O AÇO DAMASCO E A CIVILIZAÇÃO ISLÂMICA
Entre aprox. 750 e 1250 d.C. o mundo muçulmano (Califado Abássida) viveu seu apogeu como civilização, alcançando níveis de desenvolvimento cultural, científico, intelectual e econômico poucas vezes vistos na história da humanidade.
Durante o período, o império islâmico esteve na vanguarda nos mais diversos campos do saber; matemática, astronomia, química (alquimia), mineralogia, medicina, ótica, filosofia.
Esta civilização compilou, traduziu, analisou e desenvolveu um enorme corpo de conhecimento trazido da antiga Grécia, dos bizantinos, das civilizações Egípcia, Persa, Indiana e Chinesa. Foi a época de ouro do Islamismo.
Ricas trocas culturais e tecnológicas entre essas grandes civilizações foram, por diversas vezes, mediadas pelos povos nômades da Ásia central.
Pode-se dizer que a sua grande riqueza étnico-cultural foi
consequência (e causa) das
dimensões continentais do Império da época. A economia floresceu e as riquezas fluíam livremente no interior de seus limites. Este enorme Império desenvolveu em seu território um grande e rico comércio por diversas rotas que ligavam desde a China, a leste, até a península Ibérica, a oeste.
É razoável ponderar que o advento da espada de Damasco foi uma conseqüência, mesmo que indireta, do grande desenvolvimento do comércio, da economia e do rico contato com civilizações além de suas fronteiras, tão desenvolvidas quanto ela própria: China, Índia, povos nômades como os citas, turcos e mongóis, principalmente do ponto de vista militar.
A espada de Damasco está inserida dentro do contexto mais amplo
de todas as inovações, intercâmbio e desenvolvimento tecnológico e cultural excepcional do mundo islâmico medieval.
Porque a espada de Damasco foi um produto tão particular da civilização Islâmica? Para tentar responder à pergunta, faz-se necessário primeiro, definir o que entendemos por espada de Damasco. Temos duas principais hipóteses que explicam a origem do padrão de Damasco, aquela proposta por John Verhoeven e a exposta por Oleg Sherby.
REFERÊNCIAS:
1 - Sherby, Damascus Steels. scientific american.
2 - Verhoeven, Estudos das lâminas de aço de Damasco: Experiências com lâminas reconstruídas.
3- Sherby,história dos aços ultra alto carbono.
4- Verhoeven,Aço Damasco genuíno: um tipo de microestrutura em aços hipereutetóides.
5 - Verhoeven, Impurezas nas antigas lâminas de aço Damasco.
6 - Verhoeven,O mistério das lâminas de Damasco.
7 - Sherby,Aços ultra-alto carbono, aços Damasco e ferreiros antigos.
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