TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO (By Maxime Ferrum)
Aços quando expostos a determinadas temperaturas (baixas), podem romper-se fragilmente e isso pode gerar uma falha catastrófica na peça ou equipamento. A temperatura onde isso acontece é chamada de temperatura de transição.
É uma faixa de temperatura muito pequena onde a energia absorvida pelo material no impacto diminui muito e o mesmo rompe-se fragilmente. Quando se desconhecia isso, construíam-se embarcações que muitas vezes ao chegarem a regiões frias, perto dos polos ou durante o inverno rigoroso da América do Norte, partiam-se com os esforços aplicados.
Um caso que mostra isso é o naufrágio do Titanic. Estudos feitos no metal demonstraram que a baixa temperatura foi fator determinante no rompimento violento do casco. Se a água do mar, que estima-se estava a cerca de -1,1ºC no momento do acidente, estivesse mais quente as dimensões da tragédia seriam bem menores, pois a fratura seria menor e portanto o naufrágio mais lento.
Em regiões e países muito frios, como o norte da Europa, Canadá, durante o inverno rigoroso, os aços comuns de serras, por exemplo o 1075, podem às vezes ficarem frágeis por alcançarem a temperatura de transição. A adição de níquel ajuda a diminuir ainda mais essa temperatura que vai alterar a fratura do material e evitar que as serras quebrem. Constatou-se que isso não ocorre em metais com estrutura cristalina tipo CFC como o níquel, cobre, etc.
Temperatura de transição é uma temperatura onde o material, que normalmente se deformava antes do rompimento (fratura dúctil), de repente passa a romper-se fragilmente como vidro (fratura frágil), como um aço com uma têmpera muito forte e sem revenimento.
Obs.: O exemplo de um aço sem revenimento é apenas para ilustrar o que é uma fratura frágil, porém isso não tem nada a ver com a temperatura de transição.
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