NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA METALURGIA NO BRASIL (3)

NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA METALURGIA NO BRASIL (3)
A matéria-prima sempre foi importada e rara. Assim, os engenhos de açúcar tinham na madeira seu principal material de construção, e metais só entravam nas operações absolutamente imprescindíveis, como os tachos de cobre para o cozimento do melaço, machados, enxadas e foices de ferro.

Antonil, em 1711, descreve detalhadamente os engenhos de açúcar do Nordeste no seu livro Cultura e opulência no Brasil, indicando que um engenho real utilizava 2.500 quilos de cobre nos tachos e nas caldeiras, e seus fundos, submetidos ao fogo direto, exigiam manutenção freqüente. Nada sabemos hoje dos artífices caldeireiros que faziam esse trabalho.

Curioso que a metalurgia extrativa no país tenha sido inaugurada em São Paulo. Seu início coincide com a união das Coroas portuguesa e espanhola entre 1580 e 1640, e a principal preocupação colonial espanhola sempre foi a obtenção de metais preciosos. Assim, os "engenhos de ferro" ligados ao nome de Afonso Sardinha, de 1590, em Araçoiaba e Sorocaba, e o de Diogo de Quadros, em 1606, em Santo Amaro, são incentivados pelo  Governador Geral do Brasil, D. Francisco de Souza.

Ambos empreendimentos estavam encerrados por volta de 1620, e deles relata a Câmara paulistana criticando o alto custo do ferro produzido e seus proprietários justificando as dificuldades com a mão-de-obra.

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