NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA METALURGIA NO BRASIL (7). (Período 1819.18)

NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA METALURGIA NO BRASIL (7)
O desenvolvimento da metalurgia brasileira no período é tal que podemos distinguir alguns grupos de empreendimentos, começando pelas forjas rudimentares que se espalharam pelo país. 

Em sua viagem por Minas Gerais e Rio de Janeiro (1817.19)  Saint Hilaire visita pelo menos cinco dessas forjas (Itabira, Girau, Penha, Bonfim e Ribeirão). Essas forjas tinham como produtos: machados, ferraduras e outros implementos agrícolas, atendendo um mercado regional pequeno. 

Diversos proprietários argumentam que a produção poderia ser maior, mas não encontram saída por falta de estradas e comunicações. Uma delas, em ltabira do Mato Dentro, incluía uma manufatura de espingardas, com o apoio do governo.

Forjas como essas não são privilégio de Minas, temos referências de forjas similares em Salvador, na Bahia, e na década de 1820 mais de uma centena delas operavam no Maranhão, que nessa época centralizava a rendosa produção de algodão.

A preocupação do governo português com a escassez de ferro no Brasil deu origem ao segundo grupo de empreendimentos, as duas mais ambiciosas aventuras siderúrgicas do período: a Real Fábrica de Ferro do São João do lpanema, iniciada em 1810, próxima a Sorocaba, e a Real Fábrica de Ferro de Morro do Pilar, em 1812, em Minas Gerais. 

Ambas pretenderam produzir grandes quantidades de ferro fundido, ferro maleável e aço para o mercado nacional e de exportação, ambas consumiram grandes somas públicas e nenhuma chegou a operar lucrativa­mente.

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