAX Também conhecido como Borato de Sódio ou Tetraborato de Sódio é um sal hidratado de sódio e ácido bórico, utilizado para caldear aços. Octarborato de sódio também pode ser usado para caldear, sendo menos tóxico do que o borax. Eles auxiliam na junção das camadas dos aços com composições químicas diferentes.  Ponto de fusão : 743°C (anidro) Ponto de ebulição: 1575°C > PERCLORETO DE FERRO O Cloreto Férrico ou Percloreto de Ferro – IPF, como é mais conhecido, é um sal que em solução aquosa, ajuda a formar uma pequena película de  oxidação controlada na superfície das lâminas de aço carbono. Ele é utilizado para revelar os padrões do aço damasco, mergulhando a lâmina em uma solução homogênea, que deve ser inspecionada até que alcance o resultado desejado. > BICARBONATO DE SÓDIO Depois de deixada na solução de percloreto por alguns minutos, a lâmina é retirada e lavada em uma solução de bicarbonato de sódio, que é utilizado para neutralizar a ação do percloreto de ferro, após a

FALCATA

Quando os romanos invadiram a atual Espanha, em 218 a.C., ficaram cara a cara com uma tribo bárbara conhecida como celtíberos. Estes guerreiros eram conhecidos tanto por sua capacidade de luta quanto por sua habilidade como ferreiros.  Uma de suas armas mais famosas era a falcata, uma espada de aço curvada, com 60 cm de comprimento, com um gume perto do punho e dois gumes na ponta. A arma pesava mais na direção da ponta, o que lhe permitia cortar e apunhalar com maior facilidade através da armadura.  A falcata serviu os bárbaros por mais de 200 anos na guerra contra Roma, e era valorizada pelo general Aníbal, que equipou as tropas cartaginesas com ela durante a Segunda Guerra Púnica.

ENERGIA RADIANTE

TODAS AS SUBSTÂNCIAS A QUALQUER  temperatura acima do zero absoluto emitem ondas originadas pelo movimento dos átomos, são as ondas eletromagnéticas, a energia produzida por essas ondas é chamada de energia radiante.  Quando o aço atinge determinadas temp.começa a emitir ondas dentro do espectro visível e quando se encontra a temperaturas mais baixas sua emanação não é percebida pelos nossos olhos.  Podemos "medir" a temperatura do aço pela coloração que ele emite. Abaixo temos algumas temp. de uma liga metálica e sua frequência de energia radiante.

LENDAS ANTIGAS

GRANDE PARTE DAS ANTIGAS LENDAS sobre ferreiros e cuteleiros se dá pelo fato de que geralmente trabalhamos no escuro, com a oficina completamente fechada ou durante a noite.  Por muito tempo acreditavam que era para esconder o “segredo da têmpera “, a lua certa, os materiais e técnicas mágicas que ninguém poderia presenciar e eram passados apenas entre gerações! O fato é que no escuro, somos capazes de reconhecer a temperatura do aço através da coloração que ele emite. Saber essa temperatura é imprescindível para a produção de boas peças!  Esta coloração indica a temperatura por conta da movimentação dos elétrons presentes nos átomos que compõe o aço, tais elétrons ficam dispostos na eletrosfera obedecendo uma ordem de camadas, ao adicionarmos energia eles tendem a pular para a camada superior.  Este salto entre as camadas é apenas momentâneo, ao retornar a camada anterior a energia é liberada em forma de ondas eletromagnéticas, dependendo da quantidade de energia estas ondas tem compr

FERREIRO

ACREDITA-SE QUE A PROFISSÃO DE Ferreiro exista deste quando o homem aprendeu a manipular e moldar os metais. Durante a idade média o ferreiro da aldeia era o responsável por toda a metalurgia do feudo ou povoado, sendo que muitas vezes, nestes tempos, o ferreiro se tornara sinônimo de forjador de armas, já que era função dele fabricar as espadas, lanças, machados, utilizados pelos soldados da época. O Ferreiro foi também um dos profissionais mais solicitados na Idade Média pela necessidade de equipar os exércitos com couraças, elmos e outros dispositivos de proteção dos soldados. Nas ferrarias antigas não podiam faltar instrumentos como o CAVALETE ou SAFRA, o CALÇADOR, a TALHADEIRA e o PONTEIRO encaixados em vergueiros de carvalho, rachados numa ponta e apertados por argolas ou arames, para calçar, cortar ou furar sobre a safra, e AREIA FINA PRA CALDEAR O AÇO. Os TUFOS, tacos de ferro para fazer o olho das enxadas e dos machados a SOFRIDEIRA, para dar as formas ao ferro a CRAVEIRA, par

FERREIROS MEDIEVAIS

O ferreiro era um dos membros mais importantes da comunidade medieval. O povo pensava ​​que eles tinham poderes mágicos de cura e que eram capazes de afastar até o diabo. O trabalho dos ferreiros com fogo, carvão, fornalha, e sua capacidade de transformar rochas em ferramentas de metal, facilmente levava a associações com o diabo, mas os ferreiros eram essenciais para a comunidade para serem perseguidos por isso. Além da capacidade de trabalhar metal, pensava-se que os ferreiros detinham o poder de curar. Isso pode nos parecer um pouco estranho, mas faz sentido se você pensar como as pessoas do período medieval.  Por exemplo, os barbeiros também eram cirurgiões, pois sua especialidade era o corte; da mesma forma, os ferreiros eram curandeiros. Quem melhor para supervisionar a cura de um osso que se partiu do que alguém que rotineiramente trabalha pedaços de algo tão duro quanto metal? Os ferreiros raramente ficavam sem trabalho, e o trabalho deles era constante desde a antiguidade.  Se