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CARVÃO

O carvão coque é um subproduto do carvão mineral, obtido através do processo de coqueificação, onde o carvão mineral é submetido a altas temperaturas na ausência de oxigênio. O coque aparece ao final da queima, na forma de um resíduo sólido e poroso.  Carvão mineral contém uma grande porcentagem de carbono. Existem várias formas deste tipo de carvão: linhito, hulha, turfa e antracito A hulha contém de 70 a 90% de carbono total.  

TAMAHAGANE

No Japão, para preservar a tradição da fabricação do ferro e ferro é feita durante o ano uma grande fundição para fornecer material para os ferreiros. Este material é obtido através da fundição de areia minério de ferro (satetsu), combinado com carvão, que no final resulta em uma massa heterogénea de aço ferro e escória . Este material chamado kera deve ser levada ao fogo novamente para retirar a escória e uniformizar o teor de carbono, que é o que confere dureza ao ferro, o transformando em aço.   Este aço então é chamado de tamahagane.   O aço tamahagane tem características visuais muito diferentes dos aços modernos, as camadas (hada) e também a linha de têmpera (hamon) são muito diferentes das de um aço moderno.

O GARFO

Passados tantos séculos desde a sua criação, hoje em dia o garfo continua a ser o talher que mais se identifica com o processo alimentar, ao ponto de nos referimos às pessoas com bom apetite como sendo um bom garfo. Na época em que ainda se comia com as mãos, o número de dedos que pegavam na comida identificava a classe social. Os nobres usavam três dedos, enquanto a povo usava  toda a mão. Acredita-se que a sua verdadeira origem ocorreu nas civilizações gregas e romana. Nessa altura o garfo possuía apenas dois dentes e era usado sobretudo para servir os alimentos, não para  comer de forma individual. Os alimentos, depois de cortados, eram comidos com as mãos.  Em meados do século XI o garfo chegou à Europa através da filha do imperador Constantino VIII de Constantinopla, que trouxe um exemplar em ouro com dois dentes que usava para espetar a comida. Naquela época o garfo foi proibido pela Igreja, pois era parecido com a forquilha usada pelo Diabo nas representações clássicas. A Igreja

AÇOS CARBONO & DAMASCO TRATAMENTOS TÉRMICOS

SAE 5160 Carbono: 0,56 - 0,64 % Manganês: 1,35 - 1,65 % Cromo: 0,70 - 0,90 % Dureza Máxima Hrc: 60  Meio de Têmpera: Óleo Recozimento: Dispensável, pois a normalização o deixa bem macio para usinagem Normalização: 870 º C Têmpera: 850 º C Revenido: 1 hora entre 180 e 210º C SAE 6160 Carbono: 0,55 - 0,62 % Manganês: 0,80 - 1,10 % Cromo: 0,90 - 1,20 % Vanádio: 0,07 a 0,12 % Dureza Máxima Hrc: 58  Meio de Têmpera: Óleo Recozimento: Dispensável, pois a normalização o deixa bem macio para usinagem Normalização: 870 º C Têmpera: 840 º C Revenido: 1 hora entre 180/210º C SAE 1070 Carbono: 0,65 - 0,75 % Manganês: 0,60 - 0,90 % Dureza Máxima Hrc: 60 Meio de Têmpera: Água ou óleo (preferencialmente óleo) Recozimento: 790º C Normalização: 820º C Têmpera: 800º C Revenido: 1 hora entre 180/210º C SAE 1075 Carbono: 0,70 - 0,80 % Manganês: 0,40 - 0,70 % Dureza Máxima Hrc: 60 Meio de Têmpera: Água ou óleo (preferencialmente óleo) Recozimento: 790º C Normalização: 820º C Têmpera: 800º C Revenido: 1 hor

EFEITOS DOS ELEMENTOS DE LIGA

CARBONO Os principais mecanismos de alteração nas propriedades dos  aços pelo efeito da presença de carbono são a formação de perlita, a transformação martensítica e a transformação bainítica. CROMO Afeta as propriedade dos aços de diversas maneiras, é um elemento de grande importância no sentido de aumentar a temperabilidade do aço  devido à sua característica de retardar a taxa de transformação da austenita e contribuir para formação de martensita.É  também um elemento responsável por refinar a estrutura, sendo assim, este efeito combinado com o efeito de formação de carbonetos contribui para o aumento da dureza e tenacidade do aço. Pode-se destacar que depois do carbono o cromo é o principal elemento de liga utilizado nos aços. MANGANÊS É um importante elemento de liga e contribui para a estabilidade da austenita, expandindo o campo austenítico. Este elemento está presente em quase todos os aços em quantidade de 0,30% ou mais. Também atua como agente desoxidante e dessulfurante, mel

TESOURAS DE TOSQUIA

No Rio Grande do Sul as facas de aço carbono provenientes de Solingen são dotadas de fama incomum. Tal fama remonta ao Século XIX, quando as primeiras lâminas foram importadas. A razão pela qual estas facas se tornaram preferidas pelos gaúchos é a robustez das lâminas de Solingen, forjadas em ligas de aço com alto teor de carbono, o que lhes confere uma resistência ausente em lâminas feitas com outros tipos de aço. Essas lâminas tão robustas ajustaram-se perfeitamente ao pesado trabalho campestre realizado e acabaram se tornando objetos cobiçados no pampa riograndense. Esta fama perdurou ao longo do século XX, e ainda hoje, em pleno século XXI,  estas facas são disputadas por colecionadores e campeiros de todo o estado, e até de fora dele. Tal disputa deu margem ao surgimento de falsificadores, que imprimem as mais famosas marcas de Solingen em lâminas e as vendem a diferentes preços, às vezes muito menores, às vezes ligeiramente menores. Estas são algumas das marcas que se tornaram ma

LELLE FLORIS

Artesão da Sardenha, nascido em Ghilarza, pertencente à terceira geração de uma família de cuteleiros e fabricantes de armas muito conhecida na Sardenha. Começou desde muito jovem a construir vários tipos de facas, com preferência por estiletes, canivetes e modelos históricos antigos, tanto italianos como espanhóis, referentes a diferentes períodos dos últimos dois séculos. A confecção dessas facas resulta de um exame cuidadoso dos originais, levando em conta suas dimensões, materiais, peso e técnicas de construção. Todos os processos refletem fielmente o que foi feito pelos artesãos qualificados da época. A escolha do aço para a construção da lâmina deve-se, obviamente, à sua composição de carbono, por produzir aquela pátina indispensável de aspecto antigo que se forma ao longo dos anos. Para os cabos, apenas materiais naturais são usados, como ossos, chifres, marfim, madeira. O uso de máquinas motorizadas limita-se exclusivamente a uma furadeira de bancada e poucas outras, o restante

MEKUGI

A espada japonesa é presa em seu cabo apenas por encaixe. O que mantem todo o conjunto seguro e firme é apenas um pino de bambu, o Mekugi. Isto permite que a espada possa ser desmontada facilmente para afiação, limpeza ou troca de peças. De nada adianta a espada ser forte e o cabo bem resistente, se o pino se soltar ou quebrar. O certo é usar um bambu bem forte e flexível. Para isto se usa uma espécie de bambu com pouco amido e fibras compactas.  Existem várias especies diferentes de bambú no Brasil, para um bom resultado é necessário escolher uma espécie de bambú com pouco amido e grande densidade de fibras.  Colher em período seco e de madrugada, pois o bambu fica com menos amido e água. Faça uma pré secagem e aqueça com cuidado com fogo e fumaça. Este método foi testado e aperfeiçoado por muitos séculos.

POLIMENTO COM PEDRAS

Antes de existir papel lixa, lixadeiras e eletricidade, os antigos polidores precisavam encontrar na natureza abrasivos  para dar acabamentos em suas facas, espadas e ferramentas. Em diferentes regiões e montanhas foram descobertas pedras com características boas para este fim. No caso das pedras naturais o grão abrasivo é menos agressivo que os sintéticos ( mais arredondado). Estas pedras abrem os poros do aço  (grãos),  ao contrário dos sintéticos que entopem e deixam brilhando. Devido a dificuldade de se encontrar pedras sem " sujeiras" ( impurezas que irão riscar a lâmina com riscos mais grossos), as boas pedras de polimento são raras e muito caras.

CORROSÃO

Corrosão é um fenômeno de deterioração e perda de material devido a reações químicas e eletrônicas com o meio ambiente. É um processo espontâneo que causa alterações nas estruturas dos materiais. Tais alterações podem ser: • Desgaste; • Variações químicas; • Modificações estruturais. Os metais reagem e apresentam tendência a perder elétrons, sofrendo a oxidação, ou seja, a corrosão. É importante ressaltar que os metais se oxidam de formas diferentes. Mesmo materiais considerados nobres podem ser corroídos em meios específicos: • Ouro e Platina: não resistem à mistura HCl e HNO3•  Aço INOX AISI: corrosão localizada na presença de Cl -  Alumínio: não resiste ao HCl e NaOH -  Titânio: corrosão em HF.A A corrosão é causada principalmente devido ao contato com água e umidade. Porém, outros fatores podem influenciar este processo natural: umidade relativa, temperatura, intensidade e direção dos ventos, variações de temperatura e umidade,  chuvas, etc.

PARAFUSO

Existem algumas teorias a respeito do surgimento do parafuso e quem seria seu inventor. Uma delas indica que o grego Arquitas de Tarento (ou Archytas de Tarentum), que viveu por volta de 400 a.C., teria desenvolvido um parafuso para prensas de extração de azeite de olivas e também, produção de vinho. Arquimedes, que viveu em meados de 250 a.C. também utilizou parafusos para suas aplicações científicas, criando o princípio da rosca para utilizar em dispositivos de elevação de água para irrigação. Também, é de conhecimento que os romanos utilizavam este princípio de Arquimedes, como pivôs de portas e extração de minérios.   Instrumentos cirúrgicos datados de 79 a.C. carregam o parafuso como parte integrante de sua estrutura, assim como livros do início do século XV já descreviam suas funcionalidades. Posteriormente Johann Gutenberg utilizaria parafusos em sua impressora.   Leonardo Da Vinci iniciou desenhos de máquinas para a fabricação de parafusos. Porém, foi pelas mãos do matemático f

MOLIBDÊNIO x CARBONETO

O molibdênio um elemento de grande importância para a maioria dos aços. Depois do carbono, é o elemento de liga de maior efeito endurecedor e contribui também para uma maior profundidade de endurecimento.  Este elemento tem efeito pronunciado na formação de carbonetos e se dissolve levemente na cementita, sendo que os  carbonetos de molibdênio são formados quando a quantidade de Mo no aço é alta o suficiente. Na formação de carbonetos, o Mo contribui para elevar a dureza e a resistência mecânica a quente, além de interferir positivamente na resistência ao desgaste e abrasão.

CROMO CARBETO CARBONETO

O cromo afeta as propriedade dos aços de diversas maneiras, é um elemento de grande importância no sentido de aumentar a temperabilidade do aço devido à sua característica de retardar a taxa de transformação da austenita e contribuir para formação de martensita. É também um elemento responsável por refinar a estrutura. Este efeito combinado com o efeito de formação de carbetos contribui para o aumento da dureza e tenacidade do aço. O carbeto de cromo é extremamente duro e resistente à corrosão. Quando os cristais de carbeto de cromo são integrados à superfície de um metal, ele melhora a resistência ao desgaste, resistência à corrosão e também conserva estas propriedades a temperaturas elevadas. 

AÇOS PATINÁVEIS

APLICAÇÕES Os aços patináveis são utilizados em diferentes aplicações, aproveitando tanto suas propriedades mecânicas e de resistência á corrosão quanto fatores estéticos associados à formação da pátina avermelhada protetora que inibe o avanço da corrosão. É muito usado em esculturas situadas ao ar livre e na fachada externa de edifícios, devido à sua aparência rústica com aspecto de antiguidade. Também é utilizado como componente estrutural (vigas soldadas, rebitadas ou aparafusadas) de pontes e viadutos, e peças de veículos, de ferramentas e de sistemas de exaustão, assim como na fabricação de “guard-rails”, de tanques e de bondes. FORMAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA PÁTINA As pequenas adições de elementos de liga (em geral em torno de 1 %) de cobre, cromo, níquel e fósforo promovem, após exposição às condições atmosféricas, a formação de uma camada (pátina) de óxido estável e protetora, que reduz consideravelmente a taxa de corrosão. Este óxido é inicialmente semelhante ao encontrado no a

MASAMUNE OKAZAKI

Um dos maiores ferreiros da história no Japão. A maior parte do trabalho de Masamune foi realizado durante os séculos XIII e XIV.  Assim como na música há clássicos como Bach e Beethoven, na produção de espadas japonesas existem alguns nomes que estão associados com perfeição, requinte e arte.    As lâminas de Masamune fazem parte deste grupo. São famosas pela qualidade e originalidade, além de serem consideradas um exemplo da arte da espada.  O que é mais surpreendente é que no século XIII não havia quaisquer ferramentas sofisticadas de forjamento e aço para a fabricação de espadas.  Os ferreiros de espadas atuais não têm condição de competir com as espadas Masamune quando se trata de elegância, e o que é mais importante: qualidade.

ORIGENS DA CUTELARIA ARTESANAL BRASILEIRA

Até a Revolução Industrial (deflagrada para o mundo a partir de 1760 na Inglaterra, então considerada nos círculos econômicos como "a oficina do mundo"), todas as lâminas existentes eram confeccionadas por artesãos quando muito reunidos em pequenos grupos, a maioria deles familiares. Entretanto, mesmo antes disso, algumas cidades da Europa medieval como Sheffield (na Inglaterra), Solingen (na Alemanha), Thiers (na França) e Toledo (na Espanha) já haviam se tornado grandes centros cuteleiros por concentrarem artesãos isolados (ou em pequenas confrarias), os quais apenas nos anos iniciais do século 19 (e em Sheffield) passariam a prestar serviços de forma organizada para as primeiras indústrias do segmento.O mesmo sucedeu nas Américas.  Na do Norte, o pioneiro em reunir artesãos sob uma égide realmente industrial foi o estadunidense John Russel em 1832 e na do Sul isto apenas ocorreria a partir de 1911, quando o italo-brasileiro Valentim Tramontina resolveu abrir sua ferraria n

LIMA vs AÇO RECICLADO

O aço das boas limas serve muito bem pra fazer facas, pois ao contrário de outros aços reciclados, como molas, discos de arado, feixes de mola, barras de torção, barras estabilizadoras, que devido aos esforços mecânicos e stress repetidos a que são submetidos podem apresentar micro trincas internas e outros defeitos; as limas ao contrário, não são submetidas ao stress e fadiga mecânica dos materiais citados acima... https://www.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3979096832216532/

LIMA TRATAMENTO TÉRMICO

(1) FORJAMENTO: grande parte dos aços pode ser trabalhado entre 700ºC (vermelho escuro) e  900ºC (vermelho-cereja). 2) RECOZIMENTO: aquecer até a temperatura não magnética, colocar na forja desligada ou enrolado numa manta térmica, até o dia seguinte. 3) NORMALIZAÇÃO: aquecer três vezes até a temperatura não magnética, esfriar ao ar. 4) TÊMPERA: aquecer até a temperatura não magnética, temperar no óleo. Limpe e lixe pra ver a cor do revenido. 5) REVENIMENTO: dois ciclos de 2 horas a 200°C. Fique atento, quando o aço chegar na cor palha deixe esfriar ao ar. https://m.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/4194477144011832/

MITOS NA CUTELARIA

As mais frequentes inverdades sobre cutelaria são citadas apenas para que você também ajude a acabar com elas! AÇOS ESPECIAIS PARA CUTELARIA: no mundo moderno, em 99% dos casos, não existem! Dentro dos artefatos que devem ser executados com bons aços, uma lâmina é dos mais banais. Sob o ponto de vista técnico, qualquer um que tenha no mínimo 0,6% de carbono em sua composição serve, e muito bem se receber tratamento térmico adequado.  Em séculos passados, as indústrias de aço da Suécia, Alemanha e Inglaterra chegaram a desenvolver alguns tipos mais indicados para Cutelaria, mas tecnicamente isto acabou. Os únicos aços modernos criados especialmente para cutelaria foram o aço inox 14c28n e o inox 440 C, que no inicio de seu advento e ainda hoje por parte de alguns fabricantes – recebeu a denominação de "surgical steel", ou seja, aço cirúrgico, pois foi criado para a fabricação de pinças, tesouras, etc, para uso hospitalar. A absoluta maioria dos aços atualmente empregados em cu

AFIAR FACAS MEDITAÇÃO CONSCIENTE

Afiar facas pode atuar como uma forma de meditação consciente. A meditação consciente é a prática de focar em um fenômeno específico, geralmente a respiração, e permitir que os pensamentos passem sem se apegar a eles.   Embora a meditação possa parecer exagerada para alguns, foi demonstrado que ela traz benefícios reais para a produtividade, saúde mental e função cognitiva.  A afiação de facas se presta extremamente bem à prática da atenção plena porque requer uma ação focada repetitiva, com feedback tátil muito adequado para descansar a mente.

PRODUTOS QUÍMICOS - DAMASCO BÓRAX

BORAX também conhecido como Borato de Sódio ou Tetraborato de Sódio é um sal hidratado de sódio e ácido bórico, utilizado para caldear aços. Ele auxilia na junção das camadas dos aços com composições químicas diferentes.  Ponto de fusão 743°C (anidro) Ponto de ebulição 1575°C PERCLORETO DE FERRO O Cloreto Férrico ou Percloreto de Ferro – IPF, como é mais conhecido, é um sal que em solução aquosa, ajuda a formar uma pequena película de  oxidação controlada na superfície das lâminas de aço carbono. Ele é utilizado para revelar os padrões do aço damasco, mergulhando a lâmina em uma solução homogênea, que deve ser inspecionada até que alcance o resultado desejado. BICARBONATO DE SÓDIO Depois de deixada na solução de percloreto por alguns minutos, a lâmina é retirada e lavada em uma solução de bicarbonato de sódio, que é utilizado para neutralizar a ação do percloreto de ferro, após a sua aplicação na lâmina, paralisando sua corrosão. FOSFATO DE MANGANÊS Na produção de aço damasco, a lâmina

PENSAMENTO DO DIA

É MELHOR REVENIR DO QUE RETEMPERAR !

PARATODOS

Quando vc vai fazer uma lâmina pro seu cliente, entregue a faca com 100% do seu conhecimento atual, não importa o seu nível de conhecimento. Busque a excelência nos detalhes e acabamentos, não importa quantas vezes você fez aquela faca. Se tu pensa: Esta é mais uma faca que vou vender, tu vai cair num barranco sem fundo... Quer construir uma reputação sólida e respeitada na cutelaria e se tornar um cuteleiro?  Respeita teu cliente e se respeite!

CARACTERÍSTICAS DO RESFRIAMENTO EM MEIO LÍQUIDO

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Existem três estágios diferentes de resfriamento em meios líquidos.  1 - No primeiro estágio acontece o contato do metal aquecido com o líquido, GERANDO UM FILME DE VAPOR CONTÍNUO que envolve rapidamente a peça. Durante este estágio o RESFRIAMENTO É LENTO, pois o filme de vapor ISOLA o contato entre o metal e o líquido. 2 - Quando a temperatura da peça DIMINUI e o filme de vapor se quebra, inicia-se o segundo estágio de resfriamento, caracterizado pela MAIOR TAXA de transferência de CALOR. Isto ocorre por uma VIOLENTA FORMAÇÃO DE BOLHAS fazendo o calor ser removido rapidamente do metal. 3- O terceiro e último estágio tem início quando a temperatura da peça cai ABAIXO da faixa de nucleação de bolhas do líquido. A diferença entre a TEMPERATURA do banho e o ponto de formação de bolhas é importante na TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR ou resfriamento neste estágio.

AÇO LIGADO & TEMPERABILIDADE

Os aços ligados são classificados  como baixa liga e alta liga. Os aços baixa liga são compostos por ferro, carbono e outros elementos de liga (Fe + C + X) desde que, a soma dos percentuais dos outros elementos de liga seja menor que 5%.  Aços alta liga possuem composição semelhante aos aços baixa liga, diferenciando no teor dos elementos químicos adicionais. A soma dos percentuais dos demais elementos de liga deve ser maior que 5%.  No caso dos aços baixa liga, os elementos de liga são adicionados para melhorar algumas propriedades mecânicas ou tecnológicas dos mesmos. Estes elementos podem permanecer em solução sólida ou precipitar como partículas de  2ª fase. - Opa, o que isso quer dizer?  Quando introduzimos elementos dentro da rede cristalina do ferro, estes podem ficar dissolvidos, ou seja, em solução sólida (substitucional ou intersticial) caso, não consiga ficar nem em solução sólida intersticial nem substitucional o átomo tende a formar um composto químico diferente da matriz:

SAN MAI - PROCESSO BÁSICO

Fazemos o billet com 2 camadas de inox e uma de carbono. Vamos usar aço inox 420 e aço carbono 1070 ou 5160. Lixe e limpe cuidadosamente as peças, desengordure com álcool ou acetona. Monte o billet e solde com cuidado. O caldeamento ocorre a temperaturas muito altas, cerca de 1200 graus. Não é necessário usar bórax. A faca produzida desse billet será feita por desbaste. Mas antes é preciso recozer o material, que sai do caldeamento temperado. Como o inox requer temperaturas de endurecimento altas, de 950 a 1100 graus, é preciso recozê-lo nesta temperatura, isto deve ser feito num forno com ajuste de temperatura controlada. Sem isso fica muito difícil trabalhar o material. O processo de caldeamento deixa marcas no inox que deverão ser retiradas numa pré-usinagem. É importante lembrar que ao usar o forno para temperar a lâmina, esta ficará integralmente dura, inclusive a espiga. Faça os furos de pinagem antes de temperar, se esquecer deste detalhe será necessário normalizar a espiga ou u

FERRO FUNDIDO

Antes de tudo vamos esclarecer esta terminologia: ferros fundidos são ligas metálicas ferrosas e não ferro no estado líquido. Eles são chamados assim, pois possuem temperatura de fusão menor que a dos aços.  Esta característica facilita a produção de produtos de ferro fundido a partir do processo de fabricação conhecido como Fundição. São ligas relativamente baratas e possuem uma melhor fluidez que os aços e também por isso são preferidos para este tipo de processo de fabricação.  São ligas ferrosas com teor de carbono superior a 2,11%. Pode-se considerar ferro fundido uma liga contendo somente ferro e carbono. No entanto, o silício sempre está presente em teores superiores ao do próprio carbono. Visto que o silício possui grande influência nesta liga, os ferros fundidos são geralmente considerados como uma liga ternária Fe-Si-C.  Além disso, possuem ainda Mn, S e P. O carbono presente nestas ligas pode se encontrar dissolvido na estrutura cristalina do ferro (até 0,008%), na forma de

AISI D6 - AÇO FERRAMENTA TRATAMENTO TÉRMICO

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É um aço com alta penetração de dureza na têmpera e excelente estabilidade dimensional. FORJAMENTO Aqueça lenta e uniformemente até 950°C (laranja claro) e comece a forjar. Depois de forjar, deixe resfriar lentamente no forno desligado. RECOZIMENTO: 850°C (vermelho claro).  ALÍVIO DE TENSÕES As tensões dessa liga de aço podem ser eliminadas antes da têmpera, aquecendo até 680°C ( vermelho escuro). Deixe resfriar ao ar. TÊMPERA Pré-aqueça lentamente até 950°C (laranja claro), seguido por têmpera no óleo. REVENIMENTO O duplo revenimento também pode ser executado, com resfriamento na temperatura ambiente. TEMPERATURA  x  DUREZA HRC 100  200 300  400  500 600  -   °C  63    62    60    58    56   48    -   HRC

TIPOS DE AÇO CARBONO

Devido à influência do carbono sobre a dureza do aço, costuma-se considerar os seguintes tipos de aços-carbono: AÇOS DOCES: carbono entre 0,15% e 0,25% AÇOS MEIO DUROS: carbono entre 0,25% e 0,50% AÇOS DUROS: carbono entre 0,50% e 1,40% Alguns autores subdividem ainda essa classificação: AÇO EXTRA DOCE: carbono inferior a 0,15% AÇO DOCE: carbono entre 0,15% e 0,30% AÇO MEIO DOCE: carbono entre 0,30% e 0,40% AÇO MEIO DURO: carbono entre 0,40% e 0,60% AÇO EXTRA DURO: carbono entre 0,70% e 1,20%

TRATAMENTOS TÉRMICOS TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS TRATAMENTOS ISOTÉRMICOS

Os processos de produção nem sempre fornecem os materiais nas condições desejadas: as tensões que se originam nos processos de fundição, conformação mecânica e mesmo na usinagem criam sérios problemas de distorsões e empenamentos e as estruturas resultantes não são, frequentemente, as mais adequadas, afetando negativamente as propriedades mecânicas dos materiais. Por esses motivos, há a necessidade de submeter as peças metálicas, a determinados tratamentos térmicos que objetivam minimizar ou eliminar os inconvenientes. O tratamento térmico é uma operação ou conjunto de operações realizadas na peça no estado sólido que compreendem aquecimento, permanência em determinadas temperaturas e resfriamento em condições controladas, realizados com a finalidade de dar ao metal determinadas características, melhorando as propriedades mecânicas, sem alterar, contudo, a sua composição química, que permanece inalterável. Obtém umas vezes maior dureza e resistência mecânica, e outras maior plasticidad

SAMURAI - CURIOSIDADES

Os samurais e o seu código de lealdade sempre exerceram um fascínio muito grande, principalmente no mundo ocidental. Porém, algumas peculiaridades históricas dessas figuras lendárias ainda são desconhecidas e obscuras.   1. Mulheres podiam ser samurais Nas famílias de samurais, era tradição que as mulheres recebessem treinamento em artes marciais e estratégias de guerra, para que pudessem defender suas famílias quando o não estivesse presente. Conhecidas como onna-bugeishas, elas participavam de batalhas ao lado dos homens e lutavam usando as naginatas (lanças com uma lâmina curvada na ponta). O arco e flechas também era uma arma bastante utilizadas pelas “mulheres-guerreiras”. Apesar das habilidades bélicas, elas se vestiam com quimonos luxuosos de seda fina e estavam sempre maquiadas, com os cabelos impecáveis, demonstrando cuidado especial na preservação de sua feminilidade. Os textos históricos contêm poucas referências à essas guerreiras, mas é possível que elas tenham sido mais n

KATANA - ESPADAS JAPONESAS PERÍODOS

JOKOTO ANO 795 KOTO (espadas antigas) 795-1596 SHINTO (espadas novas) 1596-1624 GENDAITO (espadas contemporâneas) 1876-1953   JOKOTO Durante o período Jokoto (800 d.C.), as espadas usadas eram retas, com fio simples (a Chokuto) ou duplo (Ken) e pobremente temperadas. Não havia um desenho padrão e eram atadas à cintura por meio de cordas. Evidências históricas sugerem que elas eram jians feitas por artesãos chineses e coreanos que trabalhavam no Japão.  KOTO A partir do período Heian (794-1185), surge o termo Nipponto ou Nihonto, que significava “espada japonesa” (nippon=japão, to=espada). A mudança no estilo de luta criou a necessidade de alteração no seu formato. Não se guerreava mais a pé, mas sim a cavalo. As espadas tornaram-se longas, curvadas, com uma base mais larga e forte e uma ponta bem fina. As espadas desta época são chamadas de Tachi e representam a categoria das antigas espadas ou Koto. Neste período, as inscrições nas espadas derivavam, de motivos budistas, representando

KATANA - HISTÓRIA

A espada foi a arma mais usada no Japão medieval, principalmente após sua unificação pelo Shogun Tokugawa Ieyasu (início do séc XVII), período de muitos duelos entre samurais. Tão grande era sua importância que foi declarada privilégio exclusivo da classe guerreira em 1588. “A espada é a alma do samurai”, disse Tokugawa Ieyasu. Um samurai era facilmente reconhecido pelas ruas por portar duas espadas presas ao obi, uma longa, a Katana (de 60 a 102 cm), usada nas lutas em locais amplos, e uma menor, a Wakizashi (de 30 a 60 cm), para espaços fechados. O Daishô, nome dado ao conjunto, representava o estatuto máximo dos samurais, simbolizando o orgulho e emblema do guerreiro. Havia uma terceira arma, o Tanto, uma faca fina que ficava escondida e que era usada só em emergências. A história da Katana está ligada à história do Japão e ao desenvolvimento das técnicas de luta. Sua denominação muda conforme o período ao qual as peças pertencem.

KATANA

Era muito mais do que uma arma para um samurai: era a extensão de seu corpo e de sua mente. Forjadas em seus detalhes cuidadosamente, desde a ponta, até a curvatura da lâmina eram trabalhadas totalmente a mão. Assim, os samurais virtuosos e honrados faziam de sua espada uma filosofia de vida. Para o samurai, a espada não era apenas um instrumento de matar pessoas, mas sim uma forma de fazer a justiça e ajudar as pessoas.  A espada ultrapassava seu sentido material; simbolicamente, era como um instrumento capaz de “cortar” as impurezas da mente. Havia ainda um sabre pequeno, chamado tantô, que era utilizado não apenas para combates, mas também para o ritual do seppuku (suicídio honroso).  A diferença básica entre as três era o tamanho, tendo a Katana um comprimento de 60 ~ 90 cm de lâmina (hamon); a Wakizashi entre 30 ~ 60 cm; e o tantô um comprimento de cerca de 30 cm. Cada espadachim escolhia as espadas de acordo com as suas preferências, tanto em termos de forja, quanto em termos de

CRONOLOGIA DOS ELEMENTOS

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A tabela acima mostra a evolução cronologica dos elementos químicos descobertos. A evolução da sociedade humana sempre foi influenciada pela descoberta de novos materiais.  É possível correlacionar cada importante salto ocorrido no desenvolvimento da humanidade com descobertas envolvendo novos materiais.  Os primeiros utensílios utilizados pelo homem foram obtidos a partir de madeira ou pedra, principalmente para a fabricação de ferramentas e armas. Outros materiais também foram largamente utilizados para fins específicos como ossos, fibras vegetais, conchas, pele de animais e argila. Em geral, estes materiais eram usados para fins decorativos e para proporcionar maior conforto.  Tal desenvolvimento, de certa forma, tornou mais fácil a obtenção e processamento dos recursos mínimos para a sobrevivência, fornecendo consequentemente, maior tempo livre para o nosso desenvolvimento intelectual. Nesta época, o cérebro humano não possuía nada diferente do cérebro do homem dos dias