NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA METALURGIA NO BRASIL (2)
NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA METALURGIA NO BRASIL (2)
Os duzentos primeiros anos de nossa História são marcados pela economia canavieira no centro econômico da Colônia, gravitando em torno de Salvador e Recife o interesse fundamental de Portugal, e na sua periferia, São Paulo, o sertão e o Maranhão abastecendo aquele centro com alimentos e mão-de-obra.
A atividade metalúrgica no início da colonização era exercida pelos artífices ferreiros, caldeireiros, funileiros, latoeiros, sempre presentes nos grupos de portugueses que desembarcavam nas recém-fundadas capitanias.
Numa sociedade embrionária e rural não nos surpreende a inexistência de corporações de ofícios organizados como em suas contemporâneas européias. por um lado, o artífice rapidamente ampliava suas atividades tornando-se fazendeiro, preador de índios ou comerciante e, por outro, as normas de aprendizado eram abandonadas, especialmente a proibição de acesso de índios e escravos ao oficio.
A Câmara paulistana, ainda nos anos de 1500, advertiu seguidas vezes seus ferreiros para que isso não acontecesse: como evitar, entretanto, que o ferreiro ensinasse a seu filho bastardo mameluco o seu ofício?
Surpreendente é a justificativa da advertência: O temor de que os índios viessem a substituir por armas de ferro os toscos tacapes, machados de pedra e farpas ósseas das flechas, ameaçando as comunidades.
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