ACO WOOTZ - DAMASCO
Embora fosse instrumento de violência, a espada de Damasco também possuía significado simbólico, sua manufatura requeria controle e perícia e seus suaves desenhos remetem a uma arte delicada.
O aço da lâmina testemunha o domínio de um processo complexo de produção, indicando o estágio tecnológico em que se encontrava a civilização islâmica medieval.
As lendas a ela associadas, sua forma, decoração e inscrições contam com detalhes o contexto histórico, social e cultural no qual foi criada.
As diferentes rotas de produção do aço de cadinho revelam que havia mais de uma maneira de produzi-lo. Na realidade, havia muitas rotas, assim como muitas eram suas regiões de origem.
Diferente do que se acredita, o
wootz indiano não era a única matéria prima, estudos recentes mostram que aço de cadinho de alto teor de carbono também foi produzido na Ásia Central, ao longo da Rota da Seda.
A compreensão da estrutura do aço de Damasco possui sua própria história. Muito esforço foi feito por cientistas durante mais de um século até que se compreendesse a natureza deste aço.
Duas explicações sobre o surgimento do padrão de Damasco se destacam atualmente. Para J. Verhoeven as partículas de cementita alinhadas que produzem o padrão visual, são criadas
em regiões interdendríticas como consequência da segregação de impurezas durante a solidificação.
Neste método, a cementita que produz o padrão se forma durante os ciclos térmicos do forjamento.
Por outro lado, para Sherby e Wadsworth, as partículas de carboneto alinhadas correspondem à rede de cementita no contorno de grão, formadas durante o resfriamento após a transposição da linha Acm. Esta rede é alinhada e fragmentada durante o forjamento em faixa específica de temperatura.
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