FERREIROS MEDIEVAIS
O ferreiro era um dos membros mais importantes da comunidade medieval. O povo pensava que eles tinham poderes mágicos de cura e que eram capazes de afastar até o diabo. O trabalho dos ferreiros com fogo, carvão, fornalha, e sua capacidade de transformar rochas em ferramentas de metal, facilmente levava a associações com o diabo, mas os ferreiros eram essenciais para a comunidade para serem perseguidos por isso.
Além da capacidade de trabalhar metal, pensava-se que os ferreiros detinham o poder de curar. Isso pode nos parecer um pouco estranho, mas faz sentido se você pensar como as pessoas do período medieval.
Por exemplo, os barbeiros também eram cirurgiões, pois sua especialidade era o corte; da mesma forma, os ferreiros eram curandeiros. Quem melhor para supervisionar a cura de um osso que se partiu do que alguém que rotineiramente trabalha pedaços de algo tão duro quanto metal?
Os ferreiros raramente ficavam sem trabalho, e o trabalho deles era constante desde a antiguidade.
Se você imaginar a agricultura, construção e culinária medievais, o uso da arte do ferreiro fica claro. Adicione isso a silvicultura, mineração e guerra, e a lista de ferramentas de metal necessárias se torna ainda mais longa.
Os nobres precisavam de armas e armaduras para guerras e torneios, também precisavam de ferraduras e metais defensivos para os castelos.
Eles eram geralmente os únicos que podiam pagar por boas armas e armaduras. Uma cota de malha valia sessenta ovelhas e uma boa espada custava até três vacas. Ser ferreiro de um castelo era uma posição invejável e geralmente hereditária.
Os camponeses tinham suas próprias necessidades, como panelas, arados e machados, e as cidades em crescimento podiam ter mais de um ferreiro. Com tanta demanda, este trabalho foi dividido em diversas especialidades:
serralheiro, armeiro e ferreiros que trabalhavam com metais preciosos.
Fonte - Joseph Gies & Frances Gies Catedral, forja e roda d'água: tecnologia e invenção na idade média.
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