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DISCOS DE ARADO CICLOS DE TRATAMENTO TÉRMICO. (By Marcelo Lubaczwski)

Discos de arado usam aços 1065 a 1085. Estes aços são normalizados e temperados na indústria, o  revenimento é numa faixa mais alta, o que reduz a dureza para aumentar a tenacidade. Discos de arado trabalham na terra, batem em pedras, raízes, tocos, e tem que ter uma grande tenacidade. Se o disco de arado tivesse a dureza de uma faca, quebraria.  A diferença está no revenimento. A dureza final de um disco de arado é 30 Hrc. A faca deve ter 50 Hrc ou + Portanto faça todo o ciclo térmico para a confecção das facas quando usar discos de arado.

CONTINUA A POLÊMICA SOBRE OS AÇOS UTILIZADOS NOS DISCOS DE ARADO...

Na fabricação de discos de arado são necessários os seguintes requisitos:  BAIXA DUREZA - 30 Hrc no máximo.  TÊMPERABILIDADE suficiente para conferir dureza ao longo da espessura.  TENACIDADE para evitar trincas durante o trabalho de aragem. TAMANHO DO GRÃO AUSTENÍTICO igual ou superior a 5 ASTM para obter uma estrutura martensítica homogênea nos discos após a têmpera. No estado atual da técnica, o mercado de discos de arado é abastecido basicamente com o aço SAE 1080, com ou sem adição de cromo. https://www.escavador.com/patentes/576681/aco-carbono-aplicavel-na-fabricacao-de-discos-de-arado

TAMANHO DO GRÃO AUSTENÍTICO NOS AÇOS

Tem grande influência nas propriedades mecânicas dos materiais metálicos. O número do tamanho de grão ASTM, escala de medição mais difundida no mercado, é dado por: N = 2^(n-1) onde n é o tamanho de grão ASTM, e N é o número de grãos por pol², medido com 100x de aumento. Existem três métodos de avaliação de tamanho de grão: avaliação comparativa por quadros, métodos de contagem de grãos e o método dos Interceptos, sendo os três descritos e padronizado na ASTM E112 e em normas correlatas. É um parâmetro estrutural frequentemente   estimado quando se está avaliando, principalmente, as propriedades mecânicas dos materiais metálicos, como: limite de escoamento, dureza, resistência à tração, tenacidade à fratura, resistência à fluência, etc.

REVENIMENTO

A martensita formada durante a maioria dos tratamentos de têmpera (exceto na austêmpera), geralmente é muito frágil pra ser utilizada para a maioria das aplicações dos aços tratados termicamente.  Peças deixadas nesta condição correm grande risco de trincar ou empenar (exceto quando o %C é muito baixa). O revenimento é um tratamento térmico aplicado em aços logo após o endurecimento realizado pelos tratamentos de têmpera com a finalidade de diminuir a dureza e, o mais importante, aumentar a tenacidade do material com microestrutura martensítica.  O revenimento é realizado num ciclo com temperatura de patamar subcrítico, compreendido geralmente entre 160 a 650 ºC, dependendo da finalidade e do tipo de aço a ser tratado. Como já foi mencionado, a martensita é uma solução supersaturada de carbono.  Ela é obtida pelo resfriamento rápido o suficiente para “aprisionar” o carbono nos interstícios da rede cristalina, acima (muito acima) do seu limite de solubilidade.  Ao aquecer o aço com estr

MACHADOS NA IDADE MÉDIA

A idade Média certamente foi um dos períodos mais violentos da humanidade, com intermináveis disputas por território e invasões bárbaras. Nesse contexto tão sangrento, os machados ganharam grande destaque no acervo bélico de praticamente todos os povos europeus. Nessa época surgiram os machados de batalha, feitos especialmente para o combate, mas cujas características variavam. Os Vikings, por exemplo, desenvolveram um machado de cabo longo e lâmina afiada, que proporcionava a execução de golpes a uma distância relativamente segura e provocava ferimentos graves nos inimigos. Já os Francos inovaram ao criar um machado de arremesso muito eficaz, denominado Francisca. Era empregado no início dos confrontos, a uma distância que variava entre 10 e 20 metros, no intuito de fragilizar o adversário antes do combate corporal. Uma das principais formas de execução na Idade Média foi a decapitação, sendo o machado o instrumento mais utilizado pelos carrascos. Machados de execução tinham cabo long

TANTÔ PARA INICIANTES - AÇO 1045

Você vai perder algumas lâminas no começo!  Deficiências no tratamento térmico, mal forjamento, trinca na têmpera ou porque vai ter que destruir muitas peças fazendo testes de qualidade. Os aços carbonos comuns série AUS 10XX não apresentam qualquer elemento de liga, a não ser os normalmente presentes. São temperados em altas velocidades na água.  O choque da têmpera é muito forte e as chances da lâmina trincar são grandes. Uma das razões para se usar aço 1045 é que este choque em conjunto com a ação da massa refratária produz uma linha de têmpera bastante definida. A melhor opção seria começar a fazer tantôs com aço 1045, que pelo baixo teor de carbono não costuma trincar. É um aço com baixa temperabilidade. Porém, apresenta boa relação entre resistência mecânica e resistência à fratura. Você pode usar vergalhões de obra GG50. Como se trata de barras redondas vão dar trabalho pra forjar, mas você vai aprender muito com isso. O aço 1045 não serve para lâminas muito longas, pois não fic

AÇO CARBONO 1045

Quando comparado com outros tipos de aços, o aço carbono tem custo mais acessível e possui amplas possibilidades de aplicações. A quantidade de carbono define a classificação dos aços: baixo, médio e alto carbono, sendo as variações de dureza, resistência, ductilidade e tenacidade percebidas em cada produto. A boa usinabilidade e alta forjabilidade são características do aço 1045. Por esse motivo, o material é utilizado em componentes que precisam de resistência mecânica acima dos aços mais comuns. Entre as peças que utilizam este tipo de aço estão cilindros, pinos, ferrolhos e parafusos. Seu processo de fabricação passa por aquecimento em temperatura superior aos 800°C, e em seguida, têmpera em água. O aço 1045 está no grupo de médio carbono, tem a resistência como destaque, e a dureza que também chama a atenção.

AÇOS USADOS NA CUTELARIA

No século dezoito e antes dele já se sabia que o carbono era um elemento importante a ser adicionado ao ferro para formar os aços e sabia-se que a quantidade de carbono influenciava na dureza do aço e na retenção do fio, no entanto, não dominavam a dosagem do carbono a ser dissolvido no aço, então usavam o método de colocar o ferro líquido em um cadinho de grafite e mantê-lo aquecido por vários dias para que pudesse absorver o carbono das paredes do mesmo, dependiam da experiência de pessoas que visualmente avaliavam o ponto correto de retirar o aço do cadinho. Depois que o aço esfriava o carbono não era homogêneo variando a cada batelada e com um gradiente de maiores e menores concentrações de carbono no volume do cadinho, o que exigia que o aço fosse trabalhado para ser homogeneizado. No final do século dezenove, na Inglaterra, um relojoeiro descontente com a variação de qualidade dos aços mola que obtinha dos fornecedores resolveu fazer experiências e conseguiu dosar o carbono a ser

ZONA CRÍTICA

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No diagrama acima são indicados os nomes de três importantes curvas do sistema Fe-C: Ac1 - Ac3 - AcM.  CURVA Ac1: Representa a isoterma eutetóide: 727ºC. CURVA Ac3: Indica o início da transformação, no resfriamento. ZONA CRÍTICA:  É formada pelo conjunto das curvas Ac1 e Ac3 e AcM, leva este nome por separar duas regiões bem distintas do diagrama, a região: FERRITA e a região: AUSTENITA. Em outras palavras, a ZONA CRÍTICA identifica uma faixa de temperaturas, ABAIXO DA QUAL não existe a fase ou o constituinte monofásico: AUSTENITA.

USE TODO O GÁS DO BOTIJÃO

Corte ao meio um tonel plástico de 200 litros. Ponha o botijão dentro do tonel e coloque água até um pouco abaixo da curva superior do botijão.  Conforme o volume de gás vai diminuindo ele vai inclinando gradativamente e você vai poder usar todo o gás. Isto também evita o congelamento na saída do gás.

ESFEROIDIZAÇÃO COALESCIMENTO RECOZIMENTO SUB-CRÍTICO

Esferoidizacão é o tratamento térmico de recozimento subcrítico com a finalidade de se obter os carbonetos na forma esferoidal.  No coalescimento utilizam-se aços hipereutetóides e aços ferramentas, que necessitem reduzir sua dureza. Após reter a peça por algum tempo na TEMPERATURA SUBCRÍTICA para criar uma estrutura estável, o aço é então resfriado muito lentamente até a temperatura ambiente. Isso produz uma estrutura muito macia, de alta ductilidade criando grãos muito grandes, facilitando cortes e usinagem. 

TRATAMENTO TÉRMICO

Os tratamentos térmicos aplicados aos aços têm a grosso modo dois objetivos principais: aumentar dureza ou diminuir dureza. No entanto, os objetivos específicos definem o tipo de tratamento térmico a ser utilizado.  Os tratamentos mais importantes, podem ser agrupados em 3 grandes grupos:  • Recozimento. • Normalização. • Têmpera. Em geral, o recozimento têm o objetivo principal de reduzir a dureza do material, a têmpera têm objetivo de aumentar a dureza enquanto que a normalização visa melhorar a tenacidade dos aços.  Os recozimentos podem ser divididos em vários tipos dependendo do seu objetivo específico: recozimento pleno, recozimento para alívio de tensões, para recristalização, de esferoidização, para homogeneização, entre outros.  As têmperas possuem também suas variações: têmpera direta, sub-zero, austêmpera e martêmpera. Já a normalização não possui variações específicas.  Pode-se notar que alguns tratamentos exigem a total austenitização do aço (tratamento acima da zona críti

ESMERILHADEIRA

Confira se a peça que será esmerilhada está posicionada e bem fixa. É fundamental que a esmerilhadeira esteja em perfeitas condições de uso, caso contrário procure fazer a manutenção antes de utilizá-la. Verifique a rotação (RPM) da máquina, para que seja usado um rebolo ou disco compatível com sua velocidade. A porca de fixação do rebolo, normalmente é auto atarrachante, por isso nunca aperte-a demais.Verifique se os flanges são do mesmo tamanho, se estão com a face de contato limpa, plana e perpendicular ao eixo porta rebolo.No primeiro instante que ligar a máquina, nunca fique em frente ao rebolo. – NUNCA: Use um rebolo ou disco numa velocidade superior a que esteja especificada na máquina. – NUNCA: Trabalhe com a máquina, sem que a capa protetora esteja devidamente posicionada e fixada. – NUNCA: Utilize disco de corte para desbastar lateralmente. – NUNCA: Utilize lixadeiras como ferramenta de afiação. – NUNCA: Force demais o rebolo ou disco de modo que haja travamento da peça. – NU

AÇOS RECICLADOS

Para trabalhar aços reciclados utilize a sequência correta: 1) - RECOZIMENTO 2) - NORMALIZACÃO 3) - TÊMPERA 4) - REVENIMENTO ____________________________________ Arruelas de pressão - 1060 Alavancas de câmbio - 1030 Aço p/trabalhos a frio  - 1070 Bits e fresas - M2 Biela - 4340 Brocas aço rápido - M2 Bengala moto Honda suspenção dianteira - aço SAE 4140  Barra estabilizadora - 5160/4340 Barra de torção - 6150 - 5160 - 9260 Braços de direção - 4042 Capa de rolamento - 52100 Cinzéis - O2, O6, L6 Comando de válvulas - A6, S7 Chave de fenda - L6, S2 Chave estria/boca - L6, S Disco arado - 1070 Disco Tatu (Marchezan) e Cavalinho (Semeato) - aço 1070 - 1080 Disco arado Metisa - aço 1070            Disco plantadeira Metisa - aço boro 15B32 Disco frigorífico - inox 1.4116 Disco corte mármore - 1070/15n20 Eixos - 1040 Engrenagens de câmbio - 3115 Ferramenta pneumática - L6, A6, S7 Feixe de mola - 1085, 5160 Facas para máquinas - M2 Facas trabalho madeira - O2 Girabrequim  - 1045 Haste de amorte

AÇO 1070/1075 TRATAMENTO TÉRMICO

Grande parte dos aços pode ser forjado entre 700ºC (verm. escuro) e  900ºC (vermelho-cereja). OBS.: Se estiver utilizando disco de arado ou qualquer outro aço reciclado, faça a sequência completa do tratamento térmico.  1) - RECOZIMENTO: 790°C, resfriar na forja desligada. Depois da faca esfriar faça a usinagem, ajustes na lâmina, furacão, etc. 2) -NORMALIZACÃO: Aquecer até a temperatura não magnética, resfriar ao ar, fazer 3 ciclos. 3) - TÊMPERA: 800°C, aquecimento lento e progressivo, resfriar em óleo diesel. 4) - REVENIMENTO: 1 hora a 180/200°C

GRÃO ABRASIVO CUBITRON II GRÃO CERÂMICO MICRO REPLICADO.

Os engenheiros da 3M descobriram uma forma de orientar cada grão triangular de forma a maximizar seu potencial de corte.  À medida que o grão de formato triangular se desgasta, ele se fratura continuamente para formar novas pontas e bordas que cortam o metal como uma faca, desgastando uniformemente sua superfície, promovendo uma altíssima vida útil e consistência sob qualquer pressão de lixamento.  Isso permite que os produtos que utilizam esta tecnologia: discos de fibra, discos flap, discos de corte/desbaste e cintas de lixa, trabalhem gerando menos calor, mais rápido e por muito mais tempo que os abrasivos convencionais.

SEGURANCA NA FORJA

Sua forja é um ambiente naturalmente perigoso. Crianças e animais devem ser mantidos longe. Tão importante quanto usar, é usar os equipamentos corretos.  A atenção é o equipamento mais importante. Proteção é um assunto que deve ser levado a sério. É fundamental o uso de óculos de proteção, máscara para respiração, protetor de ouvido, luvas e roupas apropriadas. Na lixadeira não use mangas compridas.  O equipamento errado pode ser muito perigoso. As pessoas compram luvas tão grandes e duras que não conseguem segurar nada direito, é aí que os acidentes acontecem.  Os equipamentos de proteção não podem limitar demais os seus movimentos.  Certifíque-se de sua tenaz seja realmente eficaz, ou solde uma barra de ferro à lâmina que vai ser forjada. Sempre checar a válvula do gás da forja mais de uma vez. Nunca abra a válvula para depois ir procurar os fósforos, a forja vai explodir na sua cara ! Forje somente em lugares arejados. A forja produz muito gás carbônico. Lembrem-se que o botijao não

PRECIFICAR FACA ARTESANAL

Material + hora trabalhada + despesas + lucro) x (fator de multiplicação MATERIAL: Inclui todo e qualquer produto utilizado para produzir a sua peça. Para precificar corretamente o material, é importante que você saiba exatamente quanto de cada coisa está presente em cada faca. Em outras palavras, faça uma divisão proporcional de material por peça. HORA TRABALHADA: Quanto tempo por dia você vai trabalhar e qual o salário que você pretende ganhar no final do mês. Se você vai trabalhar oito horas por dia, de segunda a sexta, deverá multiplicar essas horas pelos dias úteis de mês, que em geral são 22. Vão dar 176 horas mensais. DESPESAS: São gastos envolvidos na produção da peça, excluindo o material. Energia elétrica, carvão, gás telefone, gasolina, transporte, etc. Estes valores devem ser divididos pelo número de horas que cada peça leva para ser produzida. Descubra quantas horas você leva para fazer uma faca.  LUCRO: O salário que você vai receber pela realização do trabalho já foi cal

SUB-GUARDA NAS FACAS DE LUTA

É utilizada quase sempre nas facas de luta e deve ficar na distância exata, de modo que o dedo indicador fique neste espaço, o que fará toda a diferença entre o sucesso ou fracasso da subguarda. Milímetros à mais, ou à menos e a faca não será eficaz. A subguarda ajuda em dois movimentos importantes: 1) Rotação da faca: Tendo como eixo central o dedo indicador, de modo a baixar a ponta da faca com rapidez. Quando o lutador quer que a ponta da faca desça, ou seja, que a lâmina se movimente no sentido do corte, o apoio que a subguarda oferece ao indicador, faz com que esse movimento seja mais rápido. 2) Recuperação: Numa luta com faca um ataque falho tem que ter uma rápida recuperação. Se a faca demorar a voltar à posição de defesa, o lutador pode ser esfaqueado. A subguarda tem uma função decisiva, servindo de apoio que otimiza a puxada da faca.

TRATAMENTO TÉRMICO

Os tratamentos térmicos aplicados aos aços têm a grosso modo dois objetivos principais: aumentar dureza ou diminuir dureza. No entanto, os objetivos específicos definem o tipo de tratamento térmico a ser utilizado.  Os tratamentos mais importantes, podem ser agrupados em 3 grandes grupos:  • Recozimento. • Normalização. • Têmpera. Em geral, o recozimento têm o objetivo principal de reduzir a dureza do material, a têmpera têm objetivo de aumentar a dureza enquanto que a normalização visa melhorar a tenacidade dos aços.  Os recozimentos podem ser divididos em vários tipos dependendo do seu objetivo específico: recozimento pleno, recozimento para alívio de tensões, para recristalização, de esferoidização, para homogeneização, entre outros.  As têmperas possuem também suas variações: têmpera direta, sub-zero, austêmpera e martêmpera. Já a normalização não possui variações específicas.  Pode-se notar que alguns tratamentos exigem a total austenitização do aço (tratamento acima da zona críti

ESFEROIDIZAÇÃO COALESCIMENTO RECOZIMENTO SUB-CRÍTICO

É o tratamento térmico de recozimento subcrítico com a finalidade de se obter os carbonetos na forma esferoidal.  No Coalescimento utilizam-se aços hipereutetóides e aços ferramentas, que necessitem reduzir sua dureza, para poderem ser deformados plasticamente. Após reter a peça por algum tempo na TEMPERATURA SUBCRÍTICA para criar uma estrutura estável, o aço é então resfriado muito lentamente até a temperatura ambiente. Isso produz uma estrutura muito macia, de alta ductilidade criando grãos muito grandes, facilitando cortes e usinagem https://m.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3524579897668230/ https://m.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3515497848576435/

AÇOS RECICLADOS

Aço de biela - 4340                  Arruelas de pressão - 1060 Alavancas de câmbio - 1030 Aço p/trabalhos a frio  - 1070 Bits e fresas - M2 Brocas aço rápido - M2 Bengala moto Honda suspenção dianteira - aço SAE 4140  Barra estabilizadora - 5160/4340 Barra de torção - 6150 - 5160 - 9260 Braços de direção - 4042 Cinzéis - O2, O6, L6 Comando de válvulas - A6, S7 Chave de fenda - L6, S2 Chave estria/boca - L6, S Discos arado - 1080 Disco Tatu (Marchezan) e Cavalinho (Semeato) - aço 1070 - 1080 Disco arado Metisa - aço 1070            Disco plantadeira Metisa - aço boro 15B32 Disco frigorífico - inox 1.4116 Disco corte mármore - 1070/15n20 Eixos - 1040 Engrenagens de câmbio - 3115 Ferramenta pneumática - L6, A6, S7 Feixe de mola - 1085, 5160 Facas para máquinas - M2 Facas trabalho madeira - O2 Girabrequim  - 1045 Haste de amortecedor - aço 1045 Implementos agrícolas -1080 Limas - W2 - 1095 Lâminas de serra - L6 Lâminas cortador grama - 1085 Mola válvula admissão - 1060 Mola conjunto embre

CABOS DAS FACAS ARTESANAIS

O cabo de uma faca é a parte que se integra a mão humana, portanto, deve-se ter muita atenção na sua elaboração e execução. Durante o aprendizado e o desenvolvimento das habilidades de um cuteleiro, o que leva mais tempo para se dominar é a confecção dos cabos. O cabo é tridimensional e geralmente não possui ângulos retos, o que dificulta a definição de suas formas, dimensões e simetrias.   Cuteleiros em fase inicial de carreira, cometem sempre os mesmos erros, fazendo cabos curtos, muito volumosos e desconfortáveis para o uso. Parece ser um item simples na construção de uma faca, mas é um dos maiores responsáveis quando da avaliação se uma faca pode ser considerada boa ou não. Estamos nos referindo somente a funcionalidade e performance.  Não vamos nos referir aos projetos que objetivam o colecionismo, ou seja, peças que são idealizadas e executadas para investimento e exposição e não para uso prático. Três ítens que um cabo deve oferecer: 1 SEGURANÇA É o mais importante de todos. Um

CABOS

Os iniciantes pensam que o cabo da faca é simplesmente uma escolha estética. Na realidade, o material do cabo é extremamente importante para o desempenho das facas. Além de adicionar um toque de estilo e individualidade, o cabo deve ser ergonômico e dar um suporte eficiente para você segurar e empunhar a faca com segurança. Os cabos podem ser de materiais orgânicos ou sintéticos, a dica para a escolha do material ideal para o cabo das suas facas é verificar a principal característica de uso da faca, como a higienização e praticidade - materiais sintéticos, resistência física - madeira e resinas ou exclusividade - chifres, pedras ou materiais raros. Os cabos de faca naturais são feitos de materiais orgânicos. Se você deseja recriar armas históricas ou uma faca de aparência clássica, um cabo natural pode ser a escolha certa.

CABOS DAS FACAS (By Wesley Caiapó)

Não faço facas avulsas e quase sempre a peça é direcionada a alguém que já conheço, dou uma boa olhada nas mãos de a quem se destina. Mulheres tendem a ter mãos menores (mas não sempre) e isso requer um cabo com comprimento e diâmetro adequado à elas.  A função e o tamanho da lâmina também devem ser considerados. Facas de cozinha são diferentes de cutelos - que requerem cabos um pouco mais longos, e aquelas de caça ou destinadas ao abate regular requerem cabos com maior ergonomia, e muita atenção à segurança/tração/fricção, com guardas e pomos bem posicionados para a proteção do usuário.  Também é preciso atenção à tradição. Outro dia vi uma Tanto de uns 35 cm feita de damasco, mas com um cabo curtíssimo, mais apropriado à uma faca de cozinha pequena. Pode até funcionar, mas não segue o padrão histórico. E ainda há as espadas com diferentes proporções de lâmina quanto ao comprimento e peso, com distinções muito claras quanto à empunhadura: a Katana é feita pra duas mãos, mas o gládio é

MATERIAIS PARA CABOS DE FACAS

1. MARFIM.  De diversos animais, mas o de elefante é aquele com melhor resistência, textura e cor. Marfins raros, como de rinoceronte ou de narval, fósseis, como de mamute. 2. ÉBANO.  Madeira totalmente negra, embora exista a variedade Macassar, de tonalidade marrom escura e com pequenos veios. Está em extinção. 3. CASCO DE TARTARUGA Considerado internacionalmente como o mais raro dos materiais para cabos de facas e canivetes. 4. MADREPÉROLA-ABALONE Atualmente, está muito cotada a madrepérola negra e o abalone. 5. CHIFRE DE VEADO.  De maneira geral, o de mais qualidade média para empunhaduras é o do veado indiano Sambar, O do veado europeu é o que apresenta a melhor textura e contraste de cor, é de difícil obtenção desde a década de 1930. O melhor é o do veado Rusa timorensis, do Timor, com mais densidade, veios mais profundos e miolo mínimo. 6. CHIFRE DE BÚFALO Principalmente quando totalmente negro e bem polído. Apresenta excelente resistência mecânica. 7. MADEIRAS NOBRES Especialmen

O 15N20 E O AÇO DAMASCO (By Maxime Ferrum)

É comum durante os eventos de cutelaria fazerem-me perguntas sobre facas. Como sempre respondo, não sou cuteleiro, portanto não me atrevo a dar palpite mesmo porque não me sinto a vontade falando do que não entendo. Algumas coisas porém a minha formação permite falar e gostaria de falar um pouco do aço 15N20, que é o usado para confecção do aço damasco, junto normalmente com o 1070/1075 ou 1095. O aço 15N20 é uma variação do aço 1075, do qual difere principalmente devido a adição de cerca de 2% de níquel.  Por que isso? O principal motivo dessa adição de níquel é diminuir aquilo que em metalurgia chamamos de temperatura de transição de fratura dúctil para frágil.  Aços, quando expostos a determinadas e baixas temperaturas, podem romper-se fragilmente e isso não é desejável pois pode gerar uma falha catastrófica na peça ou equipamento em uso. A temperatura onde isso acontece é chamada de TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO, e é uma faixa de temperatura muito pequena onde a energia absorvida pelo m

TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO (By Maxime Ferrum)

Aços quando expostos a determinadas  temperaturas (baixas), podem romper-se fragilmente e isso pode gerar uma falha catastrófica na peça ou equipamento. A temperatura onde isso acontece é chamada de temperatura de transição. É uma faixa de temperatura muito pequena onde a energia absorvida pelo material no impacto diminui muito e o mesmo rompe-se fragilmente. Quando se desconhecia isso, construíam-se embarcações que muitas vezes ao chegarem a regiões frias, perto dos polos ou durante o inverno rigoroso da América do Norte, partiam-se com os esforços aplicados. Um caso  que mostra isso é o naufrágio do Titanic. Estudos feitos no metal demonstraram que a baixa temperatura foi fator determinante no rompimento violento do casco. Se a água do mar, que estima-se estava a cerca de -1,1ºC no momento do acidente, estivesse mais quente as dimensões da tragédia seriam bem menores, pois a fratura seria menor e portanto o naufrágio mais lento. Em regiões e países muito frios, como o norte da Europa

REVELAÇÃO DO AÇO DAMASCO

1) - PERCLORETO DE FERRO Este ácido corroe as camadas de aço carbono, mantendo preservadas as camadas de aço níquel. As camadas de aço carbono ficarão em baixo relevo, mostrando o desenho formado pelas camadas misturadas.  2) - FOSFATIZACÃO:  A lâmina é submetida a um banho de fosfato de manganês que se deposita sobre as camadas de aço carbono. O fosfato de manganês é negro, quando o removemos com uma lixa fina das camadas de aço níquel, forma-se um contraste muito nítido das camadas negras e prateadas. Faça um   polimento criterioso em máquina ou manualmente com lixas grão 2500.

CALDEAMENTO COM O AÇO 15N20

A operação de aquecimento e forjamento do damasco promove um caldeamento entre as camadas de 15N20 e o outro aço. Esse caldeamento é como uma pequena penetração de um aço no outro devido ao que chamamos de fusão incipiente, ou seja, alguns grãos fundem-se com a temperatura e a pressão, unindo os dois materiais, porém apenas superficialmente. Ao se fazer o ataque com percloreto para revelar o damasco, o 15N20, por ter um pouco de níquel resiste mais a oxidação e corrosão do que o outro aço, permanecendo portanto mais claro e revelando os desenhos. https://www.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3318550921604463/

AÇO DAMASCO & FUSÃO INCIPIENTE

Explicação metalúrgica resumida do aço 15N20 e porque fica mais claro no aço damasco. Aço 15N20 é usado para confecção do aço damasco, junto normalmente com o 1070/1075 ou 1095. O aço 15N20 é uma variação do aço 1075, do qual difere devido a adição de cerca de 2% de níquel. 15N20 não é um aço inoxidável. A operação de aquecimento e forjamento do damasco promove um caldeamento entre as camadas de 15N20 e outro aço. Esse caldeamento é como uma pequena penetração de um aço no outro, devido ao que chamamos de FUSÃO INCIPIENTE, ou seja, alguns grãos fundem-se com a temperatura e a pressão unindo os dois materiais apenas superficialmente. Ao fazer a revelação do damasco com percloreto de ferro, o 15N20, por ter um pouco de níquel resiste mais a oxidação e corrosão do que o outro aço, permanecendo portanto mais claro e revelando os desenhos. https://m.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3076246352501589/ https://www.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3604576956335190/

FALSOS DAMASCOS

A Espada de Damasco era um sabre dos exércitos muçulmanos medievais. O aço damasco está de tal forma ligado à civilização islâmica que se tornou UM DOS SÍMBOLOS desta cultura.  INÚMERAS TENTATIVAS de reproduzi-lo ocorreram tanto no Oriente como na Europa desde o período Medieval. Destas tentativas surgiram outros produtos obtidos por caldeamento, denominados FALSOS DAMASCOS. O estudo do aço damasco esteve na origem da Metalografia e impulsionou o desenvolvimento de novos aços: AÇOS FERRAMENTA HIPEREUTETÓIDES, AÇOS PARA ROLAMENTO E OS PIN POINT  CARBIDE STEEL (DIN 120 Cr2). https://www.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3803894406403443/ https://www.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3790584421067775/ https://www.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3791134797679404/ https://www.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3788159431310274/ https://m.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3783297631796454/ https://www.facebook.com/groups/28890

ESPADA DE DAMASCO

Descobertas pelo Ocidente durante as Cruzadas, as autênticas espadas de Damasco eram produzidas a partir do aço indiano wootz.  Durante muitos séculos, a Europa tentou sem sucesso reproduzir a espada de damasco genuína devido à sua lendária qualidade, entretanto, sua intrincada técnica de produção que envolvia uma série de processos de forja em faixas de temperaturas específicas, tornou a tarefa extremamente difícil. NAS IMITAÇÕES DO AÇO DAMASCO FAZEMOS UM BILLET COM DOIS OU MAIS AÇOS DE CARACTERÍSTICAS DIFERENTES. NO ENTANTO A ESPADA DE DAMASCO ERA FEITA DE UM ÚNICO LINGOTE DE AÇO WOOTZ COM CERCA DE 1,5% DE CARBONO.  As sofisticadas técnicas de produção da lâmina de aço damasco parecem ter se desenvolvido inicialmente na Índia, difundindo-se ao longo do primeiro milênio d.C. para o Oriente Médio, China, Rússia e para o mundo árabe onde se tornou símbolo e parte integrante de sua cultura.  Os últimos exemplares de espadas de Damasco foram produzidas no princípio do século XIX.  Apenas

AÇO DAMASCO ANTIGO

Nos tempos antigos as técnicas de forjamento para a fabricação de lâminas se pareciam mais com fórmulas mágicas, pois os verdadeiros fenômenos que ocorriam não eram conhecidos. Têmperas, cementações e adição de elementos de liga eram realizados de forma inconsciente. Rituais de magia e rezas acompanhavam a execução da espada. Em uma SAGA NÓRDICA consta a seguinte receita (a técnica descrita parece absurda mas foi comprovada pelo Museum of English Rural Life Reading) eficaz como forma de adicionar nitrogênio ao aço. Ou seja, é uma nitretação feita dentro das galinhas! "Tomar um pedaço de ferro e limar o mesmo até virar pó, após misturar com farinha e misturar na ração das galinhas. Após repetir o processo algumas vezes o pó deve ser novamente juntado das fezes das galinhas e ser usado para fabricar a espada. A espada fabricada assim é capaz de superar qualquer outra, sendo capaz de cortar o inimigo em dois, com armadura e tudo." Tradução do trecho de R. Hummels LIVRO DOS ALQUI

AÇO DAMASCO

Tecnicamente o processo de sua obtenção é o caldeamento de dois ou mais aços, com diferentes porcentagens de carbono, os quais após a têmpera mostrarão níveis diferentes de dureza.O processo moderno de sua obtenção pouco tem a ver com o original, que era na verdade uma cristalização de diversos materiais. Nos dias de hoje o damasco está mais ligado ao resultado estético e à habilidade do cuteleiro.

AÇOS MAIS COMUNS USADOS NO BRASIL

AÇO 1045 Aço para beneficiamento com temperabilidade baixa. Porém, apresenta boa relação entre resistência mecânica e resistência à fratura. O 1045 pode ser usado para fazer espadas facões, mas existem aços de maior qualidade para uso na cutelaria. AÇO 1070 Esse aço é composto por 0,7% de carbono. Ele é muito usado na cutelaria, principalmente para fazer misturas com outros aços, com o objetivo de formar aço damasco. AÇO 1095 É composto de 0,95% de carbono,  excelente para o cuteleiro iniciante praticar a forja, além disso, também utilizado para a fabricação de limas para afiar facas. AÇO 5160 Possui liga de cromo e 0,6% de carbono. Bastante usado para fazer molas automotivas, é o principal aço para o cuteleiro forjador iniciante, não deixando de ser, também, a escolha de muitos cuteleiros experientes. O 5160 é muito eficaz na hora de trabalhar, apresentando ótimos resultados. AÇO 52100 Contém 1% de carbono e uma pequena quantidade de cromo. É o aço mais escolhido para fazer rolamentos

FÔRMAS PARA AÇO DAMASCO

A criação de padrões de aço damasco depende das habilidades e da criatividade do cuteleiro, sendo os desenhos na lâmina determinados a partir de procedimentos, que são definidos por inúmeros fatores como o número de dobras, sentido das dobras, etc. São usadas também fôrmas de forjamento na prensa, para que seja alcançado  o resultado desejado. 1) ALEATÓRIO 2) LADDER 3) TWIST  4) RAINDROP 5) TURCO 6) WOLF TOOTH 7) ARKANSAS BREEZE 8) DOG STAR 9) W - ACORDEON 10) MOSAICO 11) W - BREEZE 12) CHEVRON

FACA JANUS COM NIÓBIO

A Nesmuk produz suas próprias ligas de aço, e fabrica facas de afiação e durabilidade nunca vistos. A linha EXKLUSIV, por exemplo, é feita em aço damasco e possui um revestimento que protege a lâmina contra as oxidações naturais neste tipo de aço, e ainda preserva o padrão inconfundível do damasco.  A Nesmuk percebeu que o elemento nióbio, quando adicionado à uma liga de aço, proporciona extrema afiação e excelente retenção do fio, e foi assim que nasceram as linhas SOUL e JANUS, a última, com revestimento de carbono diamantado que otimiza as propriedades funcionais da lâmina.

CALDEAR E FORJAR AÇO DAMASCO AÇOS 5160 e 15N20

Use protetor facial com lente verde ou lente polarizada, ele vai proteger seus olhos da luz da forja, você vai poder ver a cor do aço e também para evitar que quando estiver caldeando, o bórax não atinja seu rosto. Sem a proteção será difícil trabalhar, vai cansar e machucar sua vista. Faça um bilet pequeno com poucas camadas, isto vai facilitar caldear e no início use marreta de 1kg. Solde um vergalhão no bilet pra poder trabalhar com segurança. A limpeza das peças tem que ser muito bem feita. Sua forja deve estar bem quente, é importante que ela seja bem isolada térmicamente, com plaqueta refratária, pelo menos embaixo, pra que o bórax não destrua a manta refratária. Inicialmente aqueça o bilet a aproximadamente 800°C (côr: vermelho-cereja), depois retire da forja e polvilhe bórax, não precisa muita quantidade. Coloque na forja de novo. Note que o bórax vai ficar líquido na superfície do bilet. Neste primeiro aquecimento talvez as camadas do bilet fiquem um pouco arqueadas. Retire da

TRATAMENTO TÉRMICO AÇO DAMASCO

TRATAMENTO TÉRMICO  AÇO DAMASCO A tabela de composição química das ligas de damasco irá variar de acordo com a composição de cada aço utilizado e suas respectivas percentagens. Liga de 5160 com 15N20: Dureza Hrc estimada: 58 - 60  Meio de Têmpera: Óleo Recozimento: 780º Célsius Normalização: 850º Célsius Têmpera: 820º Célsius Revenimento: 1 hora entre 180 e 210º Célsius Liga de 1070 com 15N20: Dureza Hrc estimada: 58 - 60 Meio de Têmpera: Óleo  Recozimento: Dispensável pois a normalização o deixa bem macio para usinagem. Normalização: 845º Célsius Têmpera: 810º Célsius Revenimento: 1 hora entre 170 e 185º Célsius. Liga de 1084 com 15N20: Dureza Hrc estimada: 58 - 60  Meio de Têmpera: Óleo de baixa ou média densidade Recozimento: 790º Célsius Normalização: 860º Célsius Têmpera: 840º Célsius Revenimento: 1 hora entre 180 e 200º Célsius, resfriar. Liga de 1095 com 15N20: Dureza Hrc estimada: 58 - 60  Meio de Têmpera: Óleo de baixa densidade Recozimento: 770º Célsius Normalização: 840º Cél

ROTAS DO AÇO DAMASCO

ROTA A Uma das formas utilizadas para produzir o aço de cadinho consistia em selecionar o minério, moê-lo e lavá-lo. Em seguida, o minério era secado e carregado junto com carvão vegetal ou madeira e folhas de plantas consideradas sagradas. Uma vez fechados com argila os cadinhos eram levados ao forno. O conjunto de cadinhos era aquecido por cerca de 50 horas e, então, deixado a resfriar lentamente. Durante o aquecimento, primeiramente se forma o ferro esponja, produto da redução. O carbono proveniente do carvão passa, então, a difundir pela superfície da massa de ferro recém reduzida. O carbono continua migrando para o interior do material formando um gradiente de concentração.  As regiões mais externas, ricas em carbono, começam a fundir até que todo o material se torne líquido, caso a temperatura fosse alta o suficiente. Imaginemos que uma liga com 1,8% C seja mantida a 1.400°C, estando, portanto no estado líquido. Se reduzirmos lentamente a temperatura do sistema, ao chegarmos a 1.

ACO WOOTZ - DAMASCO

Embora fosse instrumento de violência, a espada de Damasco também possuía significado simbólico, sua manufatura requeria controle e perícia e seus suaves desenhos remetem a uma arte delicada.  O aço da lâmina testemunha o domínio de um processo complexo de  produção, indicando o estágio tecnológico em que se encontrava a civilização islâmica medieval.  As lendas a ela associadas, sua forma, decoração e inscrições contam com detalhes o contexto histórico, social e cultural no qual foi criada. As diferentes rotas de produção do aço de cadinho revelam que havia mais de uma maneira de produzi-lo. Na realidade, havia muitas rotas, assim como muitas eram suas regiões de origem.  Diferente do que se acredita, o wootz indiano não era a única matéria prima, estudos recentes mostram que aço de cadinho de alto teor de carbono também foi produzido na Ásia Central, ao longo da Rota da Seda. A compreensão da estrutura do aço de Damasco possui sua própria história. Muito esforço foi feito por cientis

ESPADA DE DAMASCO

Descobertas pelo Ocidente durante as Cruzadas, as autênticas espadas de Damasco eram produzidas a partir do aço indiano wootz.  Durante muitos séculos, a Europa tentou sem sucesso reproduzir a espada de damasco genuína devido à sua lendária qualidade, entretanto, sua intrincada técnica de produção que envolvia uma série de processos de forja em faixas de temperaturas específicas, tornou a tarefa extremamente difícil. NAS IMITAÇÕES DO AÇO DAMASCO FAZEMOS UM BILLET COM DOIS OU MAIS AÇOS DE CARACTERÍSTICAS DIFERENTES. NO ENTANTO A ESPADA DE DAMASCO ERA FEITA DE UM ÚNICO LINGOTE DE AÇO WOOTZ COM CERCA DE 1,5% DE CARBONO.  As sofisticadas técnicas de produção da lâmina de aço damasco parecem ter se desenvolvido inicialmente na Índia, difundindo-se ao longo do primeiro milênio d.C. para o Oriente Médio, China, Rússia e para o mundo árabe onde se tornou símbolo e parte integrante de sua cultura.  Os últimos exemplares de espadas de Damasco foram produzidas no princípio do século XIX.  Apenas

AÇO DAMASCO ORIGINAL (Reprodução do aço damasco original)

A literatura descreve uma série de maneiras diferentes de se reproduzir este aço. A produção da matéria prima do aço Damasco, representou um grande desafio para este estudo, só superado após várias tentativas. Carregou-se um cadinho de alumina de pequenas dimensões com 350 g de Fe de alta pureza, 7,35 g de carbono grafite de 99% de pureza. O conjunto foi colocado em um forno de indução com atmosfera inerte.  O aquecimento foi lento, atingindo 1.400°C. Quando o metal fundiu, o forno foi desligado e o lingote foi deixado em seu interior para resfriar e solidificar  Obtido o aço UHC ( Ultra High Carbon)   procedeu-se da seguinte forma: o material foi austenitizado a 1.150°C. Este tratamento tem por objetivo dissolver totalmente a cementita na austenita, para em seguida, durante lento resfriamento, permitir que o carboneto precipite somente nos contornos de grão. Por último, o material é aquecido novamente e mantido durante 3 horas a 800°C. Este procedimento visa produzir uma descarbonetaç

DAMASCO - AÇO WOOTZ

É importante citar que o wootz usado na fabricação do aço damasco original não era fabricado a partir de dobras e martelamento. Era um dos primeiros exemplos de aço de alto carbono homogêneo. Uma das qualidades do aço que os indianos fabricavam era que quanto mais alto o teor de carbono mais baixo é o ponto de fusão. Muitas culturas tinham dificuldades na fabricação do aço devido a alta quantidade de calor necessário para chegar ao ponto de fusão. Para liquefazer o ferro completamente é necessário muito mais calor que os processos de aquecimentos da época conseguiam produzir.  Os indianos colocavam o ferro bruto em cadinhos hermeticamente selados, junto com um tipo especial de carvão e aqueciam os mesmos em fortes fogueiras. Na medida em que o ferro absorvia o carbono dentro do ambiente selado, seu ponto de fusão ia baixando.  Quanto menor seu ponto de fusão, mais carbono vai sendo absorvido, gerando um ciclo que resultava em um aço com alto teor de carbono homogêneo e com relativa boa

BRAZILIAN STYLE

Quem acompanha a cutelaria brasileira e a cutelaria custom deve saber que, fora do Brasil, o estilo das facas integrais brasileiras é conhecido como brazilian style. Essas peças foram notabilizadas a partir do trabalho de Mestres como Edson Reis, Rodrigo Sfredo e Luciano Dorneles. E em seguida,  por outros grandes cuteleiros como Ricardo Vilar, Gustavo Vilar e Eduardo Berardo que também criaram peças neste estilo, popularizando o conceito ao redor do Mundo. MAS O QUE É UMA FACA INTEGRAL? Chamamos de faca integral uma faca forjada a partir de uma barra redonda, um tarugo de 1" de diâmetro, onde, com uma boa dose de habilidade, o forjador transforma a barra redonda em uma lâmina, puxando o gavião, delimitando o colarinho e conformando a espiga. Os Mestres citados acima, tiveram a idéia de juntar o estilo de lâmina integral gaúcha com os cabos ergonômicos criados pelo Mestre Bill Moran Jr. (1925–2006). Bill Moran foi o maior ícone da cutelaria do século XX. Dentre outras grandes cont

AÇO DAMASCO E O DEUS BAAL

Após martelar a lâmina até ficar reta e com fio, o ferreiro deve colocar e retirar várias vezes a lâmina dentro de um fogo de madeira de cedro, enquanto recita a prece do deus Baal, até o aço ficar avermelhado como o sol poente, como quando o sol se põe no deserto ao oeste.   Depois com um movimento rápido fazer a lâmina penetrar seis vezes na parte mais carnuda das costas ou da coxa de um escravo, até a cor atingir um tom de púrpura.  Então, caso a espada com uma só passada feita com o braço direito do Mestre Ferreiro separe a cabeça do escravo do corpo, sem riscos ou trincas, e a lâmina possa ser dobrada ao redor do corpo de um homem e voltar à forma original, então a espada pode ser considerada perfeita e colocada ao serviço do deus Baal.

TRINCAS NA TÊMPERA SELETIVA

Existem várias maneiras de se fazer a têmpera seletiva. Neste caso estou me referindo a lâmina sendo AQUECIDA TOTALMENTE na forja. Quando você coloca parte do fio pra resfriar no óleo ou salmoura, a lâmina se contrai no sentido INVERSO AO DORSO (pra baixo) criando uma tensão.  Se não resfriar o dorso da lâmina depois de fazer a têmpera seletiva, a faca pode trincar, pois conforme o dorso vai esfriando ele se contrai criando uma tensão no SENTIDO INVERSO AO FIO (pra cima). Como o dorso da faca tem mais massa do que o gume a tensão é muito forte, principalmente se você deixar o fio com menos de 1,5mm. Portanto, quando fizer este tipo de têmpera, coloque no líquido a parte da lâmina que vai ser resfriada, espere o dorso da faca diminuir a temperatura de modo a não gerar uma têmpera e então coloque toda a lâmina dentro do óleo ou salmoura. Isto vai evitar que a faca possa trincar, devido a forte tensão no dorso. OBS.: Este método não se aplica quando a têmpera é feita usando uma forja espe

ERGO-DESIGN DOS CABOS

Para maior conforto de uso e menos tensão, o cabo da faca deve estar orientado de modo que, durante o uso, a mão e o antebraço estejam alinhados. Cabos que não se ajustam às mãos, ou não favorecem a biomecânica podem prejudicar o desempenho e ocasionar problemas ao operador.  O centro de gravidade da faca deve situar-se o mais próximo possível da mão. Isso permite um melhor controle e reduz o esforço muscular. Atividades de precisão ou manejo fino são favorecidas por cabos de medidas menores que se encaixem nas mãos, possibilitando a movimentação com os dedos. Para manejos mais grosseiros, podemos utilizar empunhaduras de maiores medidas, possibilitando a distribuição de pressão pelas mãos. Os usuários apresentam precisão, velocidade e desempenho muscular elevados quando realizam tarefas utilizando a mão dominante. Os canhotos constituem cerca de 10% da população. Portanto, para o design de empunhaduras deve-se considerar o uso tanto com a mão direita quanto da esquerda. O esforço é re

REMOÇÃO DA CAREPA

Para remoção da carepa superficial podemos utilizar a decapagem química. Normalmente utilizamos o ácido clorídrico, também conhecido como muriático, é possível utilizar vários tipos de ácidos: ácido sulfúrico, ácido fluorídrico, ácido fosfórico, ácido nítrico, etc. Depois de retirar a carepa, para neutralizar o ácido, faca um solução com água e bicarbonato de sódio e coloque a lâmina dentro da solução. Dica do Lucas Lanza de Paula: No final do forjamento, quando estiver fazendo os ajustes e alinhamento, molhe a bigorna e o martelo, com o aço não muito aquecido. Esse choque com a água faz a carepa desprender da lâmina. https://www.facebook.com/groups/2889012531224973/permalink/3746548828804668/