HISTORIA DO AÇO

A primeira indústria do ferro apareceu ao sul do Cáucaso, 1700 A.C., entre os Hititas. O minério de ferro apresentava-se sob a forma de pequenas pedras à flor da terra. Os Hititas aqueciam a mistura (minério e carvão vegetal) dentro de um buraco feito no solo e dessa maneira obtinham uma massa pastosa que era, em seguida, batida para que se desprendesse a escória. 

O que restava de massa de ferro era depois forjado. O instrumento para produção de ferro se aperfeiçoou e evoluiu até se tornar um forno semi-enterrado no qual se colocava camadas de ferro e carvão vegetal, de acordo com os princípios aplicados pelos Hititas nos fornos primitivos. 

O ar insuflado por um fole manual ativava a combustão. A temperatura atingia 1000-1200º C e assim se obtinha por redução, isto é, por eliminação do oxigênio do minério, uma massa pastosa de ferro pesando alguns quilos.

Depois do Cáucaso, o ferro apareceu no Egito em torno de 1100 A.C. Posteriormente, foi encontrada em regiões às quais, hoje, damos o nome de Grécia (1100 A.C.), Áustria (920A. C.), Itália (600A. C.), Espanha França, Suíça(500A. C.).

Os chineses não apenas inventaram a roda, mas já no século V A.C. fabricavam o ferro carburado, mais tarde chamado ferro-gusa. Depois de sucessivas melhorias, já na idade média, os fornos aumentaram e suas cubas se elevaram acima do solo. A combustão passou a ser ativada por foles movidos a energia hidráulica, assim como o acionamento dos martelos que serviam para bater a massa de metal impuro saída do forno. 

Começaram também os problemas ecológicos, pois para obter alguns quilos de ferro, tornava-se necessário abater muitas árvores para conseguir o carvão vegetal. Dentro das minas, o trabalho era feito à luz de velas e o minério de ferro era retirado em cestas puxadas por cordas. No começo do século XIV, a altura dos fornos tinha aumentado e as condições de sopro se aperfeiçoado. 

A temperatura de combustão aumentou o suficiente para que o ferro pudesse absorver quantidades crescentes de carbono. Com o aumento do teor de carbono o metal se fundia a uma temperatura mais baixa e assim obteve-se pela primeira vez um metal líquido na parte baixa do alto forno. Isto se deu na região do Rhur, segundo alguns, perto de Liège ou Lorena.

Com os fornos transformados em altos-fornos, a produção de ferro aumenta e por volta de 1350 surge a fundição de objetos de uso doméstico, instrumentos agrícolas e muitos outros. Século XV. Com a fundição, a indústria siderúrgica ganha novo impulso a partir da segunda metade do século XV.
 Começa-se a produzir ferro pelo "refino" do ferro-gusa. A crescente utilização de força motriz de água permite girar os cilindros dos laminadores e trefilar a fio. No início do século XVIII, o consumo de aço conhece um grande avanço.

O inglês Abraham Darly começa a produzir o ferro-gusa a partir do coque em 1709. Na França, Reáumur realiza estudos teóricos sobre a redução do ferro-gusa em aço, enquanto Huntsman obtém pequenas quantidades de aço no cadinho (1745). 

Na metade do século XIX, em 1856, a descoberta do inglês Bessemer permite realizar uma produção realmente industrial de aço pelo refino do gusa em um convertedor através do sopro de uma corrente de ar que atravessava o banho de gusa convertendo-o por oxidação em aço líquido. 

A partir dessa época, pôde-se dispor, graças a estes processos, de grandes quantidades desta liga ferro-carbono, que se chamava aço, cujas propriedades permitiram as maravilhas tecnológicas do século XX. 

A siderurgia moderna como conhecemos hoje, nasceu durante os anos 60. Enormes usinas integradas de 6 a 10 milhões de toneladas de aço foram criadas e os dispositivos de controle e automação aprimoram-se assim como os equipamentos. Toda essa evolução tem-se apoiado sempre num esforço constante de pesquisa. 
Quase nada pode ser fabricado sem recorrer a máquinas e equipamentos que, na maioria, são fabricados de aço. Isto nos fornece uma boa ideia do importante papel do aço em nosso cotidiano, papel este que não parou de crescer desde os tempos remotos dos Hititas.

A HISTÓRIA DO AÇO INOX
 O aço inoxidável foi descoberto por Harry Brearley(1871/1948).
Começou a trabalhar como operário numa produtora de aço com a idade de 12 anos, na sua terra natal, Sheffield (Inglaterra).Em 1912, Harry iniciou uma investigação, a pedido de fabricantes de armas, numa liga metálica que apresentasse uma resistência maior ao desgaste que ocorria no interior dos canos das armas de fogo como resultado do calor liberado pelos gases.

 De início a sua pesquisa consistia em investigar uma liga que apresentasse uma maior resistência à erosão. Ao realizar o ataque químico de teste para revelar a micro estrutura desses novos aços com alto teor de cromo que estava a pesquisar, Brearley notou que o ácido nítrico - um reativo comum para os aços - não surtia efeito algum. 

Brearley não obteve uma liga metálica que resistia ao desgaste, obteve porém uma liga metálica resistente a corrosão. A aplicação imediata foi destinada ao fabrico de talheres. Até então tinham sido fabricados a partir de aço carbono que se corroía com facilidade devido aos ácidos presentes nos alimentos.

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