TRÊS MITOS SOBRE TRATAMENTO TÉRMICO NA CUTELARIA ARTESANAL

1 – O tratamento térmico é o único fator importante para facas de alto desempenho!
Tornou-se muito comum determinar o desempenho da faca apenas pelo tratamento térmico pelo qual ela passou e isso, é um grande equívoco. A verdade é que mesmo o melhor aço terá um desempenho ruim, se receber um tratamento térmico ruim. 

Os fabricantes de facas que usam um tratamento térmico abaixo da média, terão um desempenho abaixo da média. Mas nenhum tratamento térmico irá reparar uma forja mal feita ou transformará um aço ruim em um aço carbono ou inox de alta qualidade.

Apenas um bom tratamento térmico não garante uma faca eficiente, é preciso um conjunto de elementos para fazer uma boa faca.
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2 – Os tratamentos térmicos que são projetados para a indústria, não se aplicam a facas!
É comum encontrar informações de que as especificações técnicas e dados sobre os aços são feitas apenas para a indústria e que por isso devem ser ignoradas na cutelaria artesanal, mas isso não é um fato e pode prejudicar bastante a qualidade das suas lâminas.

Em geral, os aços possuem fichas técnicas com indicações de tratamento térmico que se aplicam à maioria das situações, pois em escala industrial, ele pode ser vendido em várias espessuras e utilizado em diversas aplicações. 

Consulte sempre a temperatura de têmpera, revenimento e normalização do aço que escolher trabalhar para fazer suas lâminas.
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3 – Quando o aço perde seu magnetismo, está na temperatura certa para a têmpera!
Existem duas etapas determinantes no processo de tratamento térmico de facas artesanais: a têmpera e o revenimento. 

No caso da têmpera, a variação das temperaturas vai de 480ºC a 1100ºC, dependendo do aço. É justamente por causa dessa variação que o magnetismo deve ser apenas um guia de que você está chegando lá, não um indicador firme de que você está na temperatura de endurecimento correta.

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