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MASSA REFRATÁRIA > HAMON

Três copos de argamassa refratária em pó,um copo de pó de carvão, uma colher de sopa de bicarbonato de sódio, e água com argila. Para fazer a água com argila, pegue um pedaço de argila e dissolva em um copo d’água. Misture os ingredientes e vá adicionando a água com argila até dar o ponto. Se preciso, faça mais água. O ponto é o de purê de batata.  Antes de aplicar, enrole um arame em volta da lâmina com um espaço de 3/4 a 1 pol. entre as voltas, dependendo do tamanho da lâmina o espaço pode ser menor. Aplique a argila com uma espátula,numa espessura de 1 a 2 mm.  A espessura varia de acordo com o aço usado e o efeito desejado. Quando começar a secar, a argila vai rachar, mas é só molhar o dedo e esfregar por cima que as rachaduras fecham. Quando secar, a argila vai ficar cinza/branca. Para que a linha de têmpera fique nítida, deve-se aquecer toda a lâmina. O resfriamento tem que ser integral, não só a parte descoberta. A lâmina tem que ser resfriada rapidamente. Para revelar a linha d

MASSA REFRATÁRIA

MASSA REFRATÁRIA PARA HAMOM Água 1 Medida de Cimento 1 Medida de Açúcar 2 Medidas de cimento Refratário Misture todos os componentes, adicionando  água aos poucos. Caso a massa fique mole demais, endureça apenas com cimento. O ponto é o de purê de batata.  Esfregue um pouco da massa na lâmina e deixe secar na boca da forja para que a massa tenha melhor aderência. Passe na lâmina em toda a área que deseja que não seja temperada, não precisa esperar secar e faça a têmpera.

ALDRABA

A ORIGEM DA ALDRABA É GRECO  romana, foi utilizada até o século 20. Quando surgiu a eletricidade sua função caiu em desuso. As aldrabas surgiram como um  objeto prático, para que as pessoas pudessem anunciar a sua chegada, batendo-as contra a porta. É geralmente de bronze, ferro ou metal. Na época neo-clássica se difundiram os modelos em ferro fundido, com formas diversas, alguns inspirados no Antigo Egito, representando esfinges, outras traziam animais, medusas,  flores , mãos e cabeças de mulheres. Mas desde tempos antigos, as aldrabas tinham não apenas a função de avisar a chegada ou saída das pessoas ou de auxiliar a abrir portas pesadas. Motivos místicos e religiosos, atribuiam as aldrabas o poder de afastar influências negativas e os espíritos malignos que pudessem prejudicar a casa e seus habitantes.

VENDER FACA

O CARA ANUNCIA VENDA DE FACAS E nos comentários, uma pessoa pergunta se as facas passaram por tratamentos térmicos. Resposta do vendedor: Só pq não tem tratamento térmico não quer dizer que não tenha qualidade...

UMA LÂMINA

UMA LÂMINA UM CABO E PRONTO! Vamos pegar uns pedaços de ferro, cortar e ganhar muita grana! O cara que tá acostumado a comprar facas industriais, quando ver nossas facas artesanais vai comprar! Devemos sempre afirmar que as porcarias que fazemos são as melhores facas que eles vão conseguir comprar por um preço baixo. Nossas facas não tem nenhum tratamento térmico mas são facas de qualidade! Outro dia um cuteleiro me disse que o aço tem que ter tratamento térmico. Quem ele pensa que é?  Um besta que fica horas e horas se lascando pra fazer uma ou duas facas, enquanto nós podemos fabricar dezenas e ganhar muita grana em pouco tempo. Vamos vender barato e os idiotas vão comprar!!!

PREÇO BAIXO

SE VOCÊ PROCURA PREÇO BAIXO E precisa de uma faca, não jogue seu dinheiro suado no lixo. É melhor comprar uma faca barata e industrializada no supermercado, do que facas artesanais baratas e  falsificadas. Você vê o anúncio de facas de disco de arado ou outro tipo de aço reciclável por um preço baixo e compra. Não sabe que esta faca que comprou é fake! O falsário utiliza materiais de péssima qualidade e lâminas sem os tratamentos térmicos, indispensáveis numa faca artesanal. Infelizmente existem vários anúncios deste tipo rolando por aí: > Facas artesanais disco de arado 55,00 com bainha. > Facas fileteiras artesanais. 49,90 - Feitas de mola de enrolar. > Facas artesanais 75,00 Com bainha. Feitas de disco de arado, cabos diversos, de chifre, madeira e osso bovino.

TUNGSTÊNIO

O TUNGSTÊNIO FOI IDENTIFICADO como um novo elemento em 1781, e isolado pela como metal em 1783 por Fausto Juan José de Elhuyar. O tungstênio livre é notável pela sua robustez, especialmente pelo fato de possuir o mais alto ponto de ebulição de todos os metais (5660°C). Tem alta densidade, 19,3 vezes maior do que a da água, comparável a densidade do urânio e ouro, e muito mais alta, cerca de 1,7 vezes, que a do chumbo. Extremamente duro, sendo usado para fazer instrumentos de corte e abrasivos.

ÓCULOS DE SOLDADOR

Comprei um óculos de soldador com lentes na cor verde, pra mexer na forja.  Pensa num epi que ajuda. Paguei R$ 35,00 aqui em minha cidade. Então a dica é pra mexer na forja, use um óculos de lente verde, fator 5. Além de todos os demais epi. Essa cor de lente, ajuda a enxergar a temperatura da lâmina de forma homogênea, assim ajuda a evitar além de queimaduras em seus olhos, a não empenar a lâmina em razão do aquecimento desigual.

ÓCULOS DE PROTEÇÃO

OS ÓCULOS DE PROTEÇÃO SÃO UM   dos EPIs mais utilizados no mundo. No entanto, existem diversas especificações que diferenciam um modelo do outro. Um exemplo disso é a cor e tonalidade das lentes. LENTE VERDE  Quando o tom de verde é mais escuro, pode ser utilizada na área de solda.  Esta lente filtra os raios UVA, UVB e infra-vermelhos em cerca de 99%.  LENTE CINZA  São ótimos para a proteção de altas luminosidades, e por isso também protegem contra os raios solares.  LENTE AMARELA  As lentes amarelas destacam as cores verde e vermelho, mas não são recomendadas para fortes luminosidades.

15B32 - AÇO MICROLIGADO - TT

FORJAR Entre 700ºC = verm. escuro e 900ºC = vermelho-cereja. RECOZIMENTO 790°C = verm-cereja escuro, resfriar na forja desligada, vermiculita, etc. NORMALIZACÃO Aquecer até a temperatura não magnética, resfriar ao ar, fazer 3 ciclos. TÊMPERA 950°C = verm. cereja claro, aquecer lentamente, resfriar em óleo na temperatura ambiente. REVENIMENTO 1 hora a 180/200°C

ZONA CRÍTICA

Abaixo são indicados os nomes de três importantes curvas do sistema Fe-C:  Ac1 - Ac3 - Acm  CURVA Ac1: Representa a isoterma eutetóide: 727ºC.  CURVA Ac3: Indica o início da transformação no resfriamento. ZONA CRÍTICA:  É formada pelo conjunto das curvas Ac1, Ac3 e Acm, leva este nome por separar duas regiões bem distintas do diagrama, a região: FERRITA e a região: AUSTENITA. A Zona Crítica identifica uma faixa de temperaturas, abaixo da qual não existe a fase ou o constituinte monofásico: Austenita.

RECOZIMENTO > NORMALIZACÃO TÊMPERA > REVENIMENTO

                                                                RECOZIMENTO  O principal objetivo é reduzir a dureza. Dureza menor ajuda na usinagem do material. Outro objetivo é aumentar a ductilidade PROCEDIMENTO: Aqueça o material acima da zona critica durante o tempo necessário para que toda a microestrutura se austenitize. Resfrie o material muito lentamente. Geralmente o material é mantido dentro do forno desligado. RECOZIMENTO PARA ALÍVIO DE  TENSÕES Este recozimento não utiliza temperatura acima da zona crítica. A temp. é mantida abaixo da zona crítica.O objetivo é o mesmo, amolecer o material.  NORMALIZACÃO O objetivo da normalização é a obtenção de uma microestrutura mais fina e uniforme. Este processo é conhecido no meio metalúrgico como "refinador de grãos". A normalização é possivelmente o único método que existe para melhorar todas as propriedades do aço: dureza, resistência, tenacidade, ductilidade. É usada também como uma forma de resetar a microestrutura do a

O BÁSICO DO TRATAMENTO TÉRMICO

RECOZIMENTO Amolece o aço pra facilitar a usinagem, alivia e remove tensões residuais, aumenta a estabilidade dimensional. NORMALIZAÇÃO Homogeiniza e refina a estrutura dos grãos, prepara o aço pra ser temperado. TÊMPERA Aumenta a dureza do material e seus limites de resistência, através da obtenção da martensita.  REVENIMENTO  Alivia as tensões da têmpera. Aumenta a tenacidade e a resistência ao choque.

O VALOR E O PREÇO (Rodolpho Menegueti)

A cutelaria possui um mercado muito peculiar, com muitos nichos. Por este motivo vc acaba atingido diversos tipos de público. Para atingir o público X, ou o público Y, vc precisa saber o que cada um quer.  Percebemos que existem vários tipos de cutelaria:  * Venda de facas chinesas, paquistanesas, etc. * Artesanal onde o artesão utiliza um disco de arado, desbasta e põe um cabo, as vezes sem fazer o tratamento térmico. * Artesanal técnica com facas mais elaboradas, mais bem acabadas.  * Cutelaria arte, onde as facas são obras de arte, com aplique de ouro, cabos com materiais caros, etc. Cada tipo de cutelaria atinge um nível de público. O cara que compra uma faca de disco de arado não compra faca de cuteleiro famoso.  Existe uma concorrência grande, principalmente para quem vende facas nos valores de R$200,00 a R$600,00, pois temos cuteleiros fazendo bons trabalhos nesta faixa de preço. Com dedicação, esforço e muito trabalho, um dia você pode sair dessa faixa de preço e vender facas p

INTELIGÊNCIA NA FORJA - BOB G

Roberto Gaeta fez lâminas forjadas, aço damasco, além de uma infinidade de outras práticas e técnicas, tendo se decidido a trabalhar apenas com inox, criando lâminas por recorte e desbaste.  Consolidou um "modus operandi":    Criava um determinado modelo, e com seus assistentes fazia 10 a 15 peças. Esta primeira série servia para corrigir e refinar o projeto, além de permitir que os assistentes assimilassem os detalhes da fabricação daquele modelo.  A partir daí seu trabalho passava  ser a supervisão da qualidade. O fato de se concentrar em uma linha definida de modelos era algo único na cutelaria nacional.   

ABS

AMERICAN BLADESMITH SOCIETY-ABS é uma máquina de formar cuteleiros, só que todos pensam da mesma maneira. As pessoas estão sempre procurando uma regra pra seguir, o que vai garantir pra elas que estão fazendo a coisa certa.  Mas não é preciso seguir tantas regras, você pode quebrar as regras o tempo todo, desde que não comprometa a parte técnica. Criar detalhes na faca é uma decisão pessoal. Quando alguns cuteleiros se tornam MasterSmith, os caras vestem o "manto da sabedoria"...Infelizmente existe um "distanciamento social" entre eles e os demais cuteleiros. Trocando em miúdos: o cara se acha superior a qualquer um que não tenha este título. É muito triste este tipo de visão. (By Rodrigo Sfreddo)

D2 - AÇO FERRAMENTA SEMI-INOX

Carbono: 1.55% - Cromo: 12% Molibdênio: 0.80% - Vanádio: 0.90% Aço ferramenta é o nome que se dá aos aços utilizados na produção de ferramentas para uso industrial, manuais ou mecânicas. Dotados de alta qualidade e fabricados sob rígidas tolerâncias de composição química e propriedades físicas.  A dureza mais comumente utilizada pelo aço D2 varia entre 56 a 60 Hrc, no entanto, em condição temperada, a dureza pode chegar até 65,0 Hrc.  O alto teor de molibdênio, confere  resistência ao amolecimento pelo calor. Devido à composição química, apresenta ótimo equilíbrio entre a resistência ao desgaste e a tenacidade.

AÇO D2 SEMI-INOX TRATAMENTO TÉRMICO

Aço semi-inoxidável devido ao alto teor de cromo, cerca de 12%. > RECOZIMENTO 870°C - côr: vermelho-cereja escuro. > TÊMPERA 1050°C, aquecimento lento e progressivo - côr: amarelo-laranja. > REVENIMENTO  2 ciclos de 1 hr a 250°C, para 60 Hrc 2 ciclos de 1 hr a 300°C, para 59 Hrc Deixar resfriar lentamente até a temp. ambiente entre os revenidos.

ESPADA CELTA

O povo Celta prosperou durante muito tempo sobre um extenso território europeu. Um dos motivos pelos quais os Celtas tiveram tanto sucesso foi o domínio da arte de forjar espadas da melhor qualidade. Enquanto outras tribos utilizavam o cobre, eles começaram a utilizar o ferro. A espada Celta tinha uma lâmina longa, com fio em ambos os lados, e ponta afiada, raramente quebravam durante os combates, deformavam com menos frequência e não exigiam tanta manutenção. Foi empunhando uma espada como esta que Breno, chefe de uma das tribos dos Celtas, liderou a invasão à Roma no começo do século IV A.C.

AÇOS MICROLIGADOS - ARBL

O desenvolvimento dos aços ARBL é um interessante caso de conjugação de interesses econômicos e tecnológicos. O uso de pequenas adições de nióbio para endurecer os aços ferrítico-perlíticos foi introduzido em 1936, mas àquela época o custo do nióbio e a falta de demanda por aços deste tipo tornaram o processo pouco mais do que uma curiosidade científica.  Entretanto, ao final dos anos 1950, a queda no preço do nióbio e uma simultânea demanda por maior resistência mecânica, tenacidade e soldabilidade nos aços para tubulações levaram a um ressurgimento do interesse pelo desenvolvimento dos aços ARBL. Aços de alta resistência e baixa liga são definidos do seguinte modo: aços específicos com composição química especialmente desenvolvida para proporcionar altos valores de propriedades mecânicas, e, em alguns casos melhor resistência à corrosão atmosférica do que aquela obtida em aços carbono convencionais. Mas não podem ser considerados aços de alta liga, pois os teores de elementos de liga

FACAS JAPONESAS

QUANDO SE TRATA DE FACAS Japonesas todos se concentram no tipo de faca e pra que serve, mas não há muita informação sobre qual aço é usado. As facas japonesas são conhecidas por seu alto teor de carbono. A fabricação destas lâminas é desafiadora porque tem uma estreita faixa de temp. para têmpera. A têmpera é na água, e deve ser feita rapidamente para garantir a dureza adequada. SHIROGAMI 1 – tem um teor de carbono de 1.25-1.35% e dureza de 61-64 Hrc. Permanece afiada por muito tempo, mas é ligeiramente quebradiça e pode rachar se usada pra cortar cartilagem dura ou osso. SHIROGAMI 2 – tem um teor de carbono de 1.05-1.15% e dureza de 60-63 Hrc. Tem excelente retenção de fio, é fácil de afiar e não é tão quebradiça quanto a Shirogami 1.  SHIROGAMI 3 – tem um teor de carbono mais baixo de 0.8-0.9%.

BIGORNA

Esta palavra é originária do latim, sua origem vem da palavra Incus, forma derivada de Incudere, que significa golpear, malhar, forjar. Uma lenda diz que Pitágoras teria descoberto os intervalos musicais ao ouvir os sons provocados por ferreiros trabalhando em suas bigornas com diferentes tipos de martelo, e assim também teria se antecipado na descoberta das leis que regem as vibrações dos sinos formulada por Galileu Galilei.  Na canção MAXWELL'S SILVER HAMMER da banda inglesa The Beatles, o baterista Ringo Starr toca uma bigorna para simular o som do martelo de prata referido no título da canção. A bigorna também serve como efeito sonoro em composições clássicas, tais como O Ouro do Reno , de Richard Wagner, O Coro das Bigornas em Il trovatore, de Giuseppe Verdi. No Brasil, bigornas estão no brasão de armas do Estado da BAHIA, VOLTA REDONDA, ESTRELA, TIMÓTEO e no brasão de ORLÂNDIA.

ALTURA DA BIGORNA

Com estas instruções você irá se manter saudável durante muitos anos e sempre trabalhará de forma mais eficiente. Fique em pé com os pés afastados na largura normal, as mãos ao lado do corpo, feche o punho da mão que martela - a mão dominante. Os nós dos dedos devem tocar na face da bigorna (topo da bigorna). Esta é a altura adequada. Coloque sua bigorna em um bloco ou suporte sólido e resistente, ela não deve se mover ao trabalhar com o aço.

MARRETA & BIGORNA

MUITAS COISAS PODEM DAR ERRADO se o cuteleiro não sabe como usar a marreta corretamente, como destruir a face da bigorna, estragar a peça, se ferir, etc. Prestar atenção à técnica lhe permitirá ter mais agilidade e criar uma cadência na aplicação dos golpes, evitando acidentes e problemas, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade das suas facas artesanais. Use o pulso e não os ombros. Ao contrário das imagens tradicionais de ferreiros, que levantam a mão no ar e golpeiam a marreta com força, o profissional martela com o pulso.  Usar o movimento do pulso para martelar, causa um impacto mais preciso no aço e também ajuda no detalhamento da peça. Use todo o braço, e não apenas o antebraço pra levantar a marreta.  O segredo para uma boa produção como ferreiro é manter o ritmo de forma estratégica e focada em melhorar seus resultados. Melhorar suas técnicas e eficiência de martelagem é um processo contínuo. Trabalhe sempre para aperfeiçoar a precisão. Definir a bigorna na altura certa é um

PRODUTOS QUÍMICOS

BÓRAX Também conhecido como Borato de Sódio ou Tetraborato de Sódio é um sal hidratado de sódio e ácido bórico, utilizado para caldear aços. Octarborato de sódio também pode ser usado para caldear, sendo menos tóxico do que o borax. Eles auxiliam na junção das camadas dos aços com composições químicas diferentes.  Ponto de fusão : 743°C (anidro) Ponto de ebulição: 1575°C > PERCLORETO DE FERRO O Cloreto Férrico ou Percloreto de Ferro – IPF, como é mais conhecido, é um sal que em solução aquosa, ajuda a formar uma pequena película de  oxidação controlada na superfície das lâminas de aço carbono. Ele é utilizado para revelar os padrões do aço damasco, mergulhando a lâmina em uma solução homogênea, que deve ser inspecionada até que alcance o resultado desejado. > BICARBONATO DE SÓDIO Depois de deixada na solução de percloreto por alguns minutos, a lâmina é retirada e lavada em uma solução de bicarbonato de sódio, que é utilizado para neutralizar a ação do percloreto de ferro, após a

FALCATA

Quando os romanos invadiram a atual Espanha, em 218 a.C., ficaram cara a cara com uma tribo bárbara conhecida como celtíberos. Estes guerreiros eram conhecidos tanto por sua capacidade de luta quanto por sua habilidade como ferreiros.  Uma de suas armas mais famosas era a falcata, uma espada de aço curvada, com 60 cm de comprimento, com um gume perto do punho e dois gumes na ponta. A arma pesava mais na direção da ponta, o que lhe permitia cortar e apunhalar com maior facilidade através da armadura.  A falcata serviu os bárbaros por mais de 200 anos na guerra contra Roma, e era valorizada pelo general Aníbal, que equipou as tropas cartaginesas com ela durante a Segunda Guerra Púnica.

ENERGIA RADIANTE

TODAS AS SUBSTÂNCIAS A QUALQUER  temperatura acima do zero absoluto emitem ondas originadas pelo movimento dos átomos, são as ondas eletromagnéticas, a energia produzida por essas ondas é chamada de energia radiante.  Quando o aço atinge determinadas temp.começa a emitir ondas dentro do espectro visível e quando se encontra a temperaturas mais baixas sua emanação não é percebida pelos nossos olhos.  Podemos "medir" a temperatura do aço pela coloração que ele emite. Abaixo temos algumas temp. de uma liga metálica e sua frequência de energia radiante.

LENDAS ANTIGAS

GRANDE PARTE DAS ANTIGAS LENDAS sobre ferreiros e cuteleiros se dá pelo fato de que geralmente trabalhamos no escuro, com a oficina completamente fechada ou durante a noite.  Por muito tempo acreditavam que era para esconder o “segredo da têmpera “, a lua certa, os materiais e técnicas mágicas que ninguém poderia presenciar e eram passados apenas entre gerações! O fato é que no escuro, somos capazes de reconhecer a temperatura do aço através da coloração que ele emite. Saber essa temperatura é imprescindível para a produção de boas peças!  Esta coloração indica a temperatura por conta da movimentação dos elétrons presentes nos átomos que compõe o aço, tais elétrons ficam dispostos na eletrosfera obedecendo uma ordem de camadas, ao adicionarmos energia eles tendem a pular para a camada superior.  Este salto entre as camadas é apenas momentâneo, ao retornar a camada anterior a energia é liberada em forma de ondas eletromagnéticas, dependendo da quantidade de energia estas ondas tem compr

FERREIRO

ACREDITA-SE QUE A PROFISSÃO DE Ferreiro exista deste quando o homem aprendeu a manipular e moldar os metais. Durante a idade média o ferreiro da aldeia era o responsável por toda a metalurgia do feudo ou povoado, sendo que muitas vezes, nestes tempos, o ferreiro se tornara sinônimo de forjador de armas, já que era função dele fabricar as espadas, lanças, machados, utilizados pelos soldados da época. O Ferreiro foi também um dos profissionais mais solicitados na Idade Média pela necessidade de equipar os exércitos com couraças, elmos e outros dispositivos de proteção dos soldados. Nas ferrarias antigas não podiam faltar instrumentos como o CAVALETE ou SAFRA, o CALÇADOR, a TALHADEIRA e o PONTEIRO encaixados em vergueiros de carvalho, rachados numa ponta e apertados por argolas ou arames, para calçar, cortar ou furar sobre a safra, e AREIA FINA PRA CALDEAR O AÇO. Os TUFOS, tacos de ferro para fazer o olho das enxadas e dos machados a SOFRIDEIRA, para dar as formas ao ferro a CRAVEIRA, par

FERREIROS MEDIEVAIS

O ferreiro era um dos membros mais importantes da comunidade medieval. O povo pensava ​​que eles tinham poderes mágicos de cura e que eram capazes de afastar até o diabo. O trabalho dos ferreiros com fogo, carvão, fornalha, e sua capacidade de transformar rochas em ferramentas de metal, facilmente levava a associações com o diabo, mas os ferreiros eram essenciais para a comunidade para serem perseguidos por isso. Além da capacidade de trabalhar metal, pensava-se que os ferreiros detinham o poder de curar. Isso pode nos parecer um pouco estranho, mas faz sentido se você pensar como as pessoas do período medieval.  Por exemplo, os barbeiros também eram cirurgiões, pois sua especialidade era o corte; da mesma forma, os ferreiros eram curandeiros. Quem melhor para supervisionar a cura de um osso que se partiu do que alguém que rotineiramente trabalha pedaços de algo tão duro quanto metal? Os ferreiros raramente ficavam sem trabalho, e o trabalho deles era constante desde a antiguidade.  Se

MEKUGI- PINO DE BAMBÚ NA KATANA (Remo Nogueira)

A espada japonesa é presa em seu cabo apenas por encaixe, o que mantem todo o conjunto seguro é um pino de bambu. Isto permite que a espada possa ser desmontada com facilidade, para afiação, troca de peças ou limpeza. O método foi testado e aperfeiçoado ao longo dos séculos. De nada adianta a espada ser forte e o cabo resistente, se o pino se soltar ou quebrar, a lâmina pode sair voando. Não vale usar qualquer tipo de bambú pois não é seguro, é fraco e perigoso. O certo é usar um bambu forte e flexível. Para isto se usa um com pouco amido e fibras espessas. No japão é este bambú é chamado de Susudake. Esta espécie de bambú japonês pode ser encontrado no Brasil em algumas regiões. Além disso exige uma série de cuidados: colher em período seco e de madrugada (o bambu fica com menos amido e água), pré secagem e aquecimento no fogo. No Brasil existem várias espécies diferentes de bambu, mas para um resultado satisfatório é preciso escolher uma espécie com pouco amido e grande densidade de

O QUE TORNA O AÇO BOM PARA CORTE

são vários componentes químicos, mas o principal é o carbono. Os aços classificam-se em: a. Baixo carbono; b. Médio Carbono;  c. Alto carbono. Os médios e altos costumam ser mais utilizados para a confecção de facas e canivetes e os baixos e médios normalmente para a confecção de machados e espadas. Mas Isso não é regra geral. Quanto mais dura a lâmina, mais fácil de quebrar. Na maioria das facas e canivetes cortamos mediante deslizamento do fio. Espadas e machados, é melhor que fiquem um pouco menos duros, para aumentar a tenacidade.De nada adianta ter um fio muito duro e no primeiro golpe quebrar a lâmina. Nas lâminas de facas, não podemos pensar que quanto mais dura melhor.Quanto mais dura, mais  difícil de afiar. Uma faca com dureza 62/64 Hrc só é afiada com uma pedra diamantada, Ao passo  que uma faca com 56/58 Hrc, pode ser afiada até com uma pedra comum.

CARBONO NAS FACAS

ALTO CARBONO Acima de 0,50% até limite de 2,11%. MÉDIO CARBONO Entre 0,20% e 0,49%. BAIXO CARBONO Entre 0,05% e 0,20%. CARBONO EXTRA BAIXO Entre 0,015% e 0,05%. CARBONO ULTRABAIXO Abaixo de 0,015%. Aços liga também são divididos de acordo com o teor de elementos em sua composição. BAIXA LIGA A soma dos teores de todos os elementos liga adicionados não ultrapassa 5% de todo material. MÉDIA LIGA A soma dos teores de todos os elementos liga fica entre 5% e 12% de todo o material. ALTA LIGA A soma dos teores de todos os elementos liga é no mínimo 12% de todo o material. BAIXA LIGA DE ALTA RESISTÊNCIA Neste caso o teor de carbono é menor que 0,25% e o teor dos outros elementos liga é menor que 2%. Geralmente os elementos liga mais utilizados para esse tipo de aço são o Nióbio, Vanádio e Titânio, que ajudam no aumento da resistência do material.

ELEMENTOS MAIS COMUNS NOS AÇOS PARA FACAS

*ALUMÍNIO  Usado para dificultar a oxidação do aço. No entanto, em pequenas quantidades controla o crescimento do tamanho do grão. *BORO  Adicionado ao aço para melhorar a temperabilidade. Mais eficaz em aços de baixo carbono. *CARBONO Presente em todos os aços para facas, o carbono é o elemento mais importante de endurecimento do aço, reduzindo o desgaste que o material poderá sofrer com o tempo, mas a medida em que é adicionado, pode reduzir a tenacidade do aço e aumentar o potencial de oxidação.  *CROMO  Atua no combate à corrosão do aço. As facas de aço inoxidável têm o cromo como ingrediente principal, no mínimo 12%.No entanto, a adição de cromo em grandes quantidades diminui a resistência. *COBALTO  Aumenta a dureza e permite maiores temperaturas de têmpera durante o tratamento térmico. Intensifica os efeitos individuais de outros elementos em aços mais complexos.  *COBRE  É utilizado pra combater a corrosão, maquinabilidade e resistência mecânica da lâmina. "CHUMBO  Em pequ

FACAS JAPONESAS

Quando se trata de facas japonesas todos se concentram no tipo de faca e pra que serve, mas não há muita informação sobre qual aço é usado. As facas japonesas são conhecidas por seu alto teor de carbono. A fabricação destas lâminas é desafiadora porque tem uma estreita faixa de temp. para têmpera. A têmpera é na água, e deve ser feita rapidamente para garantir a dureza adequada. SHIROGAMI 1 – tem um teor de carbono de 1.25-1.35% e dureza de 61-64 Hrc. Permanece afiada por muito tempo, mas é ligeiramente quebradiça e pode rachar se usada pra cortar cartilagem dura ou osso. SHIROGAMI 2 – tem um teor de carbono de 1.05-1.15% e dureza de 60-63 Hrc. Tem excelente retenção de fio, é fácil de afiar e não é tão quebradiça quanto a Shirogami 1.  SHIROGAMI 3 – tem um teor de carbono mais baixo de 0.8-0.9%.

PEDRAS PARA POLIMENTO E AFIAÇÃO

Muito antes de existir eletricidade, lixadeiras e papel lixa, os antigos ferreiros precisavam encontrar na natureza abrasivos para dar acabamento em suas facas, espadas e ferramentas. Em diferentes regiões e montanhas foram descobertas pedras com características boas para este fim. No caso das pedras naturais os grãos são menos abrasivos e agressivos do que os sintéticos (são arredondados). Além disso abrem os grãos do aço, ao contrário dos sintéticos que entopem e deixam brilhando. Devido a dificuldade de se encontrar pedras sem impurezas que riscam a lâmina com riscos mais grossos, as boas pedras de polimento são raras e muito caras. Estas pedras são utilizadas pra afiar e dar polimento nas espadas japonesas. Atualmente não se encontra uma boa pedra destas pra comprar, se achar é antiga, com preços acima de R$15.000,00. A pedra chu-nagura, equivale ao grão 600, a koma-nagura, equivale ao grão1000. Temos a uchigumori e uma mais macia chamada  Hato, e outra mais fina e dura, chamada ji

AFIAR FACAS MEDITAÇÃO CONSCIENTE

Afiar facas pode atuar como uma forma de meditação consciente. A meditação consciente é a prática de focar em um fenômeno específico, geralmente a respiração, e permitir que os pensamentos passem sem se apegar a eles.   Embora a meditação possa parecer uma besteira pra alguns, foi demonstrado cientificamente que ela traz benefícios reais para a produtividade, saúde mental e função cognitiva.  A afiação de facas se presta extremamente bem à prática da atenção plena, porque requer uma ação focada e repetitiva, com feedback tátil, muito adequado para descansar a mente.

AÇO INOX 13C26 TRATAMENTO TÉRMICO SEM FORNO TC

RECOZIMENTO: 750/800ºC (verm. escuro/verm. cereja escuro), com resfriamento na forja desligada. A TÊMPERA DEVE SER FEITA COM AS LUZES APAGADAS, PRA VER A COR COM EXATIDÃO. O óleo deve estar morno, coloque um pedaço de aço na forja, deixe aquecer, ponha dentro do recipiente e mexa o óleo pra equalizar a temperatura. UTILIZANDO FORJA DE TÊMPERA SELETIVA: Aqueça primeiro o dorso da lâmina, ponha a ponta da faca fora da forja até o aço esquentar, depois coloque a lâmina com o fio pra baixo dentro da forja. Quando a cor chegar num AMARELO QUASE BRANCO faça a têmpera seletiva. TÊMPERA INTEGRAL: Mergulhe toda a lâmina no óleo diesel num ângulo de 90° em relação ao líquido. REVENIDO NO FORNO ELÉTRICO: Dois ciclos de uma hora: 150°C ou 250°C. Entre um revenido e outro a peça deve resfriar até a temperatura ambiente. Se não efetuar sub-zero faça duplo revenimento pra garantir melhor tenacidade.  No gráfico abaixo, veja a resposta de dureza durante o revenimento: Após a têmpera, sem revenimento,

AÇO INOX 13C26

É um aço inox martensítico, que após tratamento térmico caracteriza-se por elevada dureza, ótima resistência à corrosão e excelente resistência ao desgaste. Especialmente projetado para ser utilizado na fabricação de lâminas de navalhas, instrumentos cirúrgicos e também para diferentes tipos de facas industriais para processar  alimentos.  O alto teor de carbono foi balanceado para garantir estrutura formada por finos carbonetos secundários, isento dos grosseiros carbonetos primários que apesar de duros, são muito frágeis. O teor de carbono e a estrutura extremamente refinada proporcionam alta retenção de fio    Após tratamento térmico a estrutura é constituída de martensita, fina distribuição de carbonetos e cerca de 15% de austenita retida, dando uma ótima combinação de dureza, resistência ao desgaste, ductilidade e resistência a corrosão.

PONTO DE EQUILÍBRIO NAS FACAS DE ARREMESSO

Temos três tipos de ponto de equilíbrio: 1°) CENTRO de gravidade na área do cabo, esse equilíbrio é comum entre facas de combate. Facas com esse equilíbrio são mais adequadas para arremessar em condições reais. 2°) BALANCEAMENTO neutro, nestas facas o centro de gravidade é localizado exatamente no meio do comprimento da faca. Isso significa que as distâncias do ponto de equilíbrio à ponta e do ponto de equilíbrio ao final do cabo são iguais entre si. Utilizadas em competições de lançamento esportivo, pois possuem igual período de revolução em torno do centro de gravidade, o que permite calcular o número de voltas até o alvo no momento do lançamento.  3°) EQUILÍBRIO na área da lâmina. Isto significa que o centro de gravidade dessa faca é deslocado do cabo em direção à ponta.  As facas dos dois primeiros tipos são de pouca utilidade para combate a curta distância, devido ao fato de que o propósito deste arremesso, é acertar o alvo apenas em meia volta. O arremesso de meia volta permite l

NOTAS SOBRE FACAS DE ARREMESSO

O arremesso de facas é um esporte novo em todo o mundo! Ultrapassa muitos esportes olímpicos, que carecem da propulsão e da dinâmica que estão presentes no lançamento de facas. O aço para estas facas deve ser firme, mas não muito duro (aprox. 48 Hrc), e ter pelo menos 4 mm de espessura. O design não deve ter ranhuras, saliências e orifícios, o cabo não pode ter saliências e depressões,  deve ser reta. É importante que se ajuste na mão e que não seja muito pequena. Em uma frase: a mais simples possível.  As melhores facas de arremesso são retas, simétricas, em forma de adaga. Não pode ter dois gumes, se for afiada dos dois lados, agarrar a lâmina pode cortar seriamente a mão. Esta faca pode ser lançada não apenas pelo cabo, mas também pela lâmina. No último caso, se tiver dois gumes, você corre o risco de ficar sem dedos. Estas facas tem uma variedade de modelos e podem ser categorizadas por peso, formato da lâmina e equilíbrio. Temos facas de peso ultraleve, leve, médio e pesadas. O úl

REMOVER COLA EPÓXI BICOMPONENTE ENDURECIDA

Quando esta cola está no estado líquido é fácil remover com acetona. Quando endurece fica complicado retirar.   1) - Use um ferro de solda: Aqueça o ferro e aplique na área de ligação entre o epóxi e a superfície, para que a cola seja amolecida. Não aqueça toda a ligação do epóxi de uma só vez, é melhor fazer o trabalho por partes. Raspe a cola com espátula de madeira.  2) - Congelando: Você precisa de uma lata de fluido refrigerante. Agite bem a lata antes de usar e então posicione a 30 cm da cola, mantenha a lata em pé. O fluido deve ser aplicado sobre a cola, ele vai congelar o epóxi rapidamente e o tornará quebradiço. Pra remover use a espátula.

INTELIGÊNCIA NA FORJA. (Rodrigo Sfreddo)

A ABS (American Bladesmith society), é uma máquina de formar cuteleiros, só que todos pensam da mesma maneira. As pessoas estão sempre procurando uma regra pra seguir, o que vai garantir pra elas que estão fazendo a coisa certa.  Não é preciso seguir tantas regras, você pode quebrar as regras o tempo todo, desde que não comprometa a parte técnica. Criar detalhes na faca é uma decisão pessoal. Quando alguns cuteleiros se tornam MasterSmith, os caras vestem o "manto da sabedoria"...Infelizmente existe um "distanciamento social" entre eles e os demais cuteleiros. Trocando em miúdos: o cara se acha superior a qualquer um que não tenha este título. É muito triste este tipo de visão.

CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS ESPADAS JAPONESAS

Uma série de cuidados devem ser tomados para evitar estragar as peças. Os metais em contato com o oxigênio sofrem o processo de oxidação, por isto o primeiro cuidado é manter a espada coberta com um camada de óleo para impedir o contato direto com o ar.  O óleo mais simples de ser encontrado é o mineral puro e viscoso (Nujol , vendido como laxante nas farmácias). Isento de ácidos e outros produtos e com viscosidade adequada. Para se retirar o óleo antigo e aplicar um novo podem ser usado lenços de papel de boa qualidade (sem partículas duras que possam arranhar a espada). Em alguns casos se pulveriza o pó bem fino de pedra usada em polimento (uchigumori), com o objetivo de absorver o óleo antigo. Se retira este pó com papel novo. E finalmente se aplica um novo óleo com um novo papel. CAUSAS COMUNS DE FERRUGEM * Bainha mal feita ou suja internamente. * Tocar a lâmina com as mãos, o suor é ácido resultado em ferrugem. Se for usada para treino ou cortes limpar imediatamente após o uso. *

DEFEITOS NOS AÇOS

Os mais comuns ocorrem na superfície do aço, representados por marcas superficiais pronunciadas, ou rugosidades superficiais acentuadas, originadas quando o aço se apresenta excessivamente mole. Em outras palavras, a dureza muito baixa, embora favorável sob o ponto de vista de conformação severa, traz os inconvenientes apontados.  Esses defeitos são geralmente conhecidos com os nomes, de linhas de Lüder, casca de laranja, etc.  As linhas de Lüder, defeitos designados também pelo nome de linhas de distensão têm a forma de tiras alongadas que aparecem sobre a superfície do aço de baixo carbono que sofreu um recozimento como etapa final de sua fabricação.    Essas linhas se originam toda vez que o aço for deformado a uma carga superior ao limite de escoamento, desaparecendo quando a carga de deformação excede a 5% a 10%.  Em tensão, as linhas apresentam-se como depressões na superfície; em compressão elas apresentam-se salientes. O defeito “casca de laranja” é atribuído ao tamanho do grão

FOTOGRAFANDO LÂMINAS (Bruno R.B. Silva)

Primeiramente, devo dizer com veemência: se você planeja ter produtos diferenciados e apresenta-los dessa forma, em algo de mais alto nível, como na grande maioria dos cuteleiros tops por aí, é imprescindível que você procure um fotógrafo que trabalhe na área de produtos para apresentar os seus da melhor forma possível.  Assim como a cutelaria, fotografia é uma arte que demoramos muitos e muitos anos para aplicar corretamente, e isso vem de alguém a mais de 10 anos na área.  Primeiramente, quero que esqueçam equipamento. Seja ele celular ou uma câmera com suas devidas lentes e iluminação, que custam o valor de um carro novo: a coisa mais importante será sempre a luz utilizada. Seguida da composição de sua imagem.  Muito se diz hoje em dia sobre megapixels. Mas a praticidade deles é nula se você não tiver uma lente capaz de resolver tal quantidade de megapixels, que é o que ocorre na maioria dos celulares atuais.  Como dei de exemplo em meu comentário anterior no post original: uma câme

MEKUGI-PINO DE BAMBÚ NA KATANA By Remo Nogueira

A espada japonesa é presa em seu cabo apenas por encaixe, o que mantem todo o conjunto seguro é um pino de bambu, o Mekugi.  Isto permite que a espada possa ser desmontada com facilidade, para afiação, limpeza ou troca de peças. Esta é a forma tradicional japonesa. O método, ao longo dos séculos, foi testado e aperfeiçoado. Portanto não perca tempo reinventando a roda. De nada adianta a espada ser forte e o cabo resistente, se o pino se soltar ou quebrar. Resultado: a lâmina pode sair voando. Não vale usar qualquer tipo de bambú pois não é seguro, é fraco e perigoso. O certo é usar um bambu forte e flexível. Para isto se usa um bambu com pouco amido e fibras compactas, que além disto,é tratado com calor e fumaça. No japão é chamado de Susudake. No Brasil existem várias espécies diferentes de bambu, para um resultado satisfatório é preciso escolher uma espécie com pouco amido e grande densidade de fibras.  A espécie japonesa pode ser encontrada no Brasil em algumas regiões. Além disso e

PEDRAS PARA POLIMENTO E AFIAÇÃO By Remo Nogueira

Muito antes de existir eletricidade, lixadeiras e papel lixa, os antigos ferreiros precisavam encontrar na natureza abrasivos para dar acabamento em suas facas, espadas e ferramentas. Em diferentes regiões e montanhas foram descobertas pedras com características boas para este fim. No caso das pedras naturais o grão abrasivo é menos agressivo que os sintéticos (mais arredondado). Além disso  abre os poros do aço (grãos),  ao contrário dos sintéticos que entopem e deixam brilhando. Devido a dificuldade de se encontrar pedras sem sujeiras: impurezas que riscam a lâmina com riscos mais grossos, as boas pedras de polimento são raras e muito caras.

KATANA

Não há quem não se renda à beleza de uma espada japonesa com seus adornos incrustados de simplicidade.  Muito da "mística Samurai" se deve a espada katana (cuja pronúncia é kataná) e sua forma de confecção. Diz a lenda que a forma e o método de construção da espada do samurai foram estabelecidos no ano 700 por Amakuni. Por volta do ano 900, Yasutsuna forjava excelentes espadas, definindo um estilo padrão de qualidade que pouco mudou desde então. É vetado tocar em sua lâmina com as mãos, o que nem mesmo o armeiro fazia em suas infinitas operações de forjá-las. Os principais espadeiros forjavam suas espadas que eram vendidas a um preço exorbitante, representado um status social.  Para os mais estudiosos, não é novidade que, a espada japonesa representasse o espírito de quem a portava, sendo passado de geração em geração. Recordo-me bem que, quando pequeno, vi na sala da casa de meu professor uma kataná que era exposta sobre um suporte rústico. Tenho guardado em minha mente suas

Reflexão sobre o Aço das Armas de Guerra - by Jordan Augusto

Vista como símbolo mágico por várias culturas, a espada representa mais do que um simples objeto cortante ou uma obra de arte. Quem nunca se impressionou com cenas de batalhas? Principalmente as medievais, onde os exércitos, formados por clãs e tribos, decidiam suas pendengas sob o fio de suas espadas?  Sem dúvida alguma, o ferro é provavelmente o mais precioso dos metais, uma vez que o homem civilizado sentiria a sua falta mais do que de qualquer outro metal. No princípio do século XIV, quando o ferro era escasso, alguns utensílios de cozinha da casa de Eduardo III foram classificados como jóias; e acessórios de ferro estavam entre os objetos mais cobiçados pelos saqueadores.  O nome "ferro" deriva do latim "ferrum", enquanto o anglo-saxônico "iron" tem origem no escandinavo "iarn". Muitas histórias fabulosas se contaram ao longo dos séculos, descrevendo como o ferro meteórico caía na Terra, enviado dos céus, como uma dádiva dos deuses ao Homem.