MARTENSITA

É criada a partir da austenita, uma solução sólida de carbono e ferro com um formato centro-estrutural cristalino cúbico, é formada pelo aquecimento do ferro a uma temperatura de pelo menos 727gráus Celsius. 

A transformação martensítica ocorre quando a austenita é rapidamente resfriada em um processo conhecido como TÊMPERA. A rápida queda de temperatura aprisiona os átomos de carbono dentro da estrutura cristalina dos átomos de ferro antes que eles possam se dissipar para fora, resultando em uma ligeira distorção da forma destas estruturas, aumentando a dureza do aço. 

Na fabricação do aço a martensita é uma fase metaestável composta por ferro que está super saturado com carbono. A martensita é formada quando ligas ferro-carbono austenitizadas são resfriadas rapidamente (como no tratamento térmico de têmpera). 

A dureza da martensita depende do teor de carbono e dos elementos de liga do aço, sendo que um maior teor de carbono resultará em uma martensita de maior dureza. 

Os elementos de liga presentes em um determinado tipo de aço, determinam sua temperabilidade, ou seja, a velocidade de resfriamento necessária, a partir da temperatura de austenitização, para que toda a austenita se transforme em martensita. 

Maiores teores de elementos de certas liga resultam em maior temperabilidade. Portanto, como resultado do tratamento térmico da têmpera, espera-se a formação de uma microestrutura totalmente martensítica, com a maior dureza que possa ser atingida pelo aço tratado. A martensita, no estado pós têmpera praticamente nunca é utilizada, sendo necessária a aplicação de um tratamento térmico posterior a têmpera. 

Este tratamento térmico é denominado REVENIMENTO e tem como objetivo aliviar as tensões geradas pela formação da martensita, além de reduzir a dureza para os valores especificados pelo projeto. No revenimento, em função do tempo de tratamento e da temperatura, atinge-se a dureza desejada.

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BY WESLEY CAIAPÓ
(Explicando de outra maneira)

Quando o aço é feito, mistura-se ferro com carbono, mas essa mistura é uma bagunça. Se pudéssemos olhar bem de perto, veríamos os átomos amontoados aqui e ali. Somente quando aquecemos essa mistura à temperatura correta, os átomos de ferro e carbono se organizam de uma maneira especial (austenitização).
 
Essa organização é perfeita do ponto de vista estrutural. É como pegar 4 hastes de metal e conectá-las com estribos e amarrar com arame (é assim que fazemos armações e construímos edifícios, lembram?). 
Esta organização ocorre somente em altas temperaturas. Como usar isso na prática? Fazemos isto, "congelando" esse estado através da tempera.

A têmpera faz o "congelamento" da austenita (que é o nome daquela organização do ferro+carbono quando está aquecido), na temperatura ambiente a austenita passa a ser chamada de martensita. Ou seja: quando está quente é austenita, quando esfria é martensita.

O revenimento funciona como um modulador/atenuador da dureza obtida com a modificação da forma como o ferro e o carbono se organizaram. Na prática serve para desfazer algumas partes dessas organizações, é pra "desarrumar" um pouco. Isso se consegue com o controle do tempo/temperatura em que o aço temperado fica no revenimento.

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