DESCARBONETAÇÃO UM POUCO DA TEORIA
A descarbonetação varia com o grau do material, temperabilidade, atmosfera do forno, potencial de carbono e o tipo de processo de tratamento térmico realizado. As peças descarbonetadas apresentam menor dureza superficial, menor resistência ao desgaste e menor vida útil.
A descarbonetação total, também conhecida como descarbonetação do tipo 1, é a profundidade na qual a microestrutura da superfície é ferrita livre; ou seja, a profundidade até a qual houve 100% de perda de carbono.
A descarbonetação parcial, também conhecida como descarbonetação do tipo 2 ou tipo 3, é aquela profundidade da superfície onde houve alguma perda (maior ou menor que 50%, respectivamente), mas não há profundidade mensurável de descarbonetação completa.
Descobriu-se que a perda de carbono da superfície ocorre acima de 700˚C, quando a atmosfera do forno contém DIÓXIDO DE CARBONO, VAPOR DE ÁGUA, OXIGÊNIO E HIDROGÊNIO. O carbono presente no aço irá interagir com a atmosfera do forno e SAIRÁ DA SUPERFÍCIE EM FASE GASOSA. Isso resulta em uma mudança na concentração causando a migração de carbono do interior para a superfície, que continua até que um equilíbrio seja estabelecido, criando assim uma profundidade máxima de descarbonetação.
Dependendo se o aço está entre as temperaturas crítica inferior (Ac1) e crítica superior (Ac3) ou acima da crítica superior, as taxas de difusão de carbono variam. A temperatura e composição são os principais fatores envolvidos e sua influência varia dependendo do processo, por exemplo: recozimento, normalização.
A descarbonetação começa a ocorrer conforme a taxa de carbono na superfície diminui devido à sua reação com o oxigênio, pois essa reação excede a taxa de crescimento da formação de incrustações (óxido de ferro). A escala contribui para a profundidade de descarbonetação. A descarbonetação não depende apenas da presença de oxigênio, mas também da interação com outros gases oxidantes na atmosfera, principalmente o vapor d’água e o dióxido de carbono.
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