NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA METALURGIA NO BRASIL (5)
NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DA METALURGIA NO BRASIL (5)
Em 1785, D. Maria I baixa o famoso Decreto da Proibição das Manufaturas no Brasil, que atinge, principalmente, a nascente indústria têxtil no país. A execução desse decreto foi difícil e somente em 1795 se exclui a metalurgia do ferro da proibição.
É comum a nossa tradição histórica criticar a política colonial portuguesa, ignorando, assim, que ela seguia os padrões da época. Em 1750, a Inglaterra proibiu a produção de produtos de ferro nos Estados Unidos (pregos, chapas, placas com estanho e fornos de aço) pela perigosa concorrência que lhe fazia.
A siderurgia norte européia do século XVIII, particularmente a inglesa, sofre duas grandes limitações: o crescimento do consumo de ferro e aço utilizava quantidades absurdas de carvão vegetal a ponto de devastar quase todas as florestas do pais; por outro lado, a tecnologia de refino do gusa continuava sendo um gargalo produtivo, já que os fornos não atingiam a temperatura necessária e o consumo de combustível era considerável.
A solução ao primeiro problema poderia vir do uso de carvão mineral, mas seu teor de enxofre o inviabilizou por produzir gusa e ferro frágeis. Durante os séculos XVII e XVIII, foram patenteados métodos de utilização de carvão mineral, mas somente com a introdução de coqueificação, que eliminava os voláteis e grande parte do enxofre, é que Abraham Darby, em 1735, tem êxito completo operando um alto-forno, somente com coque.
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