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FALSOS DAMASCOS

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A Espada de Damasco era um sabre que equipou exércitos muçulmanos medievais. Está de tal forma ligada à civilização islâmica que se tornou um símbolo desta cultura.  Esta espada se caracterizava pelas  ótimas propriedades mecânicas e pelos belos desenhos formados por regiões da lâmina de tons claros e escuros alternados e ondulados. Inúmeras tentativas de reproduzi-la e imitá-la ocorreram tanto no Oriente como na Europa desde o período Medieval, destas tentativas surgiram outros produtos obtidos por caldeamento, denominados falsos damascos, inclusive o Nihon-to, o aço das espadas japonesas.  Seu estudo esteve na origem da própria Metalografia e impulsionou o desenvolvimento de novos aços, tais como os aços ferramenta hipereutetóides, aços para rolamento e os pin point  carbide steel (DIN 120 Cr2).

HISTORIA DO AÇO

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A primeira indústria do ferro apareceu ao sul do Cáucaso, 1700 A.C., entre os Hititas. O minério de ferro apresentava-se sob a forma de pequenas pedras à flor da terra. Os Hititas aqueciam a mistura (minério e carvão vegetal) dentro de um buraco feito no solo e dessa maneira obtinham uma massa pastosa que era, em seguida, batida para que se desprendesse a escória.  O que restava de massa de ferro era depois forjado. O instrumento para produção de ferro se aperfeiçoou e evoluiu até se tornar um forno semi-enterrado no qual se colocava camadas de ferro e carvão vegetal, de acordo com os princípios aplicados pelos Hititas nos fornos primitivos.  O ar insuflado por um fole manual ativava a combustão. A temperatura atingia 1000-1200º C e assim se obtinha por redução, isto é, por eliminação do oxigênio do minério, uma massa pastosa de ferro pesando alguns quilos. Depois do Cáucaso, o ferro apareceu no Egito em torno de 1100 A.C. Posteriormente, foi encontrada em regiões às quais,

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE FERRO

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A primeira região a produzir sistematicamente ferro por redução no estado sólido foi o norte da atual Turquia, por volta de 1500 a.C. Por volta de 1400 – 1200   a.C. os Hititas dominaram a técnica e fizeram uso extensivo de ferramentas e armas de ferro, entretanto, seu uso, no começo deste período era bem menor que o  bronze, tornando-se o ferro, mais utilizado apenas no fim deste período.  Por volta do ano 1100 a.C. a produção de ferro se espalha por todo o Oriente Médio e sul da  Europa, em particular na Grécia e Chipre. Finalmente, por volta do ano 900 a.C. as técnicas atingem a Europa central, cujos principais centros são Hallstat, na Àustria e  La tene, na Suíça (este último habitado na época por povos celtas). Por volta do ano 600 a.C. o ferro alcança a Itália habitada pelos Etruscos e norte da Espanha  (Catalunha). Entre os anos 500 e 300 a.C. as técnicas se espalham pelo resto da Europa.  Por volta do ano 100 a.C. os ferreiros celtas desenvolvem a técnica de  sobrep

AÇOS MICROLIGADOS ARBL ALTA RESISTÊNCIA E BAIXA LIGA HSLA - HIGH STRENGTH POW ALLOY

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O desenvolvimento dos aços ARBL é um interessante caso de conjugação de interesses econômicos e tecnológicos. O uso de pequenas adições de nióbio para endurecer os aços ferrítico-perlíticos foi introduzido em 1936, mas àquela época o custo do nióbio e a falta de demanda por aços deste tipo tornaram o processo pouco mais do que uma curiosidade científica.  Entretanto, ao final dos anos 1950, a queda no preço do nióbio e uma simultânea demanda por maior resistência mecânica, tenacidade e soldabilidade nos aços para tubulações levaram a um ressurgimento do interesse pelo desenvolvimento dos aços ARBL. São aços de alta resistência e baixa liga. são definidos do seguinte modo: aços específicos com composição química especialmente desenvolvida para proporcionar mais altos valores de propriedades mecânicas, e, em alguns casos melhor resistência à corrosão atmosférica do que aquela obtida em aços carbono convencionais. Não podem ser considerados aços de alta liga, pois os teores de

ESPINGARDA TROCHADA DAMASCO (Trochar significa torcer o aço para reforçar o cano da espingarda, é feito com tiras de aço torcidas em espiral)

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Nas fotos, espingarda de rodete alemã Século XVI. Detalhes e ornamentos em osso e ébano, cano trochado, forjado a mão em aço damasco. Há muito tempo atrás, não era possível tomar uma barra de aço e furá-la para fazer um cano de espingarda. Como o aço era difícil, de conseguir, os armeiros pegavam ferraduras e pregos de ferraduras que eram encontrados pelas ruas, aqueciam, caldeavam, forjavam e transformavam em tiras.   Essas tiras eram enroladas a quente sobre um eixo, igual fazer um canudinho de papel. Até hoje existem espingardas trochadas damasco. Estes canos foram fabricadas no tempo da pólvora negra, não  podendo ser usadas com pólvora sem fumaça, mais potente. Uma das marcas que se popularizou no Brasil foi a Laport, que não era marca de fábrica e sim marca do comerciante, que importava e revendia armas para o Brasil e outros países.

LENDAS DO AÇO DAMASCO

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O segredo exato da fabricação das lâminas damascenas infelizmente se perdeu no tempo. Modernamente, pesquisas realizadas em fragmentos de lâminas preservadas, do século XVII demonstraram a presença de nanotubos e estruturas nanométricas lineares que comprovam as propriedades extraordinárias dessas lâminas! Como os antigos ferreiros da antiga Síria (Damasco é a sua capital) conseguiam obter essas propriedades continua até hoje um mistério. As técnicas de forjamento para a fabricação de lâminas se pareciam mais com fórmulas mágicas, pois os verdadeiros fenômenos que ocorriam não eram conhecidos. Têmperas, cementações e adição de elementos de liga eram realizados de forma inconsciente. Rituais de magia e rezas acompanhavam a execução da espada, como os exemplos abaixo: "...então, após martelar a lâmina até ficar reta e com fio, o ferreiro deve colocar e retirar várias vezes a lâmina dentro de um fogo de madeira de cedro, enquanto recita a prece do deus Baal, até o aço fic

PÁTINA FORÇADA

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A pátina é uma fina camada de oxidação que ocorre naturalmente na lâmina de aço carbono. É causada por vários compostos químicos que reagem com o aço.  Isso acontecerá com o tempo e com o uso. Você notará diferentes cores e texturas em sua lâmina, principalmente depois de cortar frutas e vegetais ácidos.   Forçar uma pátina é acelerar um processo natural, expondo a lâmina a certos ácidos: vinagre ou mostarda geralmente têm bons resultados. Você pode embrulhar a lâmina em uma toalha embebida em vinagre.  Aqueça o vinagre antes de aplicar o produto. Experimente diferentes tempos de oxidação e observe  o desenvolvimento da pátina.     Embora seja uma forma de ferrugem, protege a lâmina e adiciona uma camada de proteção contra a corrosão mais profunda.   A cor da pátina e sua tonalidade dependerá de quanto tempo você aplica o produto.  

O AÇO DAMASCO E O DEUS BAAL

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O Deus Sol Baal era o principal deus dos cananeus... Após martelar a lâmina até ficar reta e com fio, o ferreiro deve colocar e retirar várias vezes a lâmina dentro de um fogo de madeira de cedro, enquanto recita a prece do deus Baal, até o aço ficar avermelhado como o sol poente, como quando o sol se põe no deserto ao oeste.   Depois com um movimento rápido fazer a lâmina penetrar seis vezes na parte mais carnuda das costas ou da coxa de um escravo, até a cor atingir um tom de púrpura.  Então, caso a espada com uma só passada feita com o braço direito do Mestre Ferreiro separe a cabeça do escravo do corpo, sem riscos ou trincas, e a lâmina possa ser dobrada ao redor do corpo de um homem e voltar à forma original, então a espada pode ser considerada perfeita e colocada ao serviço do deus Baal.

AÇO ONDULADO E MARTELADO (watered or pattern-welded steel)

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Aço martelado foi o método mais comum usado na antiga Europa, Japão e mais tarde nas Filipinas. Explicado de uma forma simples, pequenas barras de aço macio eram forjadas, juntando-as com aquecimento até altas temperaturas e martelando os pedaços ate soldar, repetindo esse processo por diversas vezes ate atingir tamanho e dureza suficientes.  Dobrando e soldando os pedaços repetidas vezes aumenta-se a dureza do aço através de aumento no teor de carbono. Esse era um processo longo e tedioso e muitas pecas eram perdidas antes de ficarem prontas, por excesso de aquecimento e quebra. Camadas de aço macio e mole criados por esse processo são responsáveis pelo aspecto ondulado presente na superfície.  Quando menor o numero de camadas, mais largas são as ondas. Algumas espadas japonesas possuem ate 36000 camadas, sendo muito difícil discerni-las a olho nu!  

DAMASCO VERDADEIRO

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O verdadeiro aço Damasceno, fabricado na cidade de Damasco, era produzido da seguinte forma:  Aço bruto de baixo carbono era martelado em laminas muito finas. Uma pilha dessas lâminas era mantida junta com arames. Em um cadinho, aço com alto teor de carbono era aquecido até derreter. As pilhas de laminas de aço com baixo carbono eram mergulhadas no aço de alto carbono derretido.  O aço frio então “sugava”, por ação de capilaridade entre as lâminas da pilha, o aço derretido. Com isso o aço das laminas era parcialmente fundido, soldando as laminas em uma massa sólida. Essa massa era “forjável” (por martelamento) por um CURTO ESPAÇO DE TEMPO, sendo martelada para dar forma enquanto ainda estava quente. Um grande problema de laminas fabricadas dessa forma é que elas não podem ser reaquecidas e reforjadas como o aço martelado e o aço wootz. Devido ao teor de ferro fundido, quando uma lamina de aço damasceno é reaquecida, uma batida com martelo faz com que ela se quebre em vários

AÇO WOOTZ

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O wootz era uma peça de aço com alto   teor de carbono (1 a 2, 0% em peso), utilizado na fabricação das espadas   Indianas produzidas a partir do aço forjado. A fabricação do aço Indiano é   sempre referida como um processo que se assemelha ao processo moderno de cementação ou processo de aço de cadinho.  Uma peça   pequena de aço forjado pesando entre 0, 2 a 1 kg era colocada num cadinho   junto com um décimo do seu peso em madeira cortada e folhas de uma planta chamada Avaran (Cassia auriculares).  O cadinho era então selado com argila, sendo que até duas dezenas de cadinhos iguais a este eram postos   dentro da fornalha. Eram mantidos em alta temperatura com   a   ajuda de uma corrente de ar, soprada por foles. O processo estava completo em 2.1/2 horas a 4 horas. O wootz era forjado   a temperaturas muito baixas controlada conforme a cor do metal aquecido.   As propriedades mecânicas que o aço apresentava no final do processo de forja, como resistência ao desgaste, resis

BREVE HISTÓRIA DO AÇO DAMASCO

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O primeiro relato sobre as espadas Damascenas data de 540 D.C., mas elas podem ter sido usadas desde muito antes, no tempo de Alexandre o   Grande (cerca de 323 A.C.). O nome atribuído a essas espadas não está   ligado ao local de sua origem, mas sim ao local onde pela primeira vez foi   vista pelos Europeus, na cidade de Damasco, durante as Cruzadas.  Naquele   tempo (séculos 11, 12 e 13) as espadas de Damasco eram muito famosas e   continuaram sendo mesmo no século 19, por seu formidável poder de corte. Tipicamente, o aço de que eram feitas as espadas de Damasco era produzido na India, onde era conhecido por wootz. Era comercializado como uma peça fundida, apresentava formato e tamanho igual a de um disco de hóquei. Acredita-se que os melhores exemplares dessas espadas foram forjados na Pérsia usando o wootz da Índia, que também foi usado na fabricação de outras armas, escudos e armaduras.  Todavia, a distribuição geográfica do wootz se espalhou,foi encontrado também na R

CUNHAGEM

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A história da cunhagem de moedas está muito ligada com a evolução dos métodos produtivos e das técnicas de metalurgia. No início as moedas eram cunhadas de forma artesanal, para realizar a operação o desenho a ser utilizado era gravado de forma "espelhada", em baixo relevo em uma bigorna. Em seguida o disco de metal, previamente aquecido, era pressionado sobre esta gravação com o auxilio de um punção, onde se aplicava a pressão necessária com um martelo, transferindo assim o desenho do cunho para o metal. Este processo produzia moedas com um desenho gravado em apenas uma das faces. Num segundo momento o punção onde se aplicava a pressão foi substituído por outro cunho (este móvel e também gravado como o cunho fixo), este novo processo permitiu a cunhagem de moedas com gravações nas duas faces. Este processo necessitava, porém, da força humana, o que tornava a produção de moedas uma atividade lenta. Posteriormente este processo foi melhorado com a introdução do bal

CUNHAGEM

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Cunhagem é o nome que se dá ao processo de fabricação de moedas. Tal prática surgiu da necessidade de se garantir o peso e a pureza do metal de cada peça. Segundo a tradição, as primeiras moedas foram produzidas na Lídia, atualmente em território turco, por volta de 700 a.C. O método inicial de cunhagem se mantém até os dias de hoje em grande parte, com o ouro ou prata pesado em uma quantidade exata, depois colocadas em depressões circulares rasas, em moldes de areia, onde as porções seriam aquecidas, até se fundirem e cobrir a base das depressões. Após o resfriamento essas peças eram retiradas, colocadas em uma bigorna e estampadas, ou cunhadas com o símbolo do estado ou do rei responsável pela emissão das moedas. A cunhagem era feita para garantir o peso e a pureza do metal utilizado. Quase ao mesmo tempo em que surgiu a prática de cunhagem de moedas, aparecem as primeiras falsificações. Ao produzir as cópias, o falsificador tinha duas alternativas: ou seguia o processo o

DISPONIBILIDADE DOS MATERIAIS

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A Figura acima mostra a distribuição da composição química dos elementos químicos que compõe a crosta terrestre. A milhares de anos, isolamos e transformamos materiais para a  produção de utensílios que facilitem a vida. Mas de onde vêm estes materiais?  A resposta mais óbvia seria: da Terra.  A Terra possui um diâmetro em torno de 13.000 km e sua massa é de  aproximadamente 6 ×1024 kg (ou seja, 24 zeros atrás do número 6 !!!).  Mas, o homem pode  de fato utilizar todo este material? A resposta é NÃO. O homem tem possibilidade de utilizar  somente o que há na crosta terrestre. A crosta terrestre é uma fina “casquinha” sobre esta  grande esfera que é o planeta Terra. Ela possui uma espessura de 30 a 50 km. Fazendo-se  uma analogia, se tivéssemos uma esfera de 100 mm (10 cm) de diâmetro, a espessura  equivalente da crosta terrestre seria de 0,4 mm. Seria como uma camada espessa de verniz  ou tinta sobre esta esfera de 100 mm. 

CRONOLOGIA DOS ELEMENTOS

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A evolução da sociedade humana sempre foi influenciada pela descoberta de novos materiais . É possível correlacionar cada importante salto ocorrido no desenvolvimento da humanidade com descobertas envolvendo novos materiais.  Os primeiros utensílios utilizados pelo homem foram obtidos a partir de madeira ou pedra, principalmente para a fabricação de ferramentas e armas. Outros materiais também foram largamente utilizados para fins específicos como ossos, fibras vegetais, conchas, pele de animais e argila. Em geral, estes materiais eram usados para fins decorativos ou para proporcionar  maior conforto.  Tal desenvolvimento, de certa forma, tornou mais fácil a obtenção e processamento dos recursos mínimos para a sobrevivência, fornecendo consequentemente, maior tempo  livre para o nosso desenvolvimento intelectual. Nesta época, o cérebro humano não possuía nada diferente do cérebro do homem dos dias atuais, ou seja, a capacidade de raciocínio  era equivalente à nossa.  No ent

AÇO INOXIDÁVEL

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A resistência de um aço inox à corrosão é devido a ocorrência natural de uma película, de óxido de Cromo que se forma em sua superfície. Essa película, é muito fina, invisível, inerte e firmemente aderida ao metal.  Quando a película é quebrada por ação abrasiva, ela se auto-repara na presença de oxigênio Segundo o célebre cuteleiro norte-americano W.D. Randall, que produziu facas artesanais durante 50 anos, e outros renomados cuteleiros da mesma origem, uma lâmina de bom e moderno aço inox mantém seu fio 90% em relação a uma que utilize aço carbono de boa qualidade e nas mesmas condições.  Em outras palavras,uma lâmina de aço inox em condições similares de uso perderá seu fio apenas 10% mais rápido do que uma de aço carbono. Copie e cole no seu navegador o link abaixo: https://m.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3495873603872193/

GRAVAÇÃO A ÁCIDO EM LÂMINAS

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ATENÇÃO!  Os materiais químicos empregados são corrosivos, podem causar sérias lesões. Os gases do processo de gravação são nocivos ao aparelho respiratório. Use estas informações como base para suas próprias experiências, por sua conta e risco e use EPI ! O resultado final vai variar de acordo com o aço utilizado e o tempo de gravação. O ideal é uma gravação suficientemente profunda para que as marcas não sejam retiradas com o uso da faca. Inicialmente a lâmina é lixada até o grão 400. Em seguida, é feito um pré isolamento da lâmina. É importante isolar bem a área que não será gravada, pois os vapores que emanam da corrosão afetam toda a superficie metálica com que entram em contato. Este isolamento pode ser feito com fita crepe.  Em seguida é feito o detalhamento do desenho a ser gravado. É importante planejar bem este desenho antes de começar a fazê-lo. Use um lápis para escrita em metais e traçe o padrão. Este padrão é feito em ambas as faces da lâmina.Definido o desenh

TITÂNIO

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É mais forte que o aço, porém 45% mais leve. É 60% mais pesado que o alumínio, porém duas vezes mais forte. Tais características fazem com que o titânio seja muito resistente contra os tipos usuais de fadiga.  Esse metal forma uma camada passiva de óxido quando exposto ao ar, mas quando está em um ambiente livre de oxigênio ele é dúctil. Ele queima quando aquecido e é capaz de queimar imerso em nitrogênio gasoso.  É resistente à dissolução nos ácidos sulfúrico e clorídrico, assim como à maioria dos ácidos orgânicos.

DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO Fe-C

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Existem diagramas que descrevem, para as ligas Fe-C, as faixas de temperaturas em que as fases FERRITA, AUSTENITA e CEMENTITA são estáveis e as temperaturas em que ocorrem as transformações.  São os DIAGRAMAS DE   EQUILÍBRIO.  Através desses diagramas é possível prever quais fases se formam quando o aço é resfriado lentamente (no equilíbrio).  Na figura abaixo o diagrama de equilíbrio Fe-C mostra que a ferrita é uma fase que aparece isolada somente para teores   muito baixos de carbono  < 0,02 %C. Nos aços em que o teor de carbono é   maior que 0,02 %C, ocorre precipitação de cementita (Fe3C). A precipitação de cementita ocorre de forma alternada com a ferrita, formando uma estrutura lamelar denominada PERLITA.  Pode-se dizer que a perlita é um material compósito natural, pois é constituída de lamelas alternadas de ferrita e cementita.

FERREIRO

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Nos tempos antigos, os ferreiros eram considerados tão importantes quanto o médico local, porque, como o médico mantinha as pessoas saudáveis, o ferreiro mantinha a cidade em movimento. Para muitas pessoas, a habilidade do ferreiro de transformar um material aparentemente grosseiro e duro em algo de beleza de tirar o fôlego era mágica. Um dos primeiros métodos de produção de ferro foi com o uso de bloomeries. É uma espécie de forno com um poço e chaminé, paredes de pedra ou argila para resistência ao calor. Tubos de barro entravam perto do fundo do poço para permitir o fluxo de ar, seja de fonte natural ou através do uso de um tipo de bomba de ar conhecido como um “fole”. Uma vez que um bloomery era preenchido com carvão e minério de ferro, era aceso e o ar forçado através dos canos, alimentando o fogo e aquecendo a mistura até um ponto abaixo do ponto de fusão do ferro. Isso fazia as impurezas derreterem e escoarem enquanto o monóxido de carbono do carvão reduzia o minério

FERREIRO NA IDADE MÉDIA

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A fabricação de ligas ferrosas na Idade Média era uma atividade que exigia muita experiência e era cercada de mistérios. A técnica era mantida em segredo por representar uma vantagem estratégica nas guerras.  Os grupos humanos da Idade Média eram organizadas em sociedades feudais, tendo como características principais: - Economia agrária. - Escassa circulação monetária. - Todo o excedente era propriedade do senhor. - O feudo e os seus habitantes eram propriedades do clero e da nobreza. O material produzido na época não podia ser utilizado diretamente após a fundição, sendo necessário reaquecer o metal e bater com marretas, dando-se assim a forma desejada. O primeiro processo de conformação  foi provavelmente o forjamento com marreta, de um pedaço de metal maleável ou aquecido a altas temperaturas para torna-lo maleável. As técnicas usadas permitiam a confecção de foices, punhais, pregos, espadas, martelos, armaduras, etc.  O ferreiro, era uma pessoa muito disputada, nas gue

INSTITUTO RICARDO BRENNAND

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No Brasil um bom lugar para conhecer alguns exemplos da habilidade dos antigos ferreiros europeus é no museu situado no Instituto Ricardo Brennand, em Recife, Pernambuco.  É possível ver a maior coleção de armas brancas do Brasil, com exemplares antigos e raros, inclusive várias lâminas de aço damasco. O museu fica em um castelo estilo europeu.

O LOBO QUE ALIMENTAMOS

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- Uma luta está acontecendo dentro de mim, diz o homem velho ao menino. É uma luta terrível entre dois lobos.  A mesma luta está acontecendo dentro de você e dentro de todas as outras pessoas.   Um dos lobos é mau e representa raiva, inveja, tristeza, arrogância, arrependimento, ego, ganância.   O outro é bom, é alegria, paz, amor, esperança, serenidade, bondade e compaixão. O neto então pergunta ao avô:  - Qual lobo vai ganhar?   - O lobo que voce alimentar ganha esta luta.

O QUE É TEMPERATURA?

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Trata-se de uma grandeza escalar que determina o grau de agitação das moléculas de um corpo, indicando se ele está quente ou frio. Quanto maior a agitação molecular, maior será a temperatura do corpo e mais quente ele estará. Ao aquecer um corpo qualquer, suas moléculas aumentam a vibração e tendem a se afastar umas das outras, ocorrendo a chamada dilatação térmica dos materiais.  Se o corpo for resfriado, ocorrerá a contração térmica. Não há um limite máximo para temperatura, ou seja, não há um valor de temperatura o qual não se pode ultrapassar, mas existe um limite mínimo de temperatura, que é chamado de zero absoluto. A temperatura do zero absoluto corresponde a -273,15 °C e seria o ponto em que a vibração molecular seria a menor possível ou inexistente. Atualmente existem três escalas termométricas utilizadas em todo o mundo : Celsius, Fahrenheit e Kelvin.

LIGAS DE COBRE CONTRA COVID-19

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Estudos recentes mostram que microrganismos como vírus e bactérias não sobrevivem por muito tempo quando estão em contato com ligas de cobre. O cobre elimina bactérias, pois seus íons dissolvidos na atmosfera levam à perda celular do microrganismo. A membrana se rompe e leva à perda de todo conteúdo celular, inclusive do próprio DNA, que se degrada e sai da célula. Explicando de maneira prática, isso significa que as ligas de cobre geram radicais livres que danificam o DNA ou RNA de um vírus e bactéria, inviabilizando total ou parcialmente a atividade viral do microrganismos, o que impede a sua replicação. O cobre consegue eliminar até 99% de microrganismos em uma superfície de contato.  Em hospitais e clínicas médicas é recomendado o uso de balcões, corrimãos, barras de apoio, maçanetas, pias, torneiras, ou seja, todas as estruturas que servem de superfície de contato e podem transmitir o vírus. Além do cobre, o latão é outra liga que funciona muito bem no combate ao covid

PONTO DE FUSÃO DE LIGAS METÁLICAS

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AÇO O aço é uma liga metálica comumente usada para produzir outras ligas e o seu ponto de fusão está em torno de 1370 a 1510 ºC. AÇO INOX O aço é composto por 74% de aço, 18% de cromo e 8% de níquel. Seu ponto de fusão gira em torno de 1510 ºC. OURO 18 QUILATES Essa é uma das ligas metálicas mais conhecidas, sendo formada por 75% de ouro puro, 13% de prata e 12% de cobre. Seu ponto de fusão é de 1.025ºC (ouro amarelo) e 1.035ºC (ouro branco). BRONZE O bronze é formado por 67% de cobre e 33% de estanho, sendo que a sua principal característica é a resistência ao desgaste. O ponto de fusão do Bronze varia entre 900º C e 1000º C. LATÃO Essa liga é formada pela mistura de 55 a 95% de cobre e de 45% a 5% de zinco. Outros metais como o alumínio, o chumbo e o estanho também podem ser adicionados. No geral, o ponto de fusão do latão fica entre 900ºc-940ºc AMÁLGAMA Conhecida por ser usada em obturações dentárias, a amálgama é uma liga formada pela mistura de prata (70%), estanho (18

TÊMPERA SELETIVA E REVENIMENTO EMPÍRICOS

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Neste tipo de têmpera não fazem o revenimento padrão. É um tipo de revenimento dentro do processo de têmpera, usado por cuteleiros na Indonésia. Aqueça principalmente o fio da faca, o restante da lâmina menos quente do que o fio. Faça a têmpera seletiva tocando e retirando rapidamente, vários toques rápidos na água somente com o fio da faca, enquanto o restante da lâmina ainda está quente. O calor da parte que não foi resfriada vai produzir o revenimento.

CUTELEIROS QUE AFIRMAM PRODUZIR SEU PRÓPRIO AÇO

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Isto revela falta de conhecimento do material básico para lâminas. Atualmente, produzir bons aços é tarefa para grandes siderúrgicas equipadas com excelentes laboratórios metalográficos e o conhecimento de muitos engenheiros metalúrgicos. Para essas siderúrgicas, uma pequena partida de um determinado aço significa, no mínimo, umas 20 ou 30 toneladas, quantidade suficiente para as vidas inteiras de muitos cuteleiros!  A preparação e operação de um alto forno siderúrgico é extremamente custosa e ela apenas é economicamente viável quando irá se produzir muitas toneladas de um determinado aço.  Quando o cuteleiro for também um exímio forjador ele poderá preparar seu próprio material, eventualmente até combinando 2 ou mais aços cuja origem foi comercial. Mas isto é raro e eleva tremendamente o preço de uma faca e o resultado final, do ponto de vista metalográfico, não será muito diferente de um bom aço comercial.

KATANA

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Corte transverso das técnicas de forja

ÁGUA CORTA AÇO

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Jatos d'água são capazes de cortar aço porque o fluxo de água passa através de um bico estreito de diamante a uma pressão muito alta que mantém o jato coeso. Ao contrário de outras máquinas de cortar metal, os cortadores com jato d'água não perdem o corte e nunca esquentam. Jatos d'água e jatos abrasivos controlados por computador são utilizados hoje para cortar diversos tipos de materiais. A mistura água-abrasivo sai do bico a mais de 1.400 km/h. As máquinas mais modernas podem cortar medidas a partir de dois milésimos de polegada e seu jato pode chegar a velocidades próximas a Mach 3. Este processo sem cheiro, sem poeira e sem aquecimento pode cortar materiais tão finos quanto cinco milésimos de polegada. O jato fino e preciso  permite que o primeiro corte seja o acabamento final na superfície. Os cortes feitos atualmente são efetuados debaixo d'água para evitar respingos de água e barulho.  A pressão da água fica entre 20 mil e 55 mil libras por polegada

RODAS PG

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As Rodas PG são produzidas por flaps de lixas. Seus vários tamanhos são utilizados para executar lixamento e acabamento de superfícies planas, contornos, acabamento de soldas, limpeza de peças, entre outras utilidades. Fornecem taxa de corte uniforme e consistente . Elas não empastam e não “cegam”, pois à medida que os flaps se desgastam, um abrasivo novo é exposto. As rodas PG podem até ser dressadas para adquirir contornos variados. São produzidas em vários tamanhos, grãos e tipos de lixa.

RODAS EXPANSIVAS

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São rodas de acabamento com um emborrachamento especial, que permite a mesma aumentar seu diâmetro quando rotacionada, através da força centrífuga.  Elas utilizam cintas de lixa de comprimento curto, com perímetro apenas alguns milímetros maiores que o da roda, de forma que ela seja "vestida" na roda. Quando rotacionada e expandida trava a lixa com firmeza, permitindo rebarbação e acabamento como numa roda de contato, sem a necessidade de tensores e esticadores de uma lixadeira de cinta convencional. São compostas de roda usinada em alumínio com revestimento de borracha vulcanizada, sendo este revestimento divido em duas bandas, interna e externa, unidas pelas aletas.  Devido à massa (peso) da banda externa, quando rotacionada ela se expande elasticamente através da força centrífuga, limitada pela articulação também elástica das aletas. VANTAGENS NA SUBSTITUIÇÃO DO REBOLO POR RODA EXPANSIVA  EFICIÊNCIA: o rebolo perde diâmetro, perde velocidade de corte e remoção

BARRA ESTABILIZADORA - AÇO MOLA 5160

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A indústria automobilística utiliza na confecção o aço 5160, por possuir propriedades de resistência mecânica, tenacidade, ductibilidade, com tratamentos de tempera e revenimento para endurecimento e alivio de tensões.  É possível obter propriedades semelhantes de resiliência do aço SAE 4340. A barra estabilizadora é um item  utilizado para alterar as condições de dirigibilidade. As propriedades na escolha do material para barra estabilizadora são referentes à resiliência e a fadiga que o aço é submetido.  RESILIÊNCIA é uma propriedade referente à habilidade que o material tem de retornar ao seu estado inicial após uma perturbação, sem sofrer deformações plásticas. TENACIDADE, é a capacidade de absorver energia antes da ruptura, sendo que um material mais tenaz possui maior ductilidade e maior resistência a propagação de trincas. FADIGA é um parâmetro que influência diretamente na escolha dos aços submetidos a carregamentos cíclicos, que são mais susceptíveis a ocorrência d

MONTANTE x ESPADA MEDIEVAL

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Quando se fala sobre a espada medieval muitas vezes pensamos numa espada pesada, comprida e que é utilizada para efetuar golpes sem qualquer técnica.  As espadas dos heróis são imaginadas como uma arma enorme, maior que um homem, muito pesada, com mais de 15 kg. As dimensões e pesos das armas são restritas à capacidade física, dimensões, técnica e estilo de combate dos seus utilizadores, ou seja, surgem limitações no peso e nas dimensões das armas. Podemos questionar se existiram armas que teriam ido além das dimensões normais e com peso superior a 2,5 kg.  Existiram certas armas que ao longo da história foram utilizadas por pessoas com características físicas muito específicas. É o caso dos famosos HOUSECARLS que utilizavam  machados de duas mãos, de grandes dimensões, no exército de Harold Godwinson, na batalha de Hastings. No século XIV começaram a surgir espadas chamadas de montantes, ou em alemão: zweihänder, que podiam chegar a medir dois metros, influenciando modelos

AÇOS ESPECIAIS PARA CUTELARIA NO BRASIL

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                                     Sob o ponto de vista técnico, para o uso em cutelaria, qualquer aço que tenha no mínimo 0,6% de carbono em sua composição serve, e muito bem, se receber tratamento térmico adequado. Entre  os artefatos que devem ser executados com bons aços, uma lâmina é dos mais banais. A grande maioria dos aços utilizados em cutelaria são criados para outras finalidades, muitas delas com exigências técnicas que superam em muito, o simples ato de cortar.  

CERA PERDIDA

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Entre as muitas especialidades artísticas dos burkinabés, destaca-se a produção de esculturas em bronze.  A cera de abelha é aquecida para remover impurezas. O próximo passo é aquecer a faca que será utilizada para esculpir e moldar a cera. Depois é a moldagem de peças em argila. A terra deve ser pilada e peneirada. As peças de cera são  embebidas em uma bacia de argila e água, intercalando os mergulhos com o processo de secagem.  Para finalizar, o molde é coberto com uma camada de argila espessa. Pronto o molde, ele é separado para a última secagem. Para inserir o bronze, preparam o fogo que aquecerá o molde e derreterá a cera. O metal é introduzido e o bronze fundido enche a estrutura, ocupando o espaço deixado pela cera. No polimento final é utilizada água acidificada. O bronze, original tem uma cor dourada, é tingido com permanganato quente para atingir cores mais escuras. O toque final é a coloração detalhada das peças, em verde, laranja ou azul. Os bronzes burkinabés,

CERA PERDIDA

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O mais antigo exemplar da técnica de cera perdida provém de um amuleto de cobre em formato de roda de 6 000 anos encontrado em Mergar, Paquistão.  A fundição da Civilização do vale do Indo começou cerca de 3 500 a.C. na área de Moenjodaro e produziu um dos mais antigos exemplares, uma figurinha indiana em bronze chamada de Garota Dançarina que é datada de quase 5 000 anos.